Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 530
Sheinbaum recebe a embaixadora palestina na mesma semana em que Israel retomou sua campanha de limpeza étnica em Gaza, matando pelo menos 500 palestinos em três dias, quase metade deles crianças.
México recebe credenciais de embaixadora palestina
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, recebeu a carta credencial oficial da embaixadora palestina Nadya R. H. Rasheed no Palácio Nacional, na Cidade do México, em 19 de março.
Mesmo como primeira presidente judia e mulher do México, Sheinbaum tem defendido a implementação da limitada “solução de dois Estados”, apoiando o reconhecimento de um Estado palestino independente “ao lado” de Israel.
“Condenamos a agressão que está sendo vivida e acreditamos que o Estado palestino deve ser reconhecido em toda a sua plenitude, assim como o Estado de Israel é reconhecido. Essa tem sido a posição do México há muitos anos, e é a posição que mantemos”, disse Sheinbaum em outubro passado.
Em junho de 2023, três meses antes do início do genocídio EUA-Israel contra os palestinos em Gaza, o ex-presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador reconheceu oficialmente o Estado da Palestina, elevando a missão palestina no México de uma delegação especial para o status de embaixada plena.
Antes da eleição de López Obrador em 2018, a posição diplomática do México em relação à Palestina era protocolar, mantendo laços com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), apoiando a solução de dois Estados e defendendo a paz por meio da ONU, mas sem reconhecer formalmente o Estado palestino.
Em maio de 2024, o México apresentou uma declaração de intervenção sob o Artigo 63 do estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ), buscando se juntar ao processo de genocídio movido pela África do Sul contra Israel. Outros países latino-americanos, como Brasil, Cuba e Venezuela, expressaram apoio formal ao caso da África do Sul, mas ainda não apresentaram pedidos para aderir ao processo.
Sheinbaum aceitou as credenciais da embaixadora palestina na mesma semana em que Israel retomou sua campanha de limpeza étnica em Gaza, matando pelo menos 500 palestinos em três dias, quase metade deles crianças.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza 85 mártires e 133 feridos, como resultado dos múltiplos ataques e massacres cometidos pela ocupação desde as primeiras horas da manhã de hoje em Gaza.
Ainda há várias vítimas sob os escombros, e os trabalhos de resgate continuam.
