Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 173

Bélgica decide boicotar produtos da ocupação fabricados nos assentamentos, após a adoção unânime da proposta pelo Conselho da Capital. Passo é considerado positivo, porém insuficiente, pela FPLP, já que deve-se boicotar integralmente a ocupação, não apenas os assentamentos.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 173
“Boicote produtos israelenses”. Reprodução: Wikimedia Commons.

FPLP: BÉLGICA DECIDE BANIR PRODUTOS DOS ASSENTAMENTOS DA OCUPAÇÃO

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) elogiou a decisão de Bruxelas de boicotar produtos da ocupação fabricados nos assentamentos, após a adoção unânime de uma proposta neste sentido pelo Conselho da Capital, considerando-a um passo positivo, porém insuficiente, já que todos os países devem boicotar integralmente a ocupação, não apenas os assentamentos.

A decisão é fruto da resistência do povo palestino e combatentes, e resultado da pressão popular maciça dos apoiadores da Palestina e da comunidade palestina e árabe na Bélgica, bem como do crescimento das campanhas de boicote lideradas pelos defensores da causa palestina e pelas forças progressistas europeias.

A Frente encerrou seu comunicado instando todos os países do mundo, especialmente os do Ocidente, a adotar decisões claras para boicotar integralmente a ocupação, não se limitando apenas aos assentamentos sionistas, e a adotar mais medidas voltadas para apoiar a causa palestina, pressionar pelo fim da agressão e levar os líderes da ocupação à justiça internacional, enfrentando as posições da União Europeia, tendenciosas em relação à entidade sionista.

RESISTÊNCIA CONTRA FORÇAS ISRAELENSES: OPERAÇÕES DE HOJE

Em uma série coordenada de ações, grupos de resistência continuaram seus ataques contra forças dos Estados Unidos e Israel hoje. As operações envolveram diversas organizações, cada uma executando ações específicas.

Na Cidade de Gaza, as Brigadas Al-Qassam reportaram sucesso ao abater um soldado israelense nas proximidades do Complexo Médico Al-Shifa, enquanto também bombardeavam as forças invasoras da IOF a leste de Al-Bureij.

Por sua vez, as Brigadas Al-Quds lançaram ataques mortais contra as concentrações de soldados da IOF perto do Complexo Al-Shifa, além de dispararem foguetes IRAM Badr-1 em locais estratégicos.

Já as ações das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa concentraram-se em alvejar o assentamento Beit Haefer e a barreira de ocupação de Tzannuoz com uma pesada barragem de tiros. Além disso, bombardearam concentrações de soldados das IDF e seus veículos militares com granadas de morteiro regulares (calibre 60) ao redor do Hospital Al-Shifa a oeste da Cidade de Gaza.

As Brigadas Mujahidin bombardearam com granadas de morteiro o perímetro do Complexo Médico Al-Shifa.

O Hezbollah lançou uma série de ataques com foguetes em Kiryat Shmona, além de atingir alvos estratégicos como a sede da Brigada 769 e os arredores do assentamento Shtula.

FPLP: IRLANDA LANÇA DECLARAÇÃO DE INTERVENÇÃO NO CASO DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA

A FPLP saúda a declaração da Irlanda sobre sua intenção de intervir no caso do genocídio perpetrado pela África do Sul contra a ocupação israelense na Corte Internacional de Justiça (CIJ), de acordo com a Convenção sobre o Genocídio de 1948.

Na avaliação da Frente, este passo reflete as posições históricas da Irlanda em apoio à causa palestina, e seu posicionamento oficial e popular destacado em repúdio à contínua guerra genocida sionista contra a Faixa de Gaza, e apela à necessidade de dar fim à guerra e responsabilizar a ocupação por seus crimes horríveis.

A FPLP concluiu sua declaração, enfatizando que a participação da Irlanda no processo em curso na CIJ representará uma adição significativa aos esforços para condenar a ocupação por seus crimes de guerra contínuos na Faixa de Gaza, e no caminho para fortalecer o boicote em todas as formas e em todos os espaços, cercando-o e retirando sua legitimidade como uma entidade colonialista, racista e fascista que comete os piores crimes contra o povo palestino com o aval dos Estados Unidos e a inércia das Nações Unidas.