Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 353

Na abertura de seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Lula lamentavelmente afirmou que o extermínio em Gaza começou como “um ataque terrorista de extremistas contra civis israelenses inocentes”.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 353
Presidente Lula durante a Abertura do Debate Geral da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Reprodução: Ricardo Stuckert / PR.

LULA DISCURSA NA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU

O Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, discursou na terça-feira (24), durante a 79ª Sessão da Assembleia Geral da ONU (AGNU), em Nova Iorque.

Logo na abertura do discurso, Lula saudou a delegação palestina, que esteve presente na sessão de abertura da AGNU pela primeira vez na história. “Dirijo-me em particular à delegação palestina, que integra pela primeira vez esta sessão de abertura, mesmo que ainda na condição de membro observador. E quero saudar a presença do presidente Mahmmoud Abbas”, disse o presidente.

O presidente afirmou estarmos testemunhando uma das maiores crises humanitárias recentes em Gaza e na Cisjordânia, que agora ameaça se expandir perigosamente para o Líbano. Lamentavelmente, afirmou que o extermínio em Gaza começou como “um ataque terrorista de extremistas contra civis israelenses inocentes”, que evoluiu para uma punição coletiva contra todo o povo palestino. Apesar da postura crítica, essa é precisamente a narrativa sionista, à qual Lula e o governo brasileiro têm sido bajuladores desde o início desta crise.

Lula, ao mencionar os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, também destacou as guerras no Sudão e no Iêmen, que já afetam 30 milhões de pessoas, seja por mortes, fome ou deslocamentos forçados. Ele reforçou que a proposta de paz, desenvolvida pelo Brasil em parceria com a China para a guerra entre Rússia e Ucrânia, permanece em aberto.

PRIMEIRO-MINISTRO INTERINO DO LÍBANO SE REÚNE COM EMBAIXADORES DO CSNU

O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, condenou na segunda-feira (23) a guerra de extermínio conduzida por Israel contra vilas e cidades no sul do Líbano, que já resultou na morte de mais de 500 pessoas em território libanês.

“A contínua agressão israelense no Líbano representa uma guerra de extermínio em todos os aspectos, com o objetivo de destruir comunidades libanesas inteiras”, afirmou Mikati durante uma reunião de gabinete.

Ele apelou “às Nações Unidas, à Assembleia Geral e aos países com influência que intervenham para cessar a agressão israelense.”

Mikati ainda ressaltou que o Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, manifestou preocupação de que o sul do Líbano possa se tornar uma segunda Gaza. Ele acrescentou que essa possibilidade “deve servir como um alerta para que as nações decisivas pressionem Israel a encerrar sua agressão, implementem a resolução nº 2735 do Conselho de Segurança e promovam a resolução da questão palestina com base na solução de dois estados e em uma paz justa e abrangente.”

Entre a segunda e a terça-feira, Israel lançou o ataque mais letal no Líbano em quase duas décadas, deixando quase 500 mortos e mais de 1.000 feridos.

COMUNICADO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE EM GAZA

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

A ocupação israelense cometeu 3 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 12 mártires e 43 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 41.467 e 95.921 feridos desde o 7 de outubro.