Atualização sobre a Operação Tempestade Al-Aqsa: dia 64

Os povos do mundo erguem-se contra os massacres na Faixa de Gaza, organizando protestos anti-Israel e instigando sucessivos apelos ao boicote de produtos israelenses. Este é o pesadelo que assombra os economistas sionistas.

Atualização sobre a Operação Tempestade Al-Aqsa: dia 64
Combatentes Houthi marcham em apoio à Palestina durante um desfile em Sanaa, no Iêmen, em 2 de dezembro. (Reuters)

RESISTÊNCIA LIBANESA ATACA POSIÇÕES INIMIGAS

A resistência libanesa anunciou ontem o bombardeio de várias localidades militares sionistas, enquanto as autoridades libanesas relataram uma pessoa morta em ataques lançados pela ocupação sionistas em cidades do sul.

A resistência afirmou ter como alvo a localidade naval de Naqoura, conseguindo um ataque direto. Além disso, foram relatados ataques certeiros a uma concentração da infantaria inimiga nas proximidades de Ruwaisat Al-Asi.

A resistência libanesa também bombardeou com mísseis a sede sionista da 91ª Divisão nos Quartéis Baranit, efetivando um ataque direto. O mesmo ocorreu com em  Al-Baghdadi.

A resistência informou que seus combatentes visaram uma concentração de soldados da ocupação nas proximidades dos locais de Ramia e Metulla, na zona leste do sul do Líbano e anunciaram um ataque a oito localidades militares israelenses, incluindo uma em Ramia, que resultou em mortos e feridos entre o exército sionista.

A RESISTÊNCIA IEMENITA ALVEJARÁ TODOS OS NAVIOS EM DIREÇÃO À OCUPAÇÃO NO MAR VERMELHO

O porta-voz do movimento Houthi do Iêmen afirmou no sábado que todos os navios no Mar Vermelho com destino aos portos israelenses se tornarão alvos de ataques.

"Se Gaza não receber os alimentos e medicamentos de que precisa, todos os navios no Mar Vermelho com destino aos portos israelenses, independentemente de sua nacionalidade, se tornarão alvos de nossas forças armadas", disse o porta-voz em um comunicado.

De acordo com um relatório do canal Al-Jazeera, nas últimas semanas, os Houthis atacaram e apreenderam vários navios com ligações israelenses no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandab, rota marítima por onde grande parte do petróleo mundial é transportado. Além disso, lançaram mísseis balísticos e drones armados contra Israel.

Oficiais houthis afirmam que suas ações são um gesto de apoio aos palestinos. A ocupação sionista afirmou que os ataques a navios são um "ato de terrorismo iraniano" com consequências para a segurança marítima internacional.

Os Estados Unidos e o Reino Unido condenaram os ataques a navios, culpando o Irã por seu papel em apoiar os Houthis. Teerã afirma que seus aliados tomam suas decisões de forma independente.

Em 7 de outubro, vários milhares de militantes do Hamas invadiram a cerca sionista e realizando ataques à ocupação. Israel respondeu com genocídio contra a Faixa de Gaza, que é habitada por 2,2 milhões de pessoas (incluindo mais de 1 milhão de crianças). Em seis semanas, jatos de combate sionistas mataram pelo menos 17.000 palestinos, incluindo 6.000 crianças, e feriram 42.000, além de 250 palestinos mortos na Cisjordânia. Os bombardeios devastaram a população civil do pequeno enclave, atingindo principalmente residências, hospitais, escolas, universidades, mesquitas e outras infraestruturas públicas.

RESISTÊNCIA DESTRÓI TANQUES E MATA 21 SOLDADOS. ISRAEL ADMITE DURAS PERDAS EM BATALHAS INTENSAS.

A resistência palestina anunciou hoje que visou diversos tanques sionistas nas frentes de combate na Faixa de Gaza, destruindo também concentrações das forças de ocupação, que resultaram na morte de pelo menos 21 soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF).

O exército sionista reconheceu que suas forças estão travando batalhas intensas no bairro de Shujaiya, na Cidade de Gaza, e em Jabalia, ao norte da Faixa de Gaza, admitindo sofrer duras baixas. Helicópteros da ocupação foram vistos transportando soldados feridos para hospitais em Tel Aviv de forma contínua.

A resistência transmitiu cenas de um tanque Merkava sendo alvo na área de Tal al-Zaatar, no norte da Faixa de Gaza. Também anunciou que seus combatentes atingiram tanques de ocupação com projéteis Al-Yassin-105 em ao menos três áreas distintas de Khan Younis.

Os combatentes da resistência também visaram uma força especial sionista estacionada em duas casas armadilhadas, a oeste de Jabalia. Seis soldados israelenses, incluindo um oficial, foram mortos. Além deles, mais 15 soldados sionistas foram mortos em Al-Faluga e à oeste do campo de Jabalia.

Batalhas intensas

As brigadas da resistência afirmaram que seus combatentes estão travando batalhas intensas em distância zero com as forças de ocupação a oeste do campo de Jabalia.

Uma força terrestre sionista foi alvejada à leste da cidade de Khan Younis, deixando mortos e feridos. Os combatentes também acertaram um trator D-9 israelense com uma bomba "Shawaz", ao norte da cidade de Khan Younis.

As fontes relataram que os bairros orientais da Cidade de Gaza estavam testemunhando intensos confrontos com metralhadoras pesadas.

O jornal sionista "Yedioth Ahronoth" havia relatado anteriormente que 5.000 soldados israelenses ficaram feridos desde o início da guerra e explicou que o Ministério da Defesa inimigo reconheceu que 2.000 soldados ficaram incapacitados até agora. O jornal revelou que o Departamento de Reabilitação do Ministério da Defesa recebe cerca de 60 feridos diariamente, a maioria com ferimentos graves. Acrescentou que 12% dos feridos do exército sofreram rupturas internas, e pelo menos 100 feridos perderam a visão.

Por sua vez, a Corporação de Radiodifusão de Israel revelou que, segundo avaliação de autoridades sionistas, a estimativa é que a guerra em Gaza continuará por mais dois meses.

QUANTO A AMEAÇA DE BOICOTE AFETA A ECONOMIA DA OCUPAÇÃO

Os povos do mundo erguem-se contra os massacres na Faixa de Gaza, organizando protestos anti-Israel e instigando sucessivos apelos ao boicote de produtos israelenses. Contudo, questiona-se a eficácia desse boicote.

Um relatório divulgado pela revista turca "Kritter", afirmou que a ocupação sionista persiste em perpetrar massacres sem distinção entre homens, mulheres e crianças. Apesar de o poderoso lobby sionista nos campos econômico, político, cultural e artístico fazer o máximo para abafar a voz das pessoas de consciência, a reação contra Israel tem sido mais robusta do que essas pressões. Este boicote tem relevância?

Na Faixa de Gaza sitiada, considerada o maior cárcere do mundo, os palestinos enfrentam atrocidades não menos graves do que as ocorridas nos campos de concentração nazistas. Neste momento, pessoas de consciência em todo o mundo estão unindo esforços para interromper a tragédia.

A revista destaca que protestos contínuos contra o terrorismo da ocupação estão ocorrendo globalmente. As pessoas veem o boicote aos produtos sionistas como uma das armas mais eficazes contra as atrocidades perpetradas pela ocupação. Seriam esses protestos e as campanhas de boicote esforços fúteis, conforme alguns afirmam? Certamente não, pois já começamos a observar os resultados dessas iniciativas nos âmbitos econômico, diplomático e psicológico.

Crise econômica para Israel

Espera-se que a entidade sionista sofra danos econômicos significativos devido boicote. Em uma carta aberta ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e ao ministro das Finanças Bezalel Smotrich, um grupo de 300 economistas israelenses destacou a gravidade da situação, declarando: "Vocês não compreendem a magnitude da crise econômica que a economia sionista está enfrentando". Esses economistas esperam que o boicote vá além de simplesmente as pessoas se abstendo de comprar alguns bens.

O autor ressaltou que a segunda e mais crucial etapa da campanha de boicote é criar alternativas aos produtos das empresas sionistas e eliminar a hegemonia sionista em todos os setores, incluindo economia e finanças.

Quanto maior o número de produtos nacionais similares e suas áreas de aplicação, maior será o dano causado à dominância global do capital israelense. Este é o pesadelo que assombra os economistas sionistas.

Segundo um relatório elaborado pela Corporação Rand dos EUA em 2015, o boicote econômico a Israel entre 2013 e 2014 resultou em uma perda cumulativa estimada em aproximadamente US$ 15 bilhões. Isso levou a uma redução de 3,4% no PIB per capita de Israel.

O boicote atual, mais amplo do que as campanhas de boicote anteriores, provavelmente causará danos econômicos muito maiores à entidade sionista. Quando dólares não entram no orçamento israelense, ela não poderá adquirir armas e munições. Portanto, está claro que participar do boicote não é apenas um dever moral, mas também um dever humanitário.

Dada a dimensão psicológica do boicote, não é algo fácil de se fazer, pois requer uma mudança ativa de mentalidade para abandonar hábitos de consumo. Quando empresas que apoiam Israel são boicotadas, a pessoa está anunciando ao mundo que se posiciona contra Israel na questão palestina, admitindo que Israel está matando brutalmente pessoas inocentes.

Quanto aos ganhos diplomáticos do boicote e dos protestos contra o terrorismo de Estado israelense, pode-se dizer que alguns países, cortando relações diplomáticas com Israel ou reduzindo-as ao mínimo, isolaram Israel e seus apoiadores no cenário internacional, colocando-os sob ainda maior pressão.