Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 227

COMUNICADO DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO EM GAZA

O norte da Faixa de Gaza ainda sofre com sinais claros de fome, enquanto a ocupação usa da fome como arma de guerra contra a população em geral, e do norte da Faixa em particular. Isso está sendo feito pelo fechamento das passagens, endurecimento do bloqueio, corte de suprimentos alimentares, bens básicos, água, remédios, eletricidade e bombardeio e destruição de todos os meios de sobrevivência e sustento, principalmente hospitais e instalações de saúde.

Muitas organizações e organismos internacionais, entre eles o Programa Mundial de Alimentos e o Coordenador Humanitário, alertaram sobre uma fome real enfrentada pelos residentes de Gaza e do norte de Gaza. Semanas atrás, quando a guerra da fome se intensificou, os cidadãos foram forçados a moer ração animal e grãos para combater a fome e alimentar seus filhos. Chamadas internacionais e declarações americanas começaram a exigir a necessidade de entrega de ajuda e salvamento do norte de Gaza de uma fome iminente.

Como de costume, a ocupação contornou essas exigências ao mitigar temporariamente a fome e adiar sua ocorrência, tentando melhorar sua imagem através de facilidades superficiais e ilusórias ao permitir a entrada de alguns carregamentos de ajuda, a maioria dos quais carregados com farinha. Um número limitado de padarias foi aberto sob a supervisão do Programa Mundial de Alimentos.

Com base nessas facilitações ilusórias, as demandas da ONU e os alertas internacionais de fome desapareceram, como se as causas tivessem deixado de existir. Apesar disso, a ocupação tem impedido a entrada de bens essenciais como açúcar, óleos, leite, trigo, frutas, carne e ovos por um mês. Também restringe a entrada de vegetais em quantidades que os tornam proibitivamente caros para a maioria dos cidadãos comprar, além de continuar a impedir a entrada de gás e combustível desde o início da agressão.

Essa realidade indica que a ocorrência de fome no norte da Faixa tornou-se inevitável, com sinais de desnutrição aparecendo entre todos os residentes do norte da Faixa, o que é um dos indicadores de sua ocorrência devido à falta de fontes de alimentos disponíveis conforme necessário por um ser humano normal em termos de quantidade e qualidade.

Pedimos às Nações Unidas e à comunidade internacional que ajam urgentemente para parar a guerra da fome e trazer os itens necessários para os cidadãos do norte de Gaza. Afirmamos que todas as conversas sobre facilidades e aumento de caminhões de ajuda são meras ilusões e distorções da realidade. Anteriormente esclarecemos isso ao revelar os números e tipos de caminhões de ajuda que entraram no Norte de Gaza, que totalizaram apenas 419 caminhões ao longo de um mês inteiro.

FPLP: CRIMES EM JENIN SÃO RESULTADO DO APOIO AMERICANO À GUERRA GENOCIDA

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) confirmou que o massacre brutal pela ocupação em Jenin e seu campo hoje, que tirou a vida de 7 mártires e resultou em dezenas de feridos, é o resultado do claro apoio americano ao ocupante em sua guerra de genocídio contra nosso povo.

O assassinato de médicos e o alvo de equipes médicas e hospitais, escolas e infraestruturas atualmente perpetrados pela ocupação em Jenin é uma política inerente da ocupação, que agora encontra espaço para se expandir e praticar em cada centímetro da Palestina ocupada devido à cobertura americana e ao silêncio internacional.

O povo resistente em Jenin, que é submetido a massacres e ataques diários pela ocupação, tem o direito de resistir a esse ocupante e defender a si mesmos, seus direitos e sua causa. Saudou os heróis da resistência em Jenin que estão enfrentando as forças de terrorismo e genocídio do exército de ocupação.

As massas de nosso povo em todo o território ocupado a se levantarem contra o ocupante e seus crimes, e a acender a chama da ira e da resistência contra esses crimes em Gaza, Jenin, Tubas e Tulkarem, que atacam toda a existência palestina.

A FPLP pediu a todas as forças de solidariedade e membros da nação árabe a escalarem sua luta e se levantarem contra a guerra de genocídio abrangente que está sendo travada contra nosso povo.

A brutalidade sionista e as políticas de genocídio não terão sucesso em derrotar nosso povo, não pararão sua luta, nem acabarão com sua presença viva em sua terra. No entanto, o silêncio internacional, o financiamento e o apoio americano e europeu às campanhas de genocídio continuarão a ser uma marca de um ponto de virada onde as alegações de civilização e humanidade caíram, enquanto os governos mundiais continuaram a apoiar, armar e blindar os criminosos de guerra procurados pelos tribunais internacionais para que continuem cometendo seus massacres.