'Somos um novo Partido' (Thali e Bérnie)
Camaradas, sempre nos orgulhamos de diversos nomes do PCB, mas aqui questionamos: quantos deles permaneceram no Partido? Quantos não foram expulsos ou se desligaram pelos mesmos motivos que nós? Não está na hora de superarmos o, como é dito, velho PCB e construirmos algo novo?
Por Thali e Bérnie para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.
Pronto, nossos ex-camaradas tanto pediram por isso, então dizemos. Diremos também da falência do PCB. Não é de hoje. Nós precisamos nos assumir como um novo partido, largando para trás as velhas práticas e linhas teóricas que nos pesam e impedem a revolução.
Somos o PCB?
Não camaradas, não somos e nem devemos lutar para ser. Compreender nossa atual situação passa por jogar fora um saudosismo com o passado. Ferreira Gullar estava certo, falar da história do Brasil e de seus heróis sem falar do PCB e de seus militantes seria apagar a história de luta do século passado de nosso país, seria mentir. Entretanto, Ferreira Gullar apontou também sobre como o Partido não fez a revolução ou sequer se tornou o maior partido do Ocidente. Não é hora de vislumbrarmos uma real reconstrução revolucionária? Não é hora de nos pensarmos em separado de uma linha política que tem fracassado e fracassará?
Está na hora de nos compreendermos enquanto uma organização. Está na hora de pensarmos o Partido da classe trabalhadora e que não só fale revolução, mas, sobretudo, à faça. Camaradas, sempre nos orgulhamos de diversos nomes do PCB, mas aqui questionamos: quantos deles permaneceram no Partido? Quantos não foram expulsos ou se desligaram pelos mesmos motivos que nós? Não está na hora de superarmos o, como é dito, velho PCB e construirmos algo novo?
Vejam, aqui não estamos dizendo para abandonar a história do movimento comunista brasileiro, podemos reivindicá-la, sempre apontando onde houveram erros, mas nos entendendo enquanto uma nova organização, uma que nasce das cinzas, camaradas, está na hora de deixar o velho morrer e construir algo novo, algo melhor, não perfeito (porque isso seria impossível), mas algo onde vemos a melhora contínua.
Novo nome
Lançada a ideia, o debate está posto. Caso esse argumento os convença faz-se, por óbvio, necessário pensar um novo nome para nosso Partido, visto que, uma nova simbologia já está sendo pensada, como apontado na tribuna-pontapé “Rever e discutir o artigo 2”
Tendo isso em vista, não podemos discutir muito mais pelas vias políticas, colocamos aqui apenas uma opinião: Chamemos Partido Comunista dos Trabalhadores do Brasil (PCTB). Esse nome remonta a ideia de “PC” finaliza apontando a questão nacional, ainda por cima trás um movimento parecido com nossos camaradas dissidentes na Espanha (O PCTE).
Saudações camaradas!