Nota política: SOGIL - Lucro privado, prejuízo público
Enquanto a SOGIL nos encaixota como bicho, a Prefeitura de Gravataí tem sido sua fiel aliada na busca pelo lucro às custas de quem depende do serviço, despejando nos últimos anos milhões em subsídios para a empresa.

Nota política do PCBR em Gravataí (RS)
Em Gravataí, a Sociedade de Ônibus Gigante Ltda. (SOGIL) é símbolo da decadência capitalista. Dona das linhas de ônibus que transportam milhares de trabalhadoras e trabalhadores todos os dias, a empresa superlota suas latas-velhas para arrancar cada moeda do povo que precisa ir trabalhar. Por esse serviço precário, pagamos uma fortuna; R$6,00, dentro do município e R$11,80 para Porto Alegre no “pinga”, caso você tenha a audácia de querer uma viagem um pouco mais confortável, pode pagar R$20,65 no “executivo”.
Enquanto a SOGIL nos encaixota como bicho, a Prefeitura de Gravataí tem sido sua fiel aliada na busca pelo lucro às custas de quem depende do serviço, despejando nos últimos anos milhões em subsídios para a SOGIL - como R$5 milhões durante a pandemia - e mais alguns milhões por meio da PL 106/2022, sempre com a desculpa de "evitar aumentos". Mentira deslavada. Em 2025, as tarifas subiram mesmo assim. Então perguntamos: onde está nosso dinheiro? Qualquer um que entre num ônibus desta “gigante” empresa vê a resposta: portas quebradas, botões de acessibilidade que não funcionam, cordas de parada arrebentadas e superlotação constante. O dinheiro público claramente não é usado para melhorias e só nos resta imaginar ele indo direto para o bolso de Sérgio Tadeu Pereira, o dono dessa empresa sanguessuga.
E a exploração não para aí. A SOGIL ainda precariza o trabalho de seus funcionários, eliminando a função dos cobradores e jogando tudo nas costas dos motoristas - que agora têm que dirigir, cobrar passagens e controlar embarques ao mesmo tempo. Fica claro qual é a prioridade: não é o serviço de qualidade, nem as condições de trabalho, mas sim o lucro acima de tudo e o Capital acima de todos.
Para nós, comunistas, não há solução enquanto nossas necessidades estiverem submetidas ao lucro privado. Como confiar em alguém que não quer um serviço de transporte de qualidade mas somente o lucro desenfreado? Queremos passe livre, estatização e autogestão por meio das assembleias de trabalhadores e usuários da empresa! Se dependemos do serviço e fazemos ele funcionar com nosso trabalho, nós devemos controlar os seus rumos. A população deve exigir a prestação de contas dos subsídios dados à SOGIL em audiência pública e demandar o controle sobre os rumos dessa situação inaceitável!