Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 172

É importante a adoção das demandas da relatora especial da ONU para deter a guerra genocida sionista em Gaza, e encaminhar as evidências ao Tribunal Penal Internacional (TPI), buscando responsabilizar as lideranças da ocupação e aqueles que os blindaram perante esses tribunais.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 172
Arte da Frente Popular pela Libertação da Palestina em memória do Dia da Terra.

FPLP: RELATORA ESPECIAL DA ONU PARA TERRITÓRIOS PALESTINOS DESTACA CRIMES DE GENOCÍDIO NO TERRITÓRIO

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) saúda o relatório emitido pela relatora especial das Nações Unidas para os Territórios Palestinos, Francesca Albanese, apresentado ao Conselho de Direitos Humanos em Genebra, destacando que Israel cometeu atos de genocídio na Palestina, com a intenção deliberada de destruir a vida do povo palestino e submetê-lo à fome, além de perpetrar práticas de apartheid.

É importante a adoção das demandas da relatora especial da ONU para tomar todas as medidas necessárias para deter a guerra de genocídio sionista em Gaza, e encaminhar essas evidências jurídicas estabelecidas pela relatora ao Tribunal Penal Internacional (TPI), buscando responsabilizar as lideranças da ocupação e aqueles que os blindaram perante esses tribunais.

A FPLP ressalta: “Apesar do atraso deste relatório, emitido quase seis meses após os crimes de guerra sionistas contínuos contra nosso povo, e especialmente porque as evidências apontadas pela relatora especial da ONU em seu relatório são apenas uma gota no oceano dos crimes sionistas ocorridos em Gaza, ele é importante e fortalece o caso apresentado pela África do Sul no Corte Internacional de Justiça (CIJ), além de ter implicações importantes que destacam o isolamento enfrentado pela ocupação, revelando sua verdade mais criminosa ao mundo, que hoje o sistema sionista ocidental não consegue defender, encobrir ou esconder suas evidências.”

Se faz necessário se apropriar deste relatório e das evidências documentadas nele para proibir o fornecimento de armas ao regime sionista, especialmente armas proibidas internacionalmente, e tomar outras medidas internacionais para deslegitimar este regime, impondo sanções militares, econômicas e acadêmicas sobre ele.

A FPLP concluiu seu comunicado reafirmando que a justa causa palestina prevalecerá e que as vozes de milhares de vítimas em Gaza devido à guerra de genocídio sionista estão sendo ouvidas por todos. Os direitos palestinos estão começando a penetrar as sólidas barreiras construídas pelo regime sionista e pelo Ocidente para proteger o regime sionista de qualquer processo internacional; portanto, a justiça inevitavelmente seguirá seu curso, e o tempo em que esses assassinos e seus apoiadores serão levados aos tribunais da Palestina livre chegará, não importa quanto tempo leve.

RESISTÊNCIA CONTRA FORÇAS ISRAELENSES: OPERAÇÕES DE HOJE

Em uma série coordenada de ações, grupos de resistência continuaram seus ataques contra forças dos Estados Unidos e Israel hoje. As operações envolveram diversas organizações, cada uma executando ações específicas.

As Brigadas Al-Qassam, afiliadas ao Hamas, foram responsáveis por diversos ataques, incluindo o direcionamento de dois tanques Merkava das Forças de Defesa de Israel (IDF) com foguetes Tandem, resultando na destruição completa de um dos veículos no bairro de Al-Amal, a oeste de Khan Yunis. Além disso, uma patrulha militar das IDF foi alvejada com um foguete Yassin 105 na Rua Rashid, na Cidade de Gaza, e um soldado israelense foi morto em um ataque a tiros no mesmo local.

As Brigadas Saraya al-Quds também lançaram ataques, visando um veículo militar das IDF nas proximidades do Hospital Al-Shifa, a oeste da Cidade de Gaza, e posicionamentos de soldados israelenses ao redor do hospital foram alvejados com granadas de morteiro de calibre 60mm.

Enquanto isso, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa relataram emboscadas bem-sucedidas contra tropas das IDF, com confrontos intensos e baixas confirmadas entre os soldados israelenses. Além disso, um drone de reconhecimento Skylark das IDF foi abatido durante sua missão de inteligência sobre a cidade de Beit Hanoun, ao norte da Faixa de Gaza.

O Hezbollah lançou uma série de ataques direcionados contra alvos israelenses, incluindo prédios e concentrações de tropas em várias áreas. Eles atingiram prédios usados por soldados em Metula, Shomera, e Shlomi, além de dois prédios em Avivim. Também miraram um quartel e o Centro de Controle Aéreo de Meron com mísseis guiados. Forças de infantaria israelenses foram atacadas em Shebaa e na floresta de Hanita com foguetes e conchas de artilharia, enquanto os quartéis de Yarden nas Colinas de Golã sírias ocupadas foram alvejados com foguetes Katyusha. Outros alvos incluíram tropas em Hanita e Zebdine, além de uma concentração de tropas em Ruwaisat Al-Alam nas Colinas de Kfarshuba.

FPLP: GOVERNO DA JORDÂNIA ENCARCERA MANIFESTANTES SOLIDÁRIOS À CAUSA PALESTINA

A FPLP pediu as autoridades jordanianas que libertem centenas de jovens que foram presos por participarem do movimento popular de solidariedade com Gaza, enfatizando que a perseguição e detenção de manifestantes neste movimento contradizem a posição oficial da Jordânia declarada contra a agressão sionista ao território.

As autoridades jordanianas devem responderem à pressão das ruas jordanianas, que se levantaram em manifestações massivas e indignadas em solidariedade a Gaza e em condenação à contínua guerra de genocídio sionista, afirmando que as demandas do movimento popular nessas manifestações em cortar relações com a ocupação e cancelar o Acordo de Wadi Araba são justas e legítimas, unindo todo o povo jordaniano.

A Frente saúda as manifestações massivas dos jordanianos, que saíram em uníssono com uma voz ressonante nas praças da Jordânia e diante da embaixada do inimigo sionista, “que Gaza não está sozinha e que o povo jordaniano está ao seu lado e não cessará seu movimento indignado até o fim da agressão e o atendimento de suas demandas”, reafirmando que essas posições populares jordanianas representam as mensagens mais claras e fortes de solidariedade com o povo palestino e de apoio inicial à resistência palestina, além de constituírem uma carta de pressão nas mãos das autoridades jordanianas sobre o regime sionista e seus aliados ocidentais que não deve ser desperdiçada.

A FPLP concluiu seu comunicado reafirmando que é dever das autoridades jordanianas lidar com responsabilidade e seriedade com este estado de indignação popular, suspendendo todas as formas de perseguição, prisões e convocações em conexão com o apoio a Gaza, e tomando uma decisão política inequívoca de cortar completamente as relações com o regime sionista e cancelar o Acordo de Wadi Araba.