Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 638

Amjad Millitat, comandante das Brigadas do Mártir Abu Ali Mustafa, é lembrado neste 6 de julho por sua trajetória de resistência armada e bravura, tendo caído após anos de perseguição e luta contínua.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 638

FPLP: Amjad Millitat, legado de luta e martírio

No dia 6 de julho de cada ano, é comemorado o martírio do comandante das Brigadas do Mártir Abu Ali Mustafa — o braço armado da Frente Popular pela Libertação da Palestina — Amjad Millitat, também conhecido como Abu Watan.

Ele era o vice-comandante geral das brigadas. O som da sua arma ecoou pelas vielas e pedras da Cidade Velha, e as rajadas de seus tiros queimaram os corpos de dezenas de sionistas que tentaram violar a dignidade da Cidade Velha.

O mártir comandante e combatente Amjad nasceu na vila de Beit Furik, distrito de Nablus, em 27 de julho de 1973. Cresceu na sua aldeia, aprendendo desde cedo o amor pela terra. Como todo camponês, aprendeu os valores do sacrifício por meio da proximidade com a terra, que recompensa aqueles que a amam.

Estudou nas escolas da vila, mas deixou os estudos no início do ensino médio para trabalhar na construção civil, como seus irmãos, buscando um sustento digno por meio do trabalho. Era casado há cinco anos e vinha de uma família militante: dois de seus irmãos estavam presos — um condenado a oito anos, o outro aguardando julgamento.

Aos 14 anos, juntou-se à Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) e foi reconhecido por sua coragem. No início da Segunda Intifada, respondeu ao chamado da resistência e se juntou às forças da resistência popular, que mais tarde se tornaram as Brigadas do Mártir Abu Ali Mustafa. Participou de diversas operações desde o início da Intifada, como plantio de explosivos, emboscadas e confrontos armados contra soldados e colonos israelenses, especialmente nas colônias de Elon Moreh, Itamar e nas estradas próximas a Beit Furik e Salim. Tornou-se um dos homens mais procurados por Israel, levando os serviços de inteligência à loucura.

Na madrugada de 6 de julho de 2004, liderou uma batalha heroica ao lado do comandante Yamen Tayeb Faraj, enfrentando tropas israelenses apoiadas por tanques e aviões durante quatro horas em Nablus. Causaram pesadas baixas ao inimigo antes de caírem como mártires, baleados de frente — sinal de que enfrentaram o inimigo face a face até o último tiro. Ele havia dito à mãe:

“Mãe, não chore por mim. Dei minha vida como um humilde buquê para a pátria e para a Frente Popular. Se cair com um tiro pelas costas, não pergunte por mim. Prometo que só cairei com um tiro de frente.”

Após sua morte, o exército israelense destruiu sua casa e impediu seu pai, que estava gravemente doente, de passar por um posto de controle — ele morreu após duas horas de retenção.

Quando Fadi Hanini e Jibril Awad foram martirizados, Yamen e Amjad desligaram seus celulares por cinco dias. No sexto dia, Yamen disse: “Esperem por nós amanhã.” E no sétimo dia, Amjad anunciou: “Parabéns... Vingamos o sangue de Fadi e Jibril.” Isso se referia ao ataque suicida realizado no centro de Tel Aviv pelo mártir Saed Hanini.

Assim são os camaradas: mantêm a promessa e cumprem a palavra.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 88 mártires e 365 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 56.500 e 133.419 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 6.175 mártires e 21.378 feridos.