'Uma reflexão acerca da prioridade da formação de células por locais de trabalho' (Cassius Rios)

O medo da demissão paralisa os trabalhos, abala a confiança em si e no próprio partido, que é muito grave, pois é um erro de organização do partido, erros de estratégia e tática

'Uma reflexão acerca da prioridade da formação de células por locais de trabalho' (Cassius Rios)
"A maioria dês militantes têm família para sustentar, tem um aluguel para pagar, assim como água, luz, gás, etc. E esse medo paralisa os trabalhos, abala a confiança em si e no próprio partido, que é muito grave, pois é um erro de organização do partido, erros de estratégia e tática."

Por Cassius Rios para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.

Camaradas, primeiramente quero saudar todes ês camaradas pelas contribuições que até agora foram publicas pela as tribunas de debates. Segudamente, venho aqui fazer uma autocritica de não ter publicado uma tribuna de debates, já que sou um dos dirigentes da Coordenação Regional da UJC Amazonas e, ao meu ver, tenho como obrigação falar e escrever aquilo eu que penso sobre o partido e organização política em geral, porém essa demora veio decorrente de um ano muito atribulado para o partido e para a UJC aqui no Amazonas. E também por uma falta de confiança, já que não detenho um grande acumulo teórico.

A reflexão que faço nesta tribuna advém depois da leitura das Resoluções de Organização, mais exatamente na parte em que se fala sobre que o Partido irá dar prioridade a constituição de células em locais de trabalho. Porém, devemos pensar principalmente nas prováveis implicações que virá disso.

Devemos sempre pensar que vivemos no capitalismo, isso é óbvio para todes ês camaradas. E que dependemos de salário para sobreviver no Brasil, então fazer um trabalho de militância no local de trabalho ameaça a nossa sobrevivência, ser demitido e/ou perseguido politicamente.

Além de nos apoiar coletivamente, tanto na organização quanto com os colegas de trabalho, por meio do trabalho de convencimento político, apoiam as causas da sua classe e podem evitar esse tipo de coisa com ê camarada. Porém, devemos pensar em meios de assegurar a sobrevivência dê militante se por ventura seja demitide do trabalho.

E isso, ao meu ver, viria por meio de uma política de finanças nacional forte! Isso deverá ser fundamental no funcionamento do trabalho político do partido, que tem que ser um trabalho constante. Assegurando, assim, a unidade de ação, a disciplina, comprometimento com a revolução e a camaradagem.

O que nos impedem num avanço qualitativo maior é o medo de fazer as coisas, muito mais do que errar (que é sempre posto). Esse medo advém nas possíveis consequências ruins que podem ocorrer com ê camarada, como já dito aqui: demissão e/ou perseguição política. A maioria dês militantes têm família para sustentar, tem um aluguel para pagar, assim como água, luz, gás, etc. E esse medo paralisa os trabalhos, abala a confiança em si e no próprio partido, que é muito grave, pois é um erro de organização do partido, erros de estratégia e tática.

Vejam camaradas, não é para trabalhar para o partido, em um aspecto de receber para militar, mas uma garantia a que se algo der errado na militância o partido estará lá para apoiar financeiramente. Isso irá, ao meu ver, aumentar a confiança e a unidade de ação. E com isso poderemos a começar pensar na lógica de não ter medo de errar, pois iremos aprender com os erros e, se erramos, erramos tentando ajudar o povo.

Camaradas, espero que esta tribuna sirva para aumentar os debates acerca dos problemas que explicitei, por isso este texto não ser tão extenso, mas acredito que pude contribuir a esse debate. Além de que sirva de exemplo para ês minhes camaradas do estado do Amazonas a contribuir para as tribunas!

Saudações Comunistas!