Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 286

Nenhuma das resoluções anteriores da CIJ foram implementadas para parar a agressão na Faixa de Gaza ou mesmo para impedir a invasão terrestre da cidade de Rafah no sul de Gaza.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 286
Artista celebra a união dos povos iemenita e palestino nos escombros da guerra.

FPLP: DECISÃO DA CIJ É POSITIVA E PRECISA SER EFETIVADA

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) saúda a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) emitida hoje sobre as consequências jurídicas da ocupação israelense das terras palestinas. Esta decisão foi tomada a pedido da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). A corte afirmou que a ocupação israelense é ilegítima e ilegal, que é uma força ocupante e que pratica violações e políticas que chegam a discriminação e apartheid.

Esta decisão representa um desenvolvimento significativo nas posições das organizações internacionais, pois é raro uma organização internacional emitir uma decisão tão abrangente e precisa ao descrever as violações e crimes da ocupação nos territórios palestinos ocupados.

Embora a decisão do tribunal seja consultiva e não vinculativa, ela aprofunda o isolamento da entidade sionista e aumenta as crescentes pressões jurídicas sobre ela devido aos seus crimes contínuos contra o povo palestino.

A FPLP pede ao Conselho de Segurança e à AGNU que adotem as recomendações do tribunal e tomem medidas sérias para acabar com a presença ilegal da ocupação nos territórios palestinos ocupados, apesar de acreditar que a administração dos EUA representará um obstáculo real para a emissão de tais decisões.

Apesar da importância desta decisão, a questão fundamental permanece: até que ponto essas decisões podem ser impostas à ocupação, dado o não cumprimento da ocupação com as decisões do tribunal e seu desrespeito por todas as suas resoluções anteriores? Diversas resoluções condenando a ocupação por cometer crimes de guerra e violar normas internacionais se acumularam sem serem efetivadas em medidas executivas.

O povo palestino, que tem sido repetidamente abandonado ao longo dos anos de ocupação e enfrentou cumplicidade contínua por parte das instituições internacionais, especialmente durante a guerra sionista em curso por quase dez meses, está em extrema necessidade de que essas decisões sejam transformadas em resoluções executáveis. Qual é a utilidade dessas decisões se não forem impostas à ocupação? Especialmente porque nenhuma das resoluções anteriores foram implementadas para parar a agressão na Faixa de Gaza ou mesmo para impedir a invasão terrestre da cidade de Rafah no sul da Faixa. A guerra de genocídio sionista em curso e o desrespeito da ocupação por todas as decisões anteriores da CIJ enfatizam a necessidade de tomar passos sérios e tangíveis para impor a justiça e acabar com a ocupação.

A verdade inegável é que a Palestina, do rio ao mar, é a terra do povo palestino, e essa ocupação está destinada a acabar, não importa quanto tempo leve e a extensão de seus crimes. A história testemunha que ocupação e colonialismo não duram. Apesar da parceria e apoio fornecidos pela administração dos EUA à ocupação sionista, e apesar do fracasso repetido da comunidade internacional em implementar suas decisões, a vontade do povo palestino e seu direito à liberdade, dignidade e autodeterminação são mais fortes do que todas as conspirações. A luta contínua e a resistência heroica do povo palestino, apesar de todos os desafios e traições, confirmam que a ocupação está inevitavelmente condenada e que o amanhecer da liberdade está chegando, não importa o quão grandes se tornem os crimes da ocupação.

ANSARALLAH MANDA MENSAGEM A NETANYAHU

O membro do Bureau Político do Ansarallah, Mohammed Al-Bukhaiti, em entrevista para o Al-Arabi, deixou a seguinte mensagem para Netanyahu.

A continuação da agressão em Gaza e a fome do povo palestino não beneficiarão a entidade sionista. A segurança desta entidade vem da segurança palestina e da segurança de nossos irmãos em Gaza.

A mensagem desta operação é que a continuação dos massacres e do genocídio em Gaza levará ao fim da entidade.

O objetivo de nossas operações militares contra Israel é parar o genocídio em Gaza e acabar com o cerco aos seus residentes. Nossas demandas são justas e nossa postura é justa.

Se a entidade sionista, América ou Grã-Bretanha pensam que são capazes de enfrentar nossas operações militares, a realidade contradiz isso. Eles não têm outra escolha a não ser parar o genocídio.

Desde o início do nosso envolvimento, estamos prontos para o confronto e para fazer todos os sacrifícios.

Não tememos nada, exceto a ira de Allah Todo-Poderoso, não importa qual seja a resposta do inimigo sionista. Estamos prontos para qualquer resposta israelense ao Iêmen.

Nossa única consolação, ao testemunharmos esses crimes contra nossos irmãos em Gaza, é que nos tornamos um alvo para os EUA, Grã-Bretanha e Israel.

Estamos prontos, desde o primeiro momento, para qualquer ataque americano, britânico ou israelense. Como disse Sayyed Abdulmalik Al-Houthi, estamos prontos para oferecer todos os sacrifícios. Lutaremos até o Dia da Ressurreição. Temos confiança na vitória.

Frotas americanas e britânicas chegaram, e no final fugiram. Não temos medo de qualquer resposta. Qualquer resposta americana, ou resposta israelense, ou resposta britânica, não os beneficiará. A realidade é que, dia após dia, essa verdade se torna evidente. Reavaliem seus cálculos.

Sua última aposta foi no envolvimento saudita na agressão contra o Iêmen. Se cometerem essa tolice, sofrerão a maior derrota de sua história.

Há uma cooperação completa com as outras frentes, o que confirma que a determinação de Netanyahu em continuar a guerra resultará na explosão de uma guerra regional que mudará toda a região.

Há uma forte coordenação entre nós e o Hamas e a Jihad Islâmica. Todas as nossas operações desde o início foram realizadas com coordenação.