Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 369

FPLP: Os planos de ocupação no norte de Gaza serão destruídos pela resistência

O inimigo sionista cometeu um massacre horrível na Escola Rufaida, na cidade de Deir al-Balah, que abriga milhares de pessoas deslocadas, coincidindo com o cerco do norte da Faixa de Gaza pelo sexto dia consecutivo, o que resultou em dezenas de mártires e feridos.

Essa escalada sionista contra civis e deslocados no norte e centro da Faixa de Gaza é um novo crime de guerra que ultrapassa todos os limites em sua brutalidade e criminalidade.

A continuação do cerco sem precedentes imposto pelo exército de ocupação no norte da Faixa de Gaza, especialmente no campo de Jabalia, isolando-o completamente da cidade de Gaza e continuando a destruir a infraestrutura, incluindo as estradas principais, e impedindo a entrada de ajuda humanitária, junto com o intenso bombardeio que resultou em dezenas de mártires, enquanto as equipes de ambulâncias e defesa civil não conseguem recuperá-los devido às incursões contínuas, reflete as tentativas frenéticas da ocupação de implementar seus planos de esvaziar essa área e tentar deslocar seus residentes à força. Isso indica a existência de movimentos sionistas liderados pelo criminoso de guerra Benjamin Netanyahu para ativar o chamado “Plano dos Generais” [ver a seção seguinte] no norte da Faixa de Gaza.

O que está acontecendo no norte da Faixa de Gaza, juntamente com o bombardeio bárbaro das demais áreas e a guerra de fome imposta ao nosso povo, exige o retorno da mobilização popular nas praças e capitais em todo o mundo. Essa entidade criminosa e arrogante, junto com seu parceiro americano e seus aliados, deve sentir pressão e isolamento. O silêncio internacional contínuo e o declínio dos movimentos populares alimentam os crimes continuados contra o nosso povo.

Saudamos com orgulho e honra a resistência lendária do nosso povo, especialmente no norte da Faixa de Gaza, liderados pelos combatentes de todas as facções, equipes médicas, pessoal de ambulâncias e equipes de defesa civil, que se recusaram a deixar suas posições, apesar do crescente perigo, agarrando-se à sua terra e defendendo o nosso povo.

Afirmamos que os crimes e massacres da ocupação, assim como seus planos de deslocar o nosso povo no norte, serão destruídos como foram no passado e serão enfrentados com mais resistência e firmeza popular.

Netanyahu e Gallant estudam aplicação do “Plano dos Generais” em Gaza

Conforme noticiado em agosto pela Al-Jazeera, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da defesa, Yoav Gallant, aprovaram o estudo de operações que podem ser realizadas em Gaza com base no “Plano dos Generais”.

O chamado “Plano dos Generais” foi proposto recentemente, e vazamentos divulgados por meios de comunicação israelenses e americanos revelaram que ele prevê o cerco ao norte da Faixa de Gaza, a suspensão da ajuda humanitária e a evacuação dos moradores.

Esses meios de comunicação citaram Netanyahu durante uma sessão fechada no Knesset, no último domingo, dizendo que ele está estudando este “plano de ação”.

A rede americana CNN relatou, com base em um ex-militar israelense, que Netanyahu está estudando um plano para “forçar todos os palestinos no norte da Faixa de Gaza a sair”. Ele acrescentou que o plano visa transformar o norte da Faixa em uma zona militar fechada, cercando os combatentes do Hamas e “forçando-os a se render ou a morrer de fome”.

Por outro lado, o jornal israelense Yedioth Ahronoth informou há alguns dias que o exército apresentará nos próximos dias várias alternativas para a distribuição de ajuda humanitária em Gaza.

O jornal acrescentou que os planos serão apresentados a Netanyahu e incluirão “opções destinadas a destituir o controle civil do Hamas.”

Também mencionou que “após um prazo de uma semana para a evacuação dos moradores, será imposto um cerco militar completo na área, o que deixará os combatentes na cidade de Gaza com a opção de se render ou morrer”.

Esse plano passou a ser conhecido em Israel como o “Plano dos Generais”, proposto pelo general de reserva Giora Eiland, ex-chefe do conselho de segurança, no início de setembro. O plano foi apoiado por dezenas de oficiais de alto escalão, atuais e antigos, do exército.

As estimativas israelenses indicam que cerca de 5 mil combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) ainda estão no norte da Faixa de Gaza.

O jornal Israel Hayom citou Netanyahu, durante a mesma sessão no Knesset, dizendo que “houve uma tentativa de permitir que as populações em Gaza distribuíssem ajuda humanitária, mas isso não teve sucesso”.

Comunicado do Ministério da Saúde em Gaza

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

A ocupação israelense cometeu 5 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 55 mártires e 166 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 42.065 e 97.886 feridos desde o 7 de outubro.