Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 135

As significativas declarações do presidente brasileiro são evidência da clara da magnitude do crime que é cometido contra o povo palestino em Gaza. O mundo livre está cada vez mais insatisfeito com a ocupação sionista e seus aliados ocidentais, observando um declínio na narrativa sionista.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 135
O presidente Lula durante discurso na cúpula da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia. Reprodução: Ricardo Stuckert / Presidência da República

RESISTÊNCIA CONTRA FORÇAS ISRAELENSES: OPERAÇÕES DE HOJE

Em uma série coordenada de ações, grupos de resistência continuaram seus ataques contra forças dos Estados Unidos e Israel hoje. As operações envolveram diversas organizações, cada uma executando ações específicas.

A oeste de Khan Yunis, as Brigadas Mujahidin atacaram as forças da IDF (Forças de Defesa de Israel) com um foguete Saeer, visando uma concentração das tropas. Simultaneamente, as Forças do Mártir Omar Al-Qasim detonaram um dispositivo altamente explosivo e dispararam um RPG contra veículos do exército israelense nas proximidades do Hospital Nasser.

Na região leste do campo de Al-Bureij, as Forças Al-Asifah lançaram uma série de foguetes de 107mm contra soldados israelenses e seus veículos, intensificando a pressão na região. Na região central da Faixa de Gaza, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa bombardearam forças israelenses e seus veículos com morteiros de 60mm e lançando foguetes de 107mm em diversos eixos, incluindo a linha de suprimentos no sul da Cidade de Gaza.

Além disso, o Hezbollah também desempenhou um papel significativo nos confrontos. De Al-Baghdadi às fazendas de Shebaa, seus ataques foram precisos e estratégicos. Dentre os alvos, estão posições israelenses em Evin Menachem, Shumera, Tayhat triangle, Yaroun, e os locais de Al-Samaqa e Ruwaysat Al-Alam nas fazendas ocupadas de Shebaa. O Hezbollah lançou foguetes, atingindo diretamente vários desses pontos, enquanto causava ferimentos diretos em Evin Menachem.

Vale ressaltar que essa lista não abrange os foguetes disparados de Gaza em direção a assentamentos israelenses, indicando uma amplitude ainda maior das operações de resistência. 

FOME ASSOLA OS PALESTINOS AO NORTE DE GAZA

O Departamento de Assuntos de Refugiados e Direito de Retorno da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), emitiu um alerta sobre a situação alarmante de fome entre os palestinos sitiados no norte da Faixa de Gaza, especialmente entre as crianças. Isso ocorre em meio à contínua intensidade dos bombardeios, massacres, colapso dos serviços de saúde e deterioração dos serviços básicos.

A comunidade internacional e a ONU são cúmplices completos da ocupação nessa guerra de fome sistemática contra o povo palestino na região, especialmente no norte da Faixa de Gaza, que enfrenta uma catástrofe sem precedentes e uma fome que resultou na morte de várias crianças nos últimos dias devido à fome extrema, à falta grave de cálcio, à contaminação da água, à má nutrição, à escassez de medicamentos e à falta mínima de suprimentos alimentares essenciais, como farinha, vegetais, grãos, entre outros. As pessoas da região foram forçadas a moer rações para animais e a cozinhar ervas, tendo um impacto grave sobre aqueles que sofrem de doenças crônicas, como doenças cardíacas, câncer e renais, sem acesso a tratamento e medicamentos em meio à grave fome.

A cumplicidade americana e ocidental, a negligência internacional e o silêncio árabe incentivaram a ocupação a continuar sua agressão e guerra de fome contra o povo palestino, especialmente no norte de Gaza. Essa região testemunhou crimes sem precedentes na história, onde aqueles que não foram mortos por mísseis, tiros e bombas da ocupação enfrentam agora o destino da fome e da doença.

A FPLP pede aos defensores da liberdade em todo o mundo que ajam urgentemente em todos os níveis, protestarem nas ruas diante das instituições internacionais e cercarem as embaixadas do agressor sionista, americano e ocidental, a fim de pressionar pelo fim da agressão e da guerra de fome. Além disso, exige a entrega urgente de ajuda humanitária às áreas do norte da Faixa de Gaza e que a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) seja autorizada a realizar seu trabalho no norte para fornecer ajuda de emergência aos palestinos que sofrem com a fome. 

O regime sionista e seus cúmplices na agressão ou os coniventes e complacentes pagarão o preço por esses terríveis crimes contra um povo inteiro que está enfrentando um genocídio e uma guerra de fome sistemática. Esses crimes não terão sucesso em quebrar a vontade do povo palestino ou sua adesão à resistência, que triunfará sobre a máquina de guerra sionista, apesar da conivência da comunidade internacional e da traição dos filhos da nação árabe em apoiar seu povo na Palestina.

FPLP SAÚDA AS DECLARAÇÕES DE LULA E A DECISÃO PELA RETIRADA DE SEU EMBAIXADOR

A FPLP elogiou as declarações feitas pelo presidente brasileiro Lula da Silva durante a Cúpula da União Africana em Adis Abeba, onde enfrentou a ocupação sionista e descreveu as atrocidades cometidas contra civis palestinos na Faixa de Gaza como genocídio, comparando-as ao Holocausto judeu durante a II Guerra Mundial.

Consideram-se importantes essas declarações, vindas de um líder de um país central e influente no mundo, que desempenhou um papel histórico no apoio ao povo palestino e adotou uma postura clara contra a agressão ao território, qualificando tais posições como corajosas e responsáveis.

Essas significativas declarações do presidente brasileiro são evidência clara da magnitude do imenso crime que é cometido contra o povo palestino na Faixa de Gaza. O mundo livre está cada vez mais insatisfeito com a ocupação sionista e seus aliados ocidentais, observando uma ampla reviravolta na narrativa palestina e um declínio na narrativa sionista.

A FPLP enfatizou a necessidade de transformar essas importantes declarações em um documento e testemunho oficial que deve ser referenciado no processo movido pela República Sul-Africana contra a entidade sionista. Além disso, deve servir de inspiração para os defensores da liberdade em todo o mundo intensificarem seu apoio ao povo palestino, pressionando pelo fim do genocídio contínuo em Gaza e julgando os líderes da ocupação como criminosos de guerra nos tribunais internacionais.

A Frente saudou também, em comunicado posterior, a decisão do Brasil de retirar seu embaixador do território sionista e expulsar o embaixador sionista do Brasil. A decisão representa uma vitória significativa para a tragédia do povo palestino e sua luta, bem como para os valores de justiça e liberdade, pelos quais o presidente brasileiro sempre levantou sua bandeira e lutou, agora em solidariedade ao povo palestino.

Esta crucial decisão consolida as posturas dignas e avançadas do Brasil e de seu presidente, especialmente desde o início da agressão sionista contra a região, bem como à maioria da população brasileira que se opõe à agressão e se solidariza com os direitos do povo palestino.

A Frente convocou os líderes mundiais, especialmente os chefes dos países árabes que têm relações e acordos com a ocupação, a seguir o exemplo do presidente brasileiro cortando os laços com o território sionista, retirando seus embaixadores, expulsando os embaixadores sionistas e fechando as embaixadas do território em seus países.

Ao fim de seu comunicado, declarou: “Chegou a hora de isolar esta ocupação criminosa em todos os fóruns e lugares, arrancando sua legitimidade por ser um ente colonial criminoso e racista que representa uma grande ameaça à segurança e estabilidade global.”