UJC RUMO AO 45º CONUBES: EDUCAÇÃO PARA O POVO, NÃO PARA O LUCRO - CONTRA O CAPITAL, QUEREMOS ESCOLA PARA GERAL!

Não é hora de recuar, e sim de reconstruir revolucionariamente o movimento estudantil secundarista brasileiro pela e para as bases estudantis!

UJC RUMO AO 45º CONUBES: EDUCAÇÃO PARA O POVO, NÃO PARA O LUCRO - CONTRA O CAPITAL, QUEREMOS ESCOLA PARA GERAL!

Nota política da União da Juventude Comunista (UJC)

Na última semana, durante os dias 14 e 15 de março, aconteceu o 22º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG) da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) na cidade de São Paulo. O objetivo do evento era reunir entidades estudantis secundaristas intermediárias (associações municipais, metropolitanas, uniões estaduais, etc.) de todo o país para discutir questões candentes na educação e na conjuntura, além de aprovar o regimento de convocação do 45º Congresso da UBES (CONUBES) – fórum de deliberação máxima da entidade, no qual, dentre outras coisas, elege-se a diretoria da UBES –, que foi chamado para os dias 16, 17, 18 e 19 de maio deste ano, a ocorrer em Belo Horizonte - MG.

Mesmo sendo marcado pela participação de diversas entidades estudantis fantasmas – as quais não existem na realidade, mas que foram credenciadas para garantir a hegemonia do campo “democrático-popular” (UJS, JPT, JSB, etc.) no espaço –, a UJC se fez presente no evento entendendo a importância de disputar os rumos do movimento para um horizonte que realmente consiga organizar as bases secundaristas em torno de um programa de escola radicalmente comprometido com as necessidades e interesses da classe trabalhadora. Infelizmente, o movimento estudantil secundarista hoje não é capaz de fazer isso essencialmente por dois motivos: por um lado, pela desorganização, desarticulação e inexistência de diversas entidades reunidas em uma rede preparada para mobilizar continuamente os estudantes de todo o país; e, por outro lado, pela linha política descompromissada com os interesses populares do campo que hoje está à frente de boa parte das entidades, de subordinação ao Governo Federal e ao institucionalismo.

É verdade também que o assim chamado “campo” da oposição de esquerda, no qual nos inserimos, até hoje não esteve à altura de superar essa situação e construir uma nova cultura política e novo modo de fazer o movimento estudantil, tanto por desorganização própria e problemas programáticos, quanto pelas fraudes e atropelos realizados pela majoritária. Na verdade, é preciso dizer que, na prática, o “campo” da oposição de esquerda não é verdadeiramente um campo político, pois não tem unidade programática, em torno de um programa anticapitalista e na oposição ao governo Lula-Alckmin, e nem unidade de ação permanentes, funcionando mais como uma aliança tática nos momentos de votação, coisa que consideramos um grave problema.

Infelizmente, essa situação de desorganização das bases e direções secundaristas anda em descompasso com as necessidades de luta frente ao Governo Lula-Alckmin – que, embora tenha representado uma vitória momentânea no combate ao bolsonarismo e à agenda de destruição nacional, mostra-se incapaz de superar o neoliberalismo e apresentar uma alternativa real para o nosso povo, o que se exemplifica na continuidade do arrocho no orçamento a partir do Novo Teto de Gastos, que impossibilita o Governo de cumprir diversas de suas promessas, na intocabilidade das contrarreformas operadas durante os Governos Temer e Bolsonaro, como o “Novo” Ensino Médio, e também na influência de setores privados tais qual a Fundação Lemann no Ministério da Educação (MEC) e em outras áreas do Governo, assim como em várias outras questões.

Por isso, apresentamos o mote “EDUCAÇÃO PARA O POVO, NÃO PARA O LUCRO: CONTRA O CAPITAL, QUEREMOS ESCOLA PARA GERAL” e conclamamos os estudantes secundaristas, grêmios, entidades e organizações à luta pela consolidação de uma unidade capaz de disputar os rumos da UBES e da educação brasileira para um sentido socialista. Infelizmente, o 45º CONUBES terá os prazos para a participação dos estudantes mais apertados da história recente dessa entidade, o que consideramos um ataque à democracia estudantil. Mas é por coisas como essas que aumenta-se cada vez mais a necessidade da disputa e da participação dos comunistas nesse processo. Não é hora de recuar, e sim de reconstruir revolucionariamente o movimento estudantil secundarista brasileiro pela e para as bases estudantis!

CONTRA O CAPITAL, QUEREMOS ESCOLA PARA GERAL!

PELA REVOGAÇÃO IMEDIATA DO NEM!

PELO FIM DO VESTIBULAR!

PELA ESCOLA POPULAR!