Alinhado ao Sionismo, YouTube derruba o canal do jornal A Nova Democracia

As grandes BigTechs escolheram seu lado no genocídio palestino promovido pelo sionismo de Israel e este lado não é o lado da verdade – o banimento do canal de YouTube do jornal A Nova Democracia é uma demonstração clara disso.

Alinhado ao Sionismo, YouTube derruba o canal do jornal A Nova Democracia
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Por Redação

No dia 20 de janeiro de 2025, Donald Trump tomou posse como presidente dos EUA. Nesta ocasião, a cerimônia contou com a presença de bilionários líderes das Big Techs, como Elon Musk, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos, que ocuparam um papel central nessa nova dinâmica de poder da extrema direita.

Cinco dias antes do romance entre o Vale do Silício e da extrema direita estadunidense se tornar um casamento, o canal do YouTube do jornal crítico A Nova Democracia foi censurado pela plataforma. Como aponta A Nova Democracia, “um dia após o Youtube desmonetizar o canal do jornal A Nova Democracia, a plataforma de vídeos decidiu hoje (15/1), sem aviso prévio, encerrar todo o canal de nossa tribuna por conta da nossa corajosa cobertura jornalística revolucionária ter supostamente violado as reacionárias diretrizes de segurança da plataforma”. O banimento impede o A Nova Democracia de baixar o próprio acervo jornalístico que estava disposto no canal, condenando ao limbo mais de 15 anos de produção audiovisual crítica da política brasileira.

A plataforma da Google alega que o A Nova Democracia violou a sua política acerca de “Organizações criminosas e violentas”. Essa política se refere à proibição de publicação de conteúdo que apoie, promova ou ajude organizações criminosas ou extremistas violentas. O processo de banimento do canal conta com uma única possibilidade de contestar a decisão da plataforma. Sobre isso, o A Nova Democracia afirma que entrará com o pedido em breve.

É importante ressaltar que embora a plataforma alegue tal apologia à organizações criminosas e violentas, o jornal é assegurado pela legislação brasileira, a qual não foi respeitada pela decisão súbita do YouTube. O A Nova Democracia pode ser mais uma vítima de silenciamento de vozes em defesa da Palestina. Afinal, como afirma a Al Jazeera, as plataformas de Redes Sociais estão sistematicamente censurando conteúdo pró-Palestina enquanto são permissivas com discurso de ódio dirigido aos palestinos.

Embora a Human Rights Watch tenha denunciado a censura da Meta, visto que as políticas e práticas têm tentado silenciar vozes que falam sobre os Direitos Humanos de palestinos, este conglomerado não é o único a reprimir vozes dissidentes em prol da Palestina. O TikTok censurou arbitrariamente conteúdo sobre a Palestina, ao ponto de banir o jornal crítico estadunidense Mondoweiss. O antigo Twitter, agora X de Elon Musk, que hoje em dia compõe o governo Trump dentro do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, também atuou ativamente a impedir a circulação de informação em prol da Palestina. Na X, a conta do grupo Palestine Action foi bloqueada de ganhar novos seguidores, algo que só foi revertido após a pressão popular.

A Meta, por sua vez, se destaca, inegavelmente. Isso porque removeu arbitrariamente diversos conteúdos relacionados com a Palestina, impediu que palestinos fizessem lives a partir do Instagram e do Facebook, assim como restringiu comentários e suspendeu contas em suas plataformas. Usuários do Instagram que publicavam sobre a Palestina sofreram com “shadowbanning”, que consiste em tornar a conta do indivíduo invisível dentro da plataforma sem notificar ao usuário. Por fim, a Meta reduziu os parâmetros para que os filtros automáticos ocultem comentários hostis no caso de postagens originárias da Palestina.

Dessa forma, sabendo que o jornal brasileiro A Nova Democracia apresenta uma redação crítica, cobrindo a guerra camponesa revolucionária brasileira, na qual indígenas e quilombolas enfrentam a milícia paramilitar latifundiária, assim como a cobre a guerra de libertação nacional do povo palestino, é certo que assim como nós, do jornal O Futuro, os camaradas da A Nova Democracia são críticos à extrema direita aliada das Big Techs.

No dia 14 de janeiro, em que o YouTube desmonetizou o canal A Nova Democracia, a alegação para tal foi que a edição do programa Plantão Palestina com o título “Edite da BBC é colaborador do Mossad e da CIA/ Houthis lançam 40 mísseis” teria violado as diretrizes da plataforma. No dia seguinte, o canal foi banido. Não é possível desvincular a censura que A Nova Democracia sofreu da censura sofrida por todas as vozes dissidentes que falam pela Palestina.

Por isso, denunciamos as Big Techs por sua não apenas conivência como atuação ativa junto à extrema direita, seja a partir das suas políticas e diretrizes, ou da presença de seus representantes dentro do governo imperialista estadunidense. Toda solidariedade ao A Nova Democracia, que o YouTube devolva seu material e restabeleça o canal com sua devida monetização. As vozes dissidentes não podem ser sufocadas. O jornalismo militante não pode ser censurado.