Unir todes es estudantes e trabalhadores da Educação para lutar contra a militarização das Escolas em São Paulo

Temos um dever histórico de incendiar a luta des trabalhadores e estudantes em todos os cantos do Estado de São Paulo, direcionando todos os nossos esforços coletivos para erguer uma muralha contra os tubarões da Educação e seus aliados fascistas.

Unir todes es estudantes e trabalhadores da Educação para lutar contra a militarização das Escolas em São Paulo

Nota política da Fração Secundarista e da Fração de Trabalhadores da Educação do Comitê Regional do PCBR em SP

O tempo é curto. No dia de hoje, 26 de junho, foi apresentada a lista de escolas elegíveis para o Programa Escola Cívico-Militar, com mais de 1.700 escolas por todo o Estado. A Diretoria de cada escola poderá, até essa sexta, 28/06, decidir pela adesão ao Programa.

A militarização das escolas públicas é um ataque à educação, aumentando a presença das polícias e a repressão aos estudantes e trabalhadores, precarizando a qualidade da educação e reforçando o projeto de sucateamento da educação pública e desvio do orçamento para grandes monopólios dos serviços terceirizados. Não à toa, o projeto de Tarcísio foi votado na ALESP sob violenta repressão aos estudantes e trabalhadores que protestaram contra essa ofensiva da burguesia. Esse ato brutal é mais um ataque dentro da batalha que enfrentaremos contra o projeto do Secretário de Educação, Renato Feder, que prevê a terceirização dos serviços administrativos das escolas estaduais, oferecendo mais uma fatia da Educação pública aos tubarões da Educação.

Por isso, em cada Escola, é dever des estudantes e trabalhadores lutar contra a adesão ao Programa pressionando cada Diretoria a rejeitar a adesão proposta pelo Governo do Estado. Devem ser realizadas passagens em sala, panfletagens, assembleias relâmpago, paralisação das aulas e outras táticas devem ser todas exploradas por aqueles que compreendem a gravidade deste ataque.

Os comunistas devem ser os mais comprometidos lutadores contra essa medida, tomando à frente de iniciativas não apenas nas escolas em que estudam ou trabalham, mas também agitando contra o Programa em outras escolas próximas. A adesão de cada escola ao Programa de militarização é a sinalização de que ações mais ousadas serão necessárias e para isso devemos estar preparados.

Entendemos, porém, que as ações precisam ser rápidas e articuladas com unidade. Por isso fazemos um apelo às organizações políticas que constroem o movimento secundarista e o movimento sindical dos trabalhadores da Educação para que ações nesse sentido se repliquem em suas bases.

Mas entendemos ser fundamental que as entidades tomem a iniciativa desta luta, com destaque especial a União Paulista dos Estudantes Secundaristas, a UPES, e a APEOESP, Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo. Estes, junto às entidades municipais e regionais, tem um dever histórico de incendiar a luta des trabalhadores e estudantes em todos os cantos do Estado de São Paulo, direcionando todos os nossos esforços coletivos para erguer uma muralha contra os tubarões da Educação e seus aliados mais disciplinados, os fascistas. Tarcísio de Freitas e Renato Feder devem se arrepender desse ataque covarde aos estudantes, professores e funcionários das escolas.

Nenhuma escola será militarizada!
Nenhuma escola será concedida à iniciativa privada!
Nossas Escolas não serão quartel!