Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 103

Em uma escalada de tensões na região, o Irã e o Paquistão estão envolvidos em um impasse diplomático e militar, após a série de eventos ocorridos na fronteira entre os dois países.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 103
O Paquistão expulsa o embaixador iraniano, atualmente em Teerã, e chamou de volta o seu embaixador no Irã até novo aviso.

ÚLTIMAS ATUALIZAÇÕES DIVULGADAS PELAS BRIGADAS AL-QASSAM

Em meio aos crescentes conflitos na região, a Al-Qassam, braço armado do grupo Hamas, anunciou uma série de ataques que resultaram na destruição de equipamentos militares e baixas entre as forças sionistas. Os recentes eventos foram divulgados pela Al-Qassam em um comunicado oficial.

Segundo as informações, foram confirmados a destruição de 6 tanques Merkava e de um veículo blindado de transporte de pessoal (APC) no Campo de Al-Maghazi. Além disso, uma operação conjunta com as Brigadas Al-Quds resultou na destruição de um trator bulldozer sionista, utilizando um dispositivo explosivo antitanque.

A Al-Qassam também reivindicou a eliminação de 4 soldados sionistas em um ataque de franco-atiradores, realizado dentro de uma casa. Outro destaque foi o ataque a uma força especial composta por 7 soldados, alvejados à queima-roupa com um lançador de granadas RPG.

Os ataques não se limitaram apenas às forças militares, pois a Al-Qassam detonou um dispositivo explosivo antipessoal “Ra’diya” em outro grupo, resultando em danos adicionais.

Além disso, a Al-Qassam anunciou o bombardeio de concentrações militares nas vias de infiltração, utilizando um grande número de morteiros de calibre pesado.

Estes eventos recentes aumentam as tensões na região, intensificando o conflito em curso. As autoridades locais e internacionais estão monitorando de perto a situação, enquanto os impactos desses ataques continuam a se desdobrar.

SOBRE AS TENSÕES ENTRE O IRÃ E O PAQUISTÃO

Em uma escalada de tensões na região, o Irã e o Paquistão estão envolvidos em um impasse diplomático e militar, após a série de eventos ocorridos na fronteira entre os dois países. As trocas de acusações e ações militares têm gerado preocupações crescentes sobre a estabilidade na área.

Na última terça-feira (16), uma série de eventos desencadeou uma rápida escalada de tensões entre o Irã e o Paquistão. O conflito começou quando o Irã conduziu ataques à província paquistanesa do Baluchistão, resultando na trágica morte de duas crianças e deixando várias pessoas feridas, conforme relatado pelas autoridades paquistanesas.

O governo iraniano alegou que seus ataques tinham como alvo exclusivamente “terroristas iranianos em solo do Paquistão” e enfatizou que nenhum cidadão paquistanês foi visado durante a operação. No entanto, o impacto do ataque não passou despercebido pelo Paquistão, que prontamente classificou a ação como “uma violação flagrante do direito internacional e do espírito das relações bilaterais entre o Paquistão e o Irã”.

Segundo a agência de notícias estatal iraniana Tasnim, os alvos dos ataques eram bases do grupo Jaish al-Adl, conhecido no Irã como Jaish al-Dhulm, ou ‘Exército da Justiça’. O grupo separatista opera nos dois lados da fronteira Irã-Paquistão e já reivindicou responsabilidade por ataques anteriores contra alvos iranianos. Seu objetivo declarado é a busca pela independência das províncias iranianas do Sistão e Baluchistão.

Operações da IRGC no Irã: ‘Prevenção contra ataques terroristas’

O Ministério das Relações Exteriores do Irã emitiu uma declaração explicando as operações da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) nas províncias do Sistão e do Baluchistão. De acordo com o comunicado, a IRGC identificou a prontidão de um grupo terrorista planejando uma operação semelhante ao ataque terrorista em Rask no mês passado. Em uma operação preventiva, a IRGC atingiu a base do grupo terrorista em áreas montanhosas distantes de áreas povoadas, destacando a resposta às ameaças contra o povo iraniano.

Condenação iraniana ao ataque paquistanês: apelo à preservação dos laços bilaterais

O Irã, em meio às tensões, condenou um ataque do Paquistão a uma vila civil na área de fronteira. O comunicado do Ministério das Relações Exteriores enfatizou o compromisso com a boa vizinhança e a fraternidade entre as nações, enquanto instava o Paquistão a cumprir suas obrigações para evitar a presença de bases e grupos terroristas armados próximos à fronteira iraniana.

Resposta do Paquistão: diálogo e ataques contra grupos terroristas

O Paquistão, por sua vez, buscou acalmar as tensões, destacando a relação fraternal com o Irã. O porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores afirmou que o país realizou ataques contra grupos terroristas, como o “Exército de Libertação do Baluchistão” e a “Frente de Libertação do Baluchistão”, buscando diálogo e cooperação para resolver as questões entre os dois países.

No entanto, o Irã expressou indignação com o ataque, alegando que mísseis atingiram uma vila próxima à fronteira, resultando na trágica morte de civis não-iranianos, incluindo crianças e mulheres. O governo iraniano convocou o encarregado de negócios do Paquistão em Teerã para oficializar o protesto e buscar esclarecimentos.

À medida que a situação evolui, a comunidade internacional observa com atenção, instando ambas as nações a buscar uma solução diplomática e evitar uma escalada ainda maior das hostilidades.