Nota de repúdio à violência contra a militância comunista

Vimos a público denunciar e repudiar as ações violentas praticadas por dirigentes do PCB-CC contra militantes da União da Juventude Comunista no último domingo (8).

Nota de repúdio à violência contra a militância comunista
"Fazemos um chamado aos dirigentes do PCB-CC para que contribuam para o fim do clima sectário e fisicamente agressivo"

O Comitê Nacional Provisório do Movimento Nacional em Defesa da Reconstrução Revolucionária do PCB (PCB-RR) vem a público denunciar e repudiar as ações violentas sofridas por militantes da União da Juventude Comunista no último domingo, 8 de outubro.

O primeiro caso aconteceu no Congresso da UEE em Minas Gerais e o segundo aconteceu na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, na rua, em uma parada de ônibus.

Um militante da UJC, camarada Micael, destacado pela Coordenação Regional da UJC de Minas Gerais, estava acompanhando o processo congressual da UEE MG. Começou-se uma confusão dentro do evento. O camarada Micael, preocupado com a situação, foi atrás do dirigente do PCB-CC, Túlio Lopes, para avisar da confusão, no que foi surpreendido por um tapa na cara do mesmo, e um empurrão, de cima da arquibancada, colocando em risco a integridade física do camarada. Portanto, um camarada buscando expressar solidariedade e preocupação, foi agredido fisicamente por um dos principais dirigentes do PCB-CC em Minas Gerais, de forma absolutamente despropositada.

Em Pelotas, dois militantes estavam esperando o ônibus, enquanto conversavam sobre o processo de cisão partidária. Na mesma parada estava presente a dirigente nacional do CFCAM, Isabella, a qual ao escutar a conversa, começou a agredir verbalmente um dos camaradas, até que o agrediu fisicamente com um tapa na cara. Nenhum dos camaradas reagiu à agressão, também evitando pegar o mesmo ônibus que a mesma.

Denunciamos esses dois eventos como práticas absolutamente reprováveis da parte de militantes que se consideram comunistas. As divergências no seio do movimento dos trabalhadores, em geral, e do movimento comunista, em particular, têm seus próprios métodos para resolução e o método da violência não deve ser cultivado em nenhum espaço, muito menos no meio de um congresso estudantil.

É um absurdo que militantes que tenham optado por ficar junto ao PCB-CC, sem compreender que as divergências políticas devem ser respeitadas, uma vez que não puderam ser superadas internamente, cheguem a esse ponto. Não compactuamos com esses métodos e não nos rebaixaremos ao nível desses militantes. Trataremos politicamente nossas divergências e devemos cultivar a responsabilidade de um tratamento respeitoso entre militantes, porque, apesar das divergências, sabemos que estaremos ombros a ombros em diversas lutas.

Fazemos um chamado aos dirigentes do PCB-CC para que contribuam para o fim do clima sectário e fisicamente agressivo entre os militantes que decidiram ficar em suas fileiras e aqueles que decidiram aprofundar a Reconstrução Revolucionária em um novo rumo.