Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 590
Em comunicado oficial, as forças armadas iemenitas informaram que o Porto de Haifa passa a integrar seu “banco de alvos” e alertaram empresas marítimas a evitarem a rota marítima, sob risco de represálias.

Iêmen anuncia bloqueio naval ao Porto de Haifa
As Forças Armadas do Iêmen anunciaram na segunda-feira (19) o início de um bloqueio naval ao porto de Haifa, ao norte da ocupação. Em comunicado oficial, as forças iemenitas informaram que o porto passa a integrar seu “banco de alvos” e alertaram empresas marítimas a evitarem a rota, sob risco de represálias.
“Todas as empresas com navios atualmente no porto mencionado ou em rota para ele (Porto de Haifa) estão informadas de que o porto de Haifa passou, a partir deste momento, a integrar o banco de alvos”, diz o texto. “Devem considerar plenamente esta declaração e as que forem divulgadas futuramente.”
A medida representa uma nova fase no envolvimento direto do Iêmen no conflito regional, reforçando o papel das forças houthis — ligadas ao movimento Ansarallah — no eixo de resistência às operações militares israelenses.
A ação anunciada pelo Iêmen se insere em um contexto mais amplo de regionalização do conflito no Oriente Médio. Ainda em janeiro deste ano, forças militares dos Estados Unidos e do Reino Unido lançaram ataques aéreos contra alvos no Iêmen, em resposta à atuação dos houthis contra navios comerciais no Mar Vermelho.
Mais recentemente, declarações de Donald Trump, ex-presidente dos EUA e atual figura de peso político, voltaram a ameaçar o Iêmen, ao ordenar uma nova operação militar contra a capital Sanaa. Esses ataques reativaram o front iemenita no noticiário internacional.
A atuação da resistência iemenita, sobretudo de suas forças navais, são um fator-chave na reconfiguração dos conflitos na região. A capacidade de interdição de rotas estratégicas, especialmente no Estreito de Bab el-Mandeb — um dos principais corredores mundiais de transporte de petróleo — elevou a relevância militar e política do Iêmen no cenário global.
A solidariedade declarada dos houthis ao povo palestino tem guiado suas ações militares recentes. O país foi alvo de novos ataques terroristas por forças israelenses e estadunidenses nas cidades de Sanaa e Hodeida.
O porto de Haifa é um dos principais centros logísticos de Israel e sua inclusão como alvo militar pelo Iêmen pode impactar o comércio internacional e agravar as tensões em um dos corredores marítimos mais estratégicos do mundo. Até o momento, não houve pronunciamento oficial da ocupação sionista ou dos EUA sobre o bloqueio.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 109 mártires e 216 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 2.985 mártires e 8.173 feridos.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 53.119 e 120.214 feridos desde o 7 de outubro de 2023.