Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 196
A resistência e a disciplina continuam diante do confronto aberto com soldados da ocupação e colonos em toda a Cisjordânia, reafirmando que o inimigo sionista só conhece a linguagem da força e do fogo, a única que é capaz de derrotar a agressão.
RESISTÊNCIA AVANÇA NO CAMPO DE REFUGIADOS DE NUR SHAMS, EM TULKAREM
A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) saudou a brava resistência no campo de refugiados de Nur Shams na cidade ocupada de Tulkarem, que continua enfrentando o inimigo sionista com toda a bravura, significado, determinação e firmeza. Sua resistência às forças sionistas que estão invadindo o campo pelo segundo dia consecutivo continuam a infligir golpes dolorosos, indicando sua força, disciplina e prontidão para enfrentar a agressão.
A campanha sionista planejada contra a cidade de Tulkarem e seu campo de refugiados faz parte da fracassada tentativa sionista de sufocar a resistência, e de atacar sua população nas cidades e campos de refugiados palestinos, especialmente no norte da Cisjordânia, para impedir a expansão e desenvolvimento na região. Ao mesmo tempo, continuam os crimes sionistas para expulsar os habitantes da Cisjordânia através das gangues de colonos que espalham morte e terror nas aldeias e terras palestinas, acelerando as políticas de judaização e colonização.
A Frente pediu pela continuação da resistência e disciplina, diante do confronto aberto com soldados da ocupação e colonos em todas as áreas da Cisjordânia, reafirmando que o inimigo sionista só conhece a linguagem da força e do fogo, a única que é capaz de derrotar a agressão.
ESCALADA DOS CRIMES DE OCUPAÇÃO, ESPECIALMENTE EM RAFAH, VISA OBTER CONCESSÕES DA RESISTÊNCIA
A FPLP afirmou que a escalada da violência do inimigo sionista, com seus bombardeios intensivos sobre a Faixa de Gaza, e em particular na cidade de Rafah, onde cometeu novos massacres terríveis na sexta-feira (19) à noite, tem como objetivo aumentar a pressão sobre a resistência na tentativa de obter concessões após o fracasso flagrante dos sionistas em alcançar qualquer objetivo em campo de batalha e sua incapacidade de recuperar seus prisioneiros.
O inimigo, reconhecido por líderes e analistas militares sionistas, está afundando em um pântano, sem ter qualquer plano estratégico claro para escapar e resolver a situação em Gaza. Está completamente incapaz de derrotar a resistência, que continua mantendo o controle no campo e recuperando o domínio e a presença em todas as áreas, infligindo perdas significativas ao exército sionista.
A continuação dos crimes sionistas e sua escalada revelam mais uma vez a posição americana como parceira e cúmplice do sionismo, considerando que os esforços da administração americana em enviar a maior venda de armas para o Estado sionista desde o início da guerra, bem como sua participação em discussões e planos militares para uma operação terrestre iminente em Rafah, confirmam a anuência americana, até mesmo nos mais altos níveis, para que a ocupação continue sua guerra de extermínio, cometendo os crimes mais horríveis contra civis indefesos.
A FPLP condenou o vergonhoso silêncio que persevera nos regimes árabes oficiais, afirmando que não é mais aceitável que o mundo árabe permaneça calado diante da guerra genocida perpetrada contra crianças, mulheres e idosos sem tomar nenhuma ação. Apelou a todos os partidos, movimentos sociais e sindicatos árabes para pressionarem seus regimes, complementando seus esforços e pressões com a ação da resistência em campo.
A Frente encerrou seu comunicado afirmando que os novos desenvolvimentos em curso no confronto e as transformações históricas em andamento na região, juntamente com a contínua resistência das forças da resistência, estão delineando novas direções ao conflito, com importantes implicações e impactos nos rumos da batalha entre a resistência e a ocupação.
MONITOR EURO-MEDITERRÂNEO DE DIREITOS HUMANOS: O ENVOLVIMENTO DE EMPRESAS DE TECNOLOGIA NA CAUSA DA MORTE DE CIVIS DEVE SER INVESTIGADO
As empresas de tecnologias e redes sociais devem ser investigadas e consideradas responsáveis se for comprovada sua cumplicidade ou falha em exercer a devida diligência na prevenção do acesso e exploração das informações privadas de seus usuários, obrigando-as a garantir que seus serviços não sejam mal utilizados em zonas de guerra e que protejam a privacidade dos usuários.
Israel utiliza vários sistemas de tecnologia apoiados em inteligência artificial, como Gospel, Fire Factory, Lavender e Where’s Daddy, todos operando dentro de um sistema voltado para monitorar ilegalmente os palestinos e rastrear seus movimentos.
Esses sistemas funcionam para identificar e designar indivíduos suspeitos como alvos legítimos, baseados principalmente em características e padrões compartilhados, em vez de localizações específicas ou informações pessoais.
A precisão das informações fornecidas por esses sistemas raramente é verificada pelo exército de ocupação, apesar de uma grande margem de erro conhecida devido à natureza da incapacidade desses sistemas de fornecer informações atualizadas.
O sistema Lavender, amplamente utilizado pelo exército de ocupação para identificar suspeitos em Gaza antes de atingi-los, é baseado na lógica de probabilidade, uma marca registrada de algoritmos de aprendizado de máquina.
Fontes militares e de inteligência israelenses admitiram atacar alvos potenciais sem consideração pelo princípio de proporcionalidade e danos colaterais, com suspeitas de que o sistema Lavender dependa do rastreamento de contas de mídia social entre suas fontes.
Recentemente, foi revelada a colaboração de Israel com o Google, incluindo vários projetos tecnológicos, entre eles oProjeto Nimbus, que fornece ao exército de ocupação tecnologia que facilita a vigilância intensificada e a coleta de dados sobre os palestinos de forma ilegal.
O exército de ocupação também utiliza o recurso de reconhecimento facial do Google Photos para monitorar civis palestinos na Faixa de Gaza e compilar uma “lista de assassinatos”, coletando uma vasta quantidade de imagens relacionadas à operação de 7 de outubro.
A equipe de campo do Monitor Euro-Mediterrâneo coletou testemunhos de civis palestinos diretamente atacados por militares israelenses após suas atividades em sites de mídia social, sem qualquer envolvimento em ações militares.
A possível cumplicidade de empresas como Google e Meta, e outras empresas de tecnologia e mídias sociais, nas violações e crimes cometidos por Israel viola as regras do direito internacional e o compromisso declarado das empresas com os direitos humanos.
Nenhuma rede social deve fornecer esse tipo de informação privada sobre seus usuários e, na verdade, participar do genocídio em massa conduzido por Israel contra civis palestinos em Gaza, o que exige uma investigação internacional que garanta responsabilização e justiça para as vítimas.