Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 653
Vinte e cinco países ocidentais, entre eles Reino Unido, França e Japão, exigiram um cessar-fogo imediato em Gaza e o fim das restrições à ajuda, alertando para a crise humanitária e violações do direito internacional.

Países do ocidente exigem cessar-fogo em Gaza
Vinte e cinco países, incluindo Reino Unido, França, Japão, Itália, Canadá e Austrália, exigiram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e o fim de todas as restrições à entrada de ajuda humanitária, relata o Al-Hadaf.
Em uma declaração conjunta divulgada nesta segunda-feira, os países acusaram o governo de ocupação de seguir um modelo “perigoso” de distribuição de ajuda, o que agrava a crise e mina a estabilidade. “O sofrimento dos civis em Gaza atingiu níveis sem precedentes”, afirmou o comunicado, que condenou a “distribuição lenta da ajuda e o assassinato desumano de civis, incluindo crianças, enquanto tentavam atender suas necessidades básicas de água e comida”.
A declaração destacou que mais de 800 palestinos foram mortos enquanto tentavam obter ajuda, considerando que “negar aos civis o acesso à ajuda essencial é inaceitável e contraria as obrigações legais de Israel sob o direito internacional humanitário”. O texto acrescenta: “Israel deve cumprir integralmente essas obrigações”.
Os países signatários apelaram pela “remoção imediata das restrições à entrada de ajuda humanitária” e pela garantia de que a ONU e as organizações humanitárias possam realizar suas missões de socorro “com segurança e eficácia”. O comunicado também exigiu que “todas as partes protejam os civis e cumpram o direito internacional humanitário”.
As nações alertaram que “as propostas para transferir a população palestina para a chamada ‘cidade humanitária’ são completamente inaceitáveis”, ressaltando que “o deslocamento forçado permanente constitui uma violação flagrante do direito internacional”.
O comunicado também expressou “forte oposição a qualquer medida que vise alterar a demografia ou a geografia dos territórios palestinos ocupados”, observando que “se implementado, o plano de assentamento conhecido como (E1) dividirá o futuro Estado palestino em duas partes, violando o direito internacional e minando profundamente a solução de dois Estados”.
As nações também alertaram para o ritmo acelerado da construção de assentamentos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e para o aumento da violência por parte de colonos contra os palestinos, enfatizando que “isso deve parar”.
Quanto aos prisioneiros israelenses mantidos em Gaza, a declaração pediu sua “libertação imediata e incondicional”, destacando que “um acordo de cessar-fogo negociado é o melhor caminho para garantir seu retorno e pôr fim ao sofrimento de suas famílias”.
Os países signatários encerraram a declaração apelando por “um cessar-fogo imediato, incondicional e duradouro”, afirmando que “o derramamento contínuo de sangue não serve a nenhum propósito” e reafirmando seu total apoio aos esforços dos Estados Unidos, Catar e Egito para alcançar uma solução.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 93 mártires e 278 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 58.479 e 139.355 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 7.656 mártires e 27.314 feridos.