Uberlândia: Em defesa da Reconstrução Revolucionária do PCB

Não reconhecemos as intervenções do Comitê Central na Coordenação Nacional da UJC, a criação de entidades paralelas da juventude, e a tentativa de liquidação do complexo partidário em Uberlândia.

Uberlândia: Em defesa da Reconstrução Revolucionária do PCB
"Entendemos que não é possível superarmos essa crise sem um profundo e criterioso balanço político e organizativo, e sem participação de todos os organismos partidários em um XVII Congresso Extraordinário — construído desde pelo amplo debate e a pela aplicação firme e profunda da democracia interna."

NOTA POLÍTICA DA CÉLULA DO PCB DE UBERLÂNDIA-MG

A militância do complexo partidário do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em Uberlândia-MG, após aprofundados debates sobre o posicionamento do Comitê Central (CC) do PCB e seus inúmeros desrespeitos às resoluções congressuais e estatutos, bem como expurgos em massa de militantes divergentes, fato ocorrido inclusive em nossa própria célula, vem a público se colocar em defesa da Reconstrução Revolucionária do partido e às instâncias provisórias do PCB-RR.

O Manifesto apresentado pelo PCB-RR foi lido e debatido na íntegra pelos militantes antes de nos posicionarmos, dado isso, vale a pena frisar que não enxergamos no PCB-RR um novo partido, mas, sim, um aprofundamento na aplicação de nossas resoluções, estatutos e política marxista-leninista.

Entendemos que o atual CC não possui compromisso com a raiz revolucionária do partido e se utiliza de um centralismo-democrático completamente desvirtuado de sua função para impor, a força, seu posicionamento e manter, dentro do partido, apenas aqueles favoráveis à direção. Ações estas que buscam manter a hegemonia de sua linha política vacilante dentro do PCB, estagnando o partido e pondo fim ao marxismo-leninismo.

Em Minas Gerais, o cenário com a fração que apoia o Comitê Central não era diferente, se replicando na nossa Comissão Política Regional (CPR). Marcado pelo imobilismo e burocratismo, o PCB-MG trazia todas as críticas feitas à nível nacional para o nível estadual: a política frentista com outros partidos, a falta de uma crítica séria ao programa social-liberal e ao governo Lula, falta de conhecimento de suas bases (principalmente nos interiores de MG), etc.

Um exemplo de toda essa situação foi a tentativa autoritária de intervenção na Coordenação Regional da UJC MG, como já explicado na postagem feita pela juventude, inicialmente tentando expulsar dois secretaries eleites e, após falharem, foram expulsos mais de 12 camaradas de todo o estado, principalmente do interior. Além disso, o incentivo do partido de criar uma Coordenação Regional paralela da UJC e, nesta última semana, dissolver verticalmente (como se tivessem autoridade para isso) quase 2/3 da militância da juventude de todo o estado, incluindo todos os núcleos de Uberlândia — que não tiveram nem a capacidade de mencionar separadamente na circular enviada, fazendo referência a “Uberlândia” como um único núcleo.

Apesar de seu isolamento diante da política da atual CPR MG, a célula de Uberlândia nos últimos anos se manteve guiada pelos princípios do marxismo-leninismo, pela defesa do programa comunista e contra a política eleitoreira defendida por algumas dessas direções eleitas pelo XVI Congresso do PCB, marcado pela falta de democracia interna desde seus momentos preparatórios.

A posição do PCB junto dos núcleos da UJC, assim como dos coletivos Ana Montenegro e Minervino de Oliveira, marca a profunda necessidade de um XVII Congresso Extraordinário, de todo o Complexo Partidário, e o aprofundamento de nossa linha política, pautada no internacionalismo proletário e nos problemas do Brasil e Minas Gerais.

Não iremos nos estender nesta nota, mas orientamos a militância e pessoas próximas a conhecer a realidade e posicionamento de diversas núcleos e células que também se posicionaram a favor do avanço da Reconstrução Revolucionária do Partido Comunista Brasileiro. Entendemos que não é possível superarmos essa crise sem um profundo e criterioso balanço político e organizativo, e sem participação de todos os organismos partidários em um XVII Congresso Extraordinário — construído desde pelo amplo debate e a pela aplicação firme e profunda da democracia interna.

Não reconhecemos as intervenções do Comitê Central na Coordenação Nacional da UJC, a criação de entidades paralelas da juventude, e a tentativa de liquidação do complexo partidário em Uberlândia.

Encerramos a nota com o entendimento de que agora não é momento para desesperança e tristeza, agora é momento de ter força e lutar pelo futuro de nosso Partido e por seu aprofundamento revolucionário. Venceremos!

NA DEFESA DO MARXISMO-LENINISMO E DO CENTRALISMO-DEMOCRÁTICO!

PELO XVII CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO DO PCB E COLETIVOS!

VIVA A RECONSTRUÇÃO REVOLUCIONÁRIA DO PCB!