Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 146

A entrega de ajuda ao povo palestino por meios aéreos, em meio à deliberada lentidão e restrições impostas pelas autoridades da ocupação nas passagens oficiais, revela a incapacidade da comunidade internacional em conter a catástrofe que aflige o povo palestino.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 146
Frente Popular pela Libertação da Palestina: ‘Certamente venceremos’

RESISTÊNCIA CONTRA FORÇAS ISRAELENSES: OPERAÇÕES DE HOJE

Em uma série coordenada de ações, grupos de resistência continuaram seus ataques contra forças dos Estados Unidos e Israel hoje. As operações envolveram diversas organizações, cada uma executando ações específicas.

As Brigadas Al-Qassam detonaram dois túneis armadilhados na entrada das forças das IDF, causando baixas ao sul do bairro Al-Zaytun na Cidade de Gaza. Também houve a explosão controlada de um edifício e ataques a veículos blindados e um tanque Merkava, resultando em baixas.

As Brigadas Al-Quds realizaram um bombardeio nas linhas de suprimento inimigas com morteiros na área de Zana’a, a leste de Khan Yunis, além de atacar dois veículos militares com RPGs na área de Abasan Al-Kabira em Khan Yunis.

As Brigadas Nasser Salah Al-Din lançaram uma salva de foguetes contra o assentamento de Sderot e atacaram as posições das Forças de Defesa de Israel (IDF) ao norte da Faixa de Gaza com foguetes de 107 mm.

As Brigadas Mujahidin bombardearam o quartel-general de comando de campo das IDF no sul e oeste de Gaza com morteiros, atacaram assentamentos de Gaza com foguetes e alvejaram posições das IDF ao sudeste do bairro Al-Zaytun em Gaza com foguetes de curto alcance.

As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa engajaram-se em confrontos intensos com as forças das IDF, usando armas apropriadas no eixo da área de Abasan Al-Kabira em Khan Yunis.

As Forças do Mártir Omar Al-Qasim participaram de confrontos intensos com as forças das IDF na área de Abasan Al-Kabira em Khan Yunis e detonaram um dispositivo explosivo direcionado a um veículo militar das IDF no bairro Al-Amal, a oeste de Khan Yunis.

O Hezbollah atacou o posicionamento de soldados israelenses perto do site Jal Al-Alam com projéteis de artilharia, bem como uma concentração de soldados israelenses perto da Colina de Cobra com foguetes. Além disso, eles atacaram o site de Ramtha nas fazendas ocupadas de Shebaa, o assentamento de Eilon com foguetes Katyusha em resposta à agressão israelense contra civis, instalações técnicas e de espionagem no site de Ruwaysat Al-Alam com armas apropriadas, e o assentamento de Ghoren com foguetes Falaq.

RESTRIÇÃO DAS OPERAÇÕES AÉREAS PARA ENTRADA DE AJUDA: ESTRATÉGIA DA OCUPAÇÃO PARA DIVIDIR A PALESTINA

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) destaca a necessidade de que as operações de entrega de ajuda humanitária por meio de desembarques aéreos não substituam a entrada através de rotas terrestres em todas as áreas da Faixa de Gaza. Deve-se tomar uma decisão séria para quebrar o cerco imposto à região, exigindo a entrada irrestrita de todos os suprimentos humanitários, medicamentos e combustíveis.

A entrega de ajuda ao povo palestino por meios aéreos, em meio à deliberada lentidão e restrições impostas pelas autoridades de ocupação nas passagens oficiais, revela a incapacidade da comunidade internacional em conter a catástrofe que aflige o povo palestino. Essa situação resultou na propagação da fome em amplas áreas da Faixa de Gaza, especialmente em Gaza e no norte, culminando na brutal massacre ocorrido na Praça Al-Nablusi, na Rua Rashid, na última quinta-feira (29).

Alertando que as operações aéreas de ajuda não devem substituir a entrada através das passagens oficiais, a Frente reiterou que a restrição da entrada de ajuda por via aérea consolida as estratégias de ocupação, visando a separação e divisão do território, intensificando o cerco ao povo palestino e encobrindo os crimes e massacres da ocupação contra o nosso povo.

A Frente concluiu seu comunicado enfatizando que a comunidade internacional enfrenta um teste real para demonstrar sua capacidade e seriedade em interromper a catástrofe que o povo palestino está enfrentando, cometida pelo regime sionista com o apoio e cumplicidade dos EUA e do Ocidente. A real solução reside no completo fim da agressão e retirada total da ocupação sionista da Faixa de Gaza, rompendo completamente o cerco e permitindo a entrada irrestrita de ajuda, sem restrições impostas pela ocupação. Essa é a prioridade que pode salvar o povo palestino da agressão e das garras da fome.

PRONUNCIAMENTO DO PORTA-VOZ DAS BRIGADAS AL-QASSAM

O porta-voz das Brigadas Al-Qassam, Abu Obeida, emitiu uma mensagem direta à entidade sionista: mais 7 prisioneiros sionistas em Gaza foram mortos pelo fogo das IDF, incluindo um amigo próximo de Netanyahu.

Nesta fase, 70 dos 134 prisioneiros ainda detidos em Gaza podem ter sido mortos pelo fogo das IDF, de forma deliberada. No meio de negociações em andamento fora da Palestina, a resistência veio à frente para informar o inimigo que metade de seus prisioneiros foi morta pelas mãos da IDF e que seu governo não se importa com suas vidas, fornecendo até mesmo os nomes dos mortos. Essa revelação golpeia o governo ocupante, seu público e a delegação de negociação, depois que a entidade pediu ao Hamas, por meio de mediadores, que fornecesse os nomes dos prisioneiros vivos em preparação para um acordo de troca.

Ao fazer este anúncio, Abu Obeida reiterou a demanda de “todos por todos”, afirmando: “o preço que aceitaremos por cinco prisioneiros vivos ou dez é o mesmo preço que teríamos aceitado por todos os prisioneiros se não tivessem sido mortos pelas operações de bombardeio do inimigo”, reafirmando que a posição da resistência de exigir a liberdade de todos os prisioneiros palestinos não mudou.

A menção ao martírio de vários combatentes das Brigadas Al-Qassam na mensagem não deve passar despercebida, pois esses heroicos combatentes estavam protegendo não apenas os reféns, mas a liberdade de todos os prisioneiros palestinos.

A liderança do Hamas, Mohammed Nazzal, disse para a Al-Jazeera que as recentes declarações de Abu Obeida são prova de que Netanyahu não está preocupado com as vidas dos prisioneiros israelenses em Gaza. Ele não quer interromper a guerra em curso na Faixa de Gaza. Ainda não há informações confirmadas sobre quando um acordo sobre os prisioneiros será alcançado.