Carteiros do Paraná rejeitam proposta da empresa e aprovam greve a partir de hoje meia noite, a contragosto da direção cutista do SINTCOM e FENTECT
Os trabalhadores, em oposição a proposta da direção cutista do sindicato aprovaram a greve a partir da meia noite de hoje por 44 votos favoráveis e 39 votos para se aguardar uma nova assembleia no dia 15 de agosto.
Por Redação
No dia de hoje aconteceu Assembleia Geral do SINTCOM, Sindicato dos Correios e telégrafos do Estado do Paraná.
A pauta foi a proposta de acordo coletivo de trabalho. A empresa propôs reajuste salarial de 6% (abaixo da inflação) e reajuste de benefícios de 4% a partir de agosto de 2025 sem retroatividade, além do ESTUDO da concessão de um vale adicional de R$ 50,00 de agosto a dezembro de 2024. Propuseram também reajuste de 20% na categoria de carteiros motorizados, que deve ser remanejada e reduzida no próximo ano devido à compra de bicicletas elétricas, de forma a reduzir no número de trabalhadores aptos a receberem o adicional. A proposta foi tão rebaixada, que um trabalhador pegou a proposta e a rasgou em frente da assembleia, sendo ovacionado por todo o proletariado ali presente. Chefes também compareceram a assembleia para desarticulada e intimidar os trabalhadores que se propunham a greve, com a conivência da direção do sindicato.
Os trabalhadores, em oposição a proposta da direção cutista do sindicato aprovaram a greve a partir da meia noite de hoje por 44 votos favoráveis e 39 votos para se aguardar uma nova assembleia no dia 15 de agosto.
O governo petista tem pressionado a Federação Nacional dos Correios e Telégrafos (FENTECT) e seus sindicatos para encaminhar a negociação para a via parlamentar e judicial, de forma a evitar a mobilização dos trabalhadores para não desgastar o governo Lula-Alckmin, às custas da perda de direitos e salários dos carteiros.
A direção do SINTCOM propôs à categoria deflagrar um estado de greve para encaminhar a votação de greve para uma próxima assembleia no dia 15 e enquanto isso estudar a proposta da empresa para dar um parecer, de forma a ganhar tempo para tentar uma "concessão negociada" pelo governo.
Nesse momento de ataque neoliberal do governo Lula-Alckmin é importante construir a solidariedade com a luta dos carteiros, que enfrentam a precarização e a terceirização crescente das funções e agências de Correios para o setor privado.
A decisão dos carteiros de contrariar a direção do SINTCOM e da FENTECT representa descontentamento com a política de colaboração de classes e com o pacote de ajuste fiscal do governo, que se recusa a conceder novos aumentos ao funcionalismo público.
No Paraná já deflagraram greve as bases dos correios de Curitiba, Guarapuava, Maringá, Londrina, Umuarama e Ponta Grossa. A categoria tem o desafio de expandir a greve nacionalmente e pressionar o governo e a empresa por meio da mobilização a ter ganhos reais que não acontecem desde o final do governo Dilma.
O PCBR convoca todos os carteiros a construírem a paralisação em seus locais de trabalho para derrotar o projeto neoliberal forçado por meio da empresa sobre os trabalhadores.