Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 681

O camarada Omar Murad afirmou que a prioridade palestina é cessar o genocídio, pôr fim ao cerco e garantir a reconstrução em Gaza, destacando que a resposta unificada fortalece a iniciativa para encerrar a guerra.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 681

FPLP: Omar Murad sobre o papel do Egito e do Qatar no acordo

Na primeira declaração da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) após o anúncio de que o movimento Hamas aceitou a iniciativa egípcia-qatari para pôr fim à guerra, permitir a entrada de ajuda humanitária e realizar a troca de prisioneiros, o camarada Omar Murad, membro do Bureau Político da FPLP, declarou que a prioridade para o povo palestino é parar o genocídio, os crimes, a fome e as operações de limpeza étnica, além de pôr fim ao cerco e ao endurecimento das restrições nas passagens fronteiriças.

Murad ressaltou que é necessário criar as condições adequadas para a chegada da ajuda humanitária por meio de instituições internacionais, garantir a entrada de serviços e meios de subsistência, além da reabilitação da infraestrutura e da reconstrução, de modo a fortalecer a resistência do povo palestino em Gaza e assegurar o retorno de todos os deslocados às suas casas, enfatizando que isso “bloqueia os projetos e planos de expulsão e desarraigamento”.

Ele acrescentou que a resposta do Hamas à proposta dos mediadores árabes, Egito e Qatar, foi uma resposta unificada em nome das organizações da resistência palestina reunidas no Cairo, explicando que a resposta “veio após um encontro com os irmãos egípcios e com a presença do Qatar, atendendo aos interesses palestinos dentro de certos limites e rejeitando a submissão às condições dos criminosos de guerra sionistas, Netanyahu e sua gangue fascista”.

Murad apontou que a resposta “converge em vários pontos com as ideias do enviado americano”, com algumas modificações nos termos. Ele destacou que a iniciativa propôs uma trégua de 60 dias, de acordo com a proposta anterior de Wittkoff, com alguns ajustes, e insistiu na entrada de ajuda humanitária pelas Nações Unidas, suas agências, o Crescente Vermelho e instituições internacionais que operam em Gaza, além da abertura da passagem em ambos os sentidos, conforme estabelecido no acordo de 19 de janeiro passado.

Ele afirmou ainda que o segundo ponto trata da modificação de algumas condições de retirada: 1.000 metros ao norte e ao leste, 800 metros em áreas residenciais, 1.200 metros em Shuja'iya e também em Beit Lahia, 1.500 metros na área de Rafah Dahaniya e 1.200 metros em direção a Mirage.

O terceiro ponto, segundo ele, refere-se ao número de prisioneiros: estão sendo considerados 140 sentenças de prisão perpétua, 60 com penas altas acima de 15 anos, 1.500 prisioneiros de Gaza após 7 de outubro, e no caso dos corpos, para cada cadáver “israelense”, seriam trocados dez mártires palestinos.

Murad esclareceu que as questões de retirada “são próximas dos mapas acordados em janeiro passado”, enquanto os dossiês da resistência, dos combatentes e das armas permanecem fora da negociação.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 51 mártires e 369 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 61.827 e 155.275 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 10.300 mártires e 43.234 feridos.