Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 157

A Universidade Hebraica na Al-Quds ocupada suspendeu a professora e ativista palestina Nadera Shalhoub-Kevorkian de seu cargo na Faculdade de Direito. A medida ocorreu após ela classificar a ofensiva militar de Israel em Gaza como genocídio durante uma entrevista ao Canal 14 israelense.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 157
A professora e ativista palestina Nadera Shalhoub-Kevorkian.

RESISTÊNCIA CONTRA FORÇAS ISRAELENSES: OPERAÇÕES DE HOJE

Em uma série coordenada de ações, grupos de resistência continuaram seus ataques contra forças dos Estados Unidos e Israel hoje. As operações envolveram diversas organizações, cada uma executando ações específicas.

As Brigadas Al-Quds protagonizaram um bombardeio com morteiros na sede e centro de controle da IDF ao sul da Cidade de Gaza. Em uma operação conjunta com as Forças do Mártir Omar Al-Qassem, a brigada também bombardeou as forças da IDF que cercavam o edifício Bakrun, localizado ao sul do bairro de Al-Zaytun em Gaza.

As Brigadas Al-Aqsa, por sua vez, lançaram uma barragem de morteiros de 60mm, atingindo uma concentração de soldados e veículos da IDF no bairro de Al-Zaytun, sudeste de Gaza. Além disso, envolveram-se em confrontos intensos com as forças da IDF e seus veículos militares dentro da Faixa de Gaza, fazendo uso de metralhadoras e RPGs.

As Forças do Mártir Omar Al-Qasim detonaram um dispositivo altamente explosivo que visava um veículo militar da IDF na cidade de Hamad, localizada a oeste de Khan Yunis.

O Hezbollah desempenhou um papel significativo nos confrontos, atacando o local Jal Al-Alam com armamento apropriado, alcançando um acerto direto. Adicionalmente, lançaram um ataque aéreo com 4 drones bomba no quartel-general de defesa aérea e de mísseis em Kila, atingindo com precisão seus alvos. O grupo também realizou ataques a posições da IDF, incluindo confronto com um drone israelense nas áreas de fronteira e ataque a instalações de artilharia em Khirbet Ma’ar.

IÊMEN ATACA NAVIO AMERICANO E EVIDENCIA O FRACASSO DA AGRESSÃO IMPERIALISTA

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) expressa suas mais profundas condolências ao Iêmen pela perda de vidas entre o povo iemenita devido à covarde agressão anglo-americana que atingiu o Iêmen ontem, desejando uma recuperação rápida para os feridos.

O Iêmen, seu povo e suas forças armadas, nunca abandonarão a trincheira do confronto em defesa da Palestina e a Gaza. As ofensivas dos Estados Unidos e do Reino Unido apenas fortalecerão a resiliência do Iêmen, aumentando sua firmeza na contínua batalha de apoio ao povo palestino, independentemente dos esforços combinados das forças de agressão.

A rápida resposta das forças armadas iemenitas a essa agressão, atingindo um navio americano no Mar Vermelho, é uma prova do fracasso repetido dos objetivos desta agressão. As potências ocidentais demonstraram incapacidade em garantir a proteção de suas tropas ou navios em direção à entidade sionista.

Concluindo, a FPLP reiterou que o Iêmen tem raízes profundas na história e que nenhuma força opressora poderá derrotá-lo, impor sua vontade ou obstruir seu dever humano para com a Palestina e o povo palestino em Gaza.

UNIVERSIDADE SUSPENDE PROFESSORA POR DENUNCIAR O GENOCÍDIO EM GAZA

Em uma decisão autoritária, a Universidade Hebraica na Al-Quds ocupada suspendeu a professora e ativista palestina Nadera Shalhoub-Kevorkian de seu cargo na Faculdade de Direito. Segundo o Al Mayadeen, a medida ocorreu após ela chamar a ofensiva militar de Israel em Gaza de genocídio durante uma entrevista ao Canal 14 israelense.

Shalhoub-Kevorkian, conhecida pesquisadora especialista em crimes estatais, criminologia, vigilância, violência de gênero, direito e sociedade, tem histórico de críticas à ocupação e ao sionismo. A Universidade Hebraica já havia solicitado sua renúncia, mas após a entrevista recente, optou por suspendê-la devido à pressão contínua da comunidade e legisladores israelenses.

Em um comunicado intitulado “Incitação e ódio liderados pela Profa. Shalhoub-Kevorkian”, a universidade a acusou de se expressar de maneira “antissionista e inflamatória” desde o início da guerra. A instituição rejeitou veementemente as declarações da professora e afirmou seu orgulho em ser uma instituição israelense, pública e sionista.

A suspensão reflete os esforços globais contínuos do lobby sionista para silenciar vozes pró-palestinas, tentando ocultar o que ocorre em Gaza. Casos semelhantes, como a renúncia da presidente de Harvard, Claudine Gay, em janeiro, indicam uma tendência mais ampla de figuras acadêmicas enfrentando repercussões por expressar sentimentos pró-palestinos.