Atualização sobre a Operação Tempestade Al-Aqsa: dia 28

A Frente Popular pela Libertação da Palestina apela a um boicote oficial à visita do Secretário de Estado dos EUA e a uma indignação popular generalizada que queime as embaixadas dos países agressores e seus interesses e bases na região.

Atualização sobre a Operação Tempestade Al-Aqsa: dia 28
Manifestação em apoio aos palestinos no dia 4 de novembro em Paris. Reprodução: AURELIEN MORISSARD/AP

Mais de 9.200 pessoas foram mortas e outras 23.500 ficaram feridas em Gaza desde que a ocupação sionista lançou um bombardeio em 7 de outubro, segundo as autoridades palestinas.

Várias pessoas foram mortas e dezenas de outras ficaram feridas num ataque sionista a um comboio de ambulâncias perto do Hospital al-Shifa, na sitiada Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde Palestino.

As forças de ocupação sionistas mataram pelo menos 10 palestinos e feriram dezenas de outros na Cisjordânia ocupada em ataques e confrontos noturnos na sexta-feira.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que discutiu “pausas humanitárias” com o primeiro-ministro sionista Benjamin Netanyahu, cujas forças continuam a atacar a Faixa de Gaza.

Discurso de Hassan Nasrallah do Hezbollah: Principais conclusões

A Operação Tempestade Al-Aqsa é uma resposta contínua à ocupação opressiva e às ações do governo de Netanyahu. Continuou em múltiplas frentes, refletindo a determinação do povo palestino.

Essa operação foi inteiramente palestina, realizada com absoluto sigilo, garantindo o seu estrondoso sucesso através do elemento surpresa. O Irã apoia movimentos de resistência mas não os comanda, como fica demonstrado na Tempestade Al-Aqsa.

Os efeitos da Tempestade Al-Aqsa repercutirão no presente e no futuro da ocupação. Apesar das tentativas do inimigo de alterar os resultados, isso continua improvável.

Essa batalha marca uma fase histórica no conflito em curso com o inimigo, enfatizando que o inimigo muitas vezes estabelece objetivos inatingíveis.

Os acontecimentos em curso em Gaza expõem a natureza brutal e bárbara da entidade sionista plantada na região com base na Declaração Balfour. Esses crimes realçam a responsabilidade americana pelas ações sionistas, revelando a hipocrisia do seu discurso sobre o direito internacional.

O silêncio ocidental sobre o sofrimento em Gaza expõe suas verdadeiras intenções. A resistência contra a ocupação começou dia 8 de outubro e continua ao longo de todas as fronteiras, especialmente no Líbano. Todas as possibilidades no front libanês permanecem abertas e estamos preparados para quaisquer opções.

As intimidadoras frotas não nos detêm, pois estamos preparados para suas ameaças.

Os americanos devem se lembrar das suas derrotas em nossa região, e que aqueles que os derrotaram no Líbano no início da década de 1980 permanecem firmes.

A vitória da resistência no Líbano, na Palestina, no Iraque e na região é alcançada através da firmeza, paciência e resistência.

FPLP: “Os EUA desencadearam o pior do mal sionista e devem pagar o preço por isso”

A Frente Popular pela Libertação da Palestina emitiu uma declaração em resposta ao terrível massacre cometido pelas forças da ocupação contra os palestinos alocados na escola Osama bin Zaid, na área de Safatawi.

A declaração sublinha que a cobertura americana e europeia desencadeou os maiores males e formas de brutalidade conhecidas pelo mundo, e que o mundo como um todo não escapará das consequências desses crimes, especialmente os países agressores que soltaram as rédeas dessa brutalidade.

A FPLP sublinha que o inimigo planeja e comete massacres como uma afronta à revelia dos povos do mundo, de todas as frágeis organizações internacionais e covardes, enquanto se vangloria da cobertura americana e europeia.

A organização afirma ainda que cada um dos crimes da ocupação nas últimas horas exige livros completos para descrever a maldade, o crime, a brutalidade e a baixeza que implicam. O inimigo atacou caravanas de pessoas deslocadas que partiam do norte da Faixa de Gaza no sangrento massacre da Rua Rashid e bombardeou os feridos em ambulâncias acompanhadas pela Cruz Vermelha às portas do Hospital Al-Shifa. Também bombardeou uma escola que abrigava pessoas deslocadas e hasteou a bandeira das Nações Unidas na área de Safatawi, cometendo um dos piores massacres da história. Além disso, bombardeou as proximidades do Hospital Indonésio, cometendo mais uma das piores atrocidades brutais.

A brutalidade sionista escolheu o momento da vinda do Secretário de Estado dos EUA e da sua reunião com os estadistas árabes amanhã como uma data para intensificar seus piores crimes. Essa é uma clara mensagem para os governos árabes e para quem aposta no papel americano.

A Frente apela a um boicote oficial à visita do Secretário de Estado dos EUA e a uma indignação popular generalizada que queime as embaixadas dos países agressores e seus interesses e bases na região. Aqueles que apoiam, dirigem, armam e alimentam essa brutalidade não estão sujeitos a discussão ou negociação, mas devem ser confrontados e obrigados a pagar o preço pelos seus crimes.

Frente Popular pela Libertação da Palestina

Secretaria Central de Mídia

3 de novembro de 2023