'Sobre crítica e autocrítica no Partido de Lenin' (Harpia Dourada)

Não é autocrítica a perspectiva individualista, subjetivista, firmada na moral cristã e neoliberal brasileira.

'Sobre crítica e autocrítica no Partido de Lenin' (Harpia Dourada)

Por Harpia Dourada para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.

Originalmente disponibilizado como Tribuna 144/2022 para o ultimo congresso da UJC, entendo que após o racha tivemos uma serie de retrocessos teóricos e de práxis, um deles foi o retorno da consigna “Autocrítica” como chavão, sendo espada e escudo em uma luta suja e sem princípios. De forma que esta tribuna volta a ser relevante, e portanto, disponibilizo também no EdC, ressalto também que foi meu primeiro movimento de superação dos métodos organizativos da ala Conservadora que hoje se apoderou do PCB, de forma que ao reler vejo alguma ingenuidade em vários dos pontos que tratam sobre a causa do problema: Não entendia ainda que o assédio moral, a falta de interesse pelo trabalho prático e por um partido mais justo e competente perante a classe que tudo produz não era um bug, e sim uma feature.

Camaradas, no espírito de não ser sectário, cito Leonardo Boff ao dizer que a cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Ingressei no PCB no interior de Goiás, onde atuei como militante leninista desorganizado por dois anos, e tive como primeira tarefa a construção da UJC. Fui apoiado e forjado como revolucionário pelas e pelos camaradas de Goiás, aos quais guardo o mais irrestrito amor e admiração, tanto pessoal como político.

Após três anos de militância no partido e na juventude, voltei ao DF e fiz o giro para construir a UJC, onde encontrei um complexo partidário diferente do que me forjou como revolucionário, com retrocessos e avanços diferentes dos quais eu estava habituado, que me apresentou atrasos que julgava superados, bem como avanços que eu não poderia vislumbrar no meu espaço de atuação anterior, e também camaradas de valor extraordinário, pelos quais tenho o mais profundo respeito e admiração. Participei de enfrentamentos sérios e com erros crassos no DF, e essa tribuna surge como a minha síntese do principal problema que nos abate coletivamente. Apesar do receio que sinto ao incomodar camaradas a partir do enfrentamento que essa tribuna gerará, entendo que é minha obrigação enquanto camarada pautar o que considero ser o principal problema que se apresenta aqui: a incompreensão e incapacidade de construir autocrítica e avançar a práxis! Escrevo essa tribuna também por entender que esse mesmo problema pode existir em outros Estados, e ser sentido por camaradas, que assim como eu, não conseguiam compreender as barreiras que encontravam.

“A autocrítica está relacionada com a capacidade interna que uma pessoa tem de realizar uma crítica de si mesma e para si mesma. Ela tem origem na análise de seus próprios atos, da maneira de agir, dos erros cometidos e também da possibilidade de realizar uma autocorreção.” (O QUE É AUTOCRÍTICA E COMO USÁ-LA A SEU FAVOR? Postado em 1 de dezembro de 2021 por José Roberto Marques, no Site Instituto Brasileiro de Coaching.)

Sustentei como fonte da definição degenerada de autocrítica um site chamado “Instituto Brasileiro de Coaching” por dois motivos: o primeiro é que não achei em nenhum outro lugar uma definição fechada que demonstrasse e sustentasse a forma como essa definição é usada no Distrito Federal; e o segundo por achar apropriado que este tipo de concepção seja bandeira exatamente do movimento que sucinta em sua essência o avanço do neoliberalismo no Brasil, de forma a tornar inescapável (ao mínimo) a reflexão sobre a forma como usamos o conceito no presente momento.

Surpreendentemente, durante a etapa distrital do Congresso Nacional da UJC, após o núcleo de Taguatinga apresentar uma proposta de definição concisa sobre a autocritica, ficou claro que a noção existente no Distrito Federal sobre o tema é a apresentada no trecho acima. Um conceito de autocritica individualizado, moralista e subjetivista, além de outros adjetivos que demonstram a degeneração e vulgarização desse conceito, bem como a incompreensão plena da aplicação e construção do centralismo democrático. Se faz necessário também narrar a ausência de base teórica que negou a proposta do núcleo de Taguatinga quanto a nova redação do nosso estatuto, em defesas que sustentavam a negação da proposta sem uma afirmação clara, ou abertamente lastreada, em qualquer concepção ou avanço teórico produzidos pelo materialismo histórico dialético ao longo da luta pela superação do capitalismo, sendo este tema o motivo dessa tribuna de debates.

O que NÃO É autocrítica:

Não é autocrítica a perspectiva individualista, subjetivista, firmada na moral cristã e neoliberal brasileira. Tal posição é filisteia (em homenagem ao melhor dos calvos) por esvaziar politicamente qualquer debate! É antimarxista por produzir distorções ao ponto de impossibilitar o embate político e a disputa aberta e fraterna da linha política! É oportunista ao sustentar a manutenção de qualquer compreensão coletiva que esteja positivada no conjunto da militância, impedindo a reavaliação e superação dialética dos problemas inerentes a cada conjuntura, pois sustenta a defesa de um processo de auto avaliação pessoal e individual, perdão e remissão do “pecado” gerado por determinada prática “desgastante” ao conjunto da militância ou de sua atuação.

Pautamos em nosso estatuto a previsão de “autocrítica sincera” quanto a formação de tendências, ou demais processos disciplinares, e ao fazermos isto, usamos o termo “autocrítica” com o sentido de pedido de desculpas, de arrependimento, e portanto, com o sentido burguês do termo.

Autocrítica nesse uso se torna a prática de se arrepender de uma ação ou omissão, e pedir desculpas sobre essa ação ou omissão, gerando dois problemas profundos e muito sérios à nossa práxis:

O primeiro é o de construir relações internas que não são políticas, e muito menos fraternas! A partir deste conceito de autocrítica, qualquer prática que gere mal-estar dentro da organização (leia-se, embate político aberto e honesto) é profundamente rechaçada, pois o processo verdadeiro de autocrítica resulta em mal-estar entre militantes que não foram formados para o debate e disputa da linha política, e sim formados para o acordo artificial, formados para evitar a polêmica, para seguir a linha presente e elocubrar formas de justificar as contradições existentes! Camaradas formados para não serem camaradas, para não enfrentar aqueles com quem dividem a atuação quando estes estão errados, e para aceitar tudo o que vem de seus dirigentes, pelo simples fato de serem dirigentes, e transformando o papel dos dirigentes em medalhas ou títulos, mistificando suas tarefas como mérito individual, e portanto, suas palavras como inquestionáveis e finais.

O segundo é o de construir uma vida política morta dentro da juventude! Ao aceitarmos a autocrítica como a definida pela burguesia, jogamos no lixo a nossa capacidade de compreensão e intervenção na realidade, não fazemos balanços, não enfrentamos nossos camaradas pois estes percebem a disputa da linha como uma AFRONTA pessoal e individual, e não como um processo de avanço coletivo e materialista, tratamos o desacordo político enquanto negação de indivíduos, e assim sepultamos de vez a democracia interna dos espaços onde nos organizamos! O desvirtuamento e rebaixamento da autocritica nos leva a tratar os nossos camaradas que efetivamente constroem autocrítica como indivíduos problemáticos, “brigões” e que perturbam a “paz e estabilidade” da juventude e do partido (a exemplo de um camarada referência na atuação dos entregadores antifascistas, e que mesmo assim sofre frequentes assédios morais) via de regra nos utilizando de racismo, sexismo e preconceito de classe no processo de negação das questões e avaliações trazidas por camaradas, que incomodam INDIVIDUALMENTE por serem defendidas de maneira apaixonada, por pautarem questões que não são cômodas, ou simplesmente por serem frontais a linha ou avaliação já estabelecida, o que resulta diretamente no IMPEDIMENTO do crescimento dos núcleos de bairro, bem como no impedimento do giro operário, e inclusive na nossa incapacidade de construir uma linha justa nos espaços onde já estamos estabelecido, fazendo com que a nossa atuação material e prática em muito se confunda com a atuação de organizações como a UJS, por repetir a lógica descrita a nível de dirigentes internos Da UJC nos espaços que disputamos, como por exemplo DCE’s, CA’s e correlatos.

Me sinto também na obrigação de suplicar aos camaradas que lerem esta tribuna a não compreenderem os assédios morais que cito enquanto acusações individuais, e sim como o que são: um dos resultados da incapacidade de autocrítica presente na nossa atuação! Portanto não pauto aqui nenhuma forma de punição ou debate sobre a postura de qualquer camarada individualmente, e sim os efeitos da nossa incapacidade de produzir autocrítica! Pauto muito menos qualquer forma de revanchismo ou proteção individual de qualquer camarada, e sim o debate e a síntese que nos levarão a rever ab nossa organização e relação enquanto camaradas!

A partir deste momento sustentarei também a afirmação de o que deve ser a autocrítica. E para esse fim me apoiarei nos ombros de 4 gigantes: Lênin, Stalin, Mao e Prestes. Assinalo também as diferenças no estilo de escrita, contextos nos quais os textos e trechos foram produzidos, avanços e retrocessos presentes em cada conjuntura. Que resultados levaram aos textos ou que deles resultaram não é a minha preocupação, me preocupo aqui em demonstrar a forma como “Autocrítica” é usada pelos camaradas que citei, ao mesmo tempo em que comento o que me pareça relevante.

O que é autocrítica?

“Um materialista consequente nunca tem medo. Nós esperamos que todos os que lutam ao nosso lado assumam corajosamente as suas responsabilidades, vençam as dificuldades, não temam os reveses e as zombarias, nem temam fazer-nos, a nós, os comunistas, críticas ou sugestões. [Aquele que não teme morrer ferido por milhares de golpes, ousa apear o imperador] - tal é o indomável espírito que necessitamos na luta para construir o socialismo e o comunismo.”

“Nós somos pela luta ideológica activa porque ela é uma arma para se atingir a unidade interna do Partido e demais organizações revolucionárias em benefício do nosso combate. Cada membro do Partido Comunista, cada revolucionário, deve empunhar essa arma.

O liberalismo, porém, rejeita a luta ideológica e preconiza uma paz sem princípios, dando assim lugar a um estilo decadente e filisteu e provocando a degenerescência política de certas entidades e certos indivíduos, no Partido e em outras organizações revolucionárias.” (Citações do presidente Mao Zedong, XXVII. A Crítica e a Autocrítica, Marixsts.org)

Autocrítica segundo O Calvo Russo: “Ainda uma palavra a respeito dos adversários da social-democracia. Eles seguem com caretas de alegria maligna as nossas discussões; evidentemente procurarão utilizar para os seus fins algumas passagens isoladas desta brochura dedicada aos defeitos e lacunas do nosso partido. Os sociaisdemocratas russos estão já suficientemente temperados nas batalhas para não se deixarem perturbar por essas alfinetadas, e para prosseguir, apesar delas, o seu trabalho de autocrítica, continuando a revelar implacavelmente as suas próprias lacunas, que serão corrigidas, necessária e seguramente, pelo crescimento do movimento operário. E que os senhores adversários tentem apresentar-nos da situação verdadeira dos seus próprios «partidos» um quadro que se pareça, mesmo de longe, com o que apresentam as actas do nosso segundo congresso!” (Um passo atrás, dois passos à frente, prefácio, Vladimir Lênin, 1904.)

Dada a conjuntura de consolidação dos bolcheviques e mencheviques em disputa pelo POSDR, separo o parágrafo em dois trechos: o primeiro sobre a postura “dos adversários da socialdemocracia” me parece muito útil e preciso nos contextos do MUP e dos núcleos universitários da UJC, assim como demais espaços onde precisamos compor com outras forças e quando, em alguma medida, atas, documentos e disputas políticas externas a UJC conduzidas por nós, estaremos expostos a postura parecida por parte de outras organizações. E em segundo lugar, a experiência da práxis! Que nos capacita a enfrentar tal baixeza, especialmente (e dentro dos limites do centralismo democrático, ao não expor as nossas questões internas, a não ser que sejam CENTRAIS a determinado espaço de atuação) tenhamos capacidade de construir a nossa autocrítica, em primeiro lugar internamente, nos respectivos núcleos, para posteriormente, e a partir da mediação tática, impor a construção de autocrítica junto as nossas bases, para limpar o ar, apresentar as contradições presentes, e construir a superação delas! Tendo como resultado necessário o salto qualitativo na nossa atuação e o respeito e admiração das nossas bases.

“Os «esquerdas» alemães, como é sabido, consideravam já em Janeiro de 1919 que o parlamentarismo estava «politicamente caduco», a despeito da opinião de dirigentes políticos tão destacados como Rosa Luxemburg e Karl Liebknecht. É sabido que os «esquerdas» se enganaram. Este facto destrói desde logo e radicalmente a tese de que o parlamentarismo está «politicamente caduco». Os «esquerdas» têm a obrigação de demonstrar porque é que o seu erro indiscutível de então deixou agora de ser um erro. Eles não apresentam, nem podem apresentar, a menor sombra de prova. A atitude de um partido político perante os seus erros é um dos critérios mais importantes e mais seguros da seriedade do partido e do cumprimento de facto por ele das suas obrigações para com a sua classe e para com as massas trabalhadoras. Reconhecer abertamente o erro, pôr a descoberto as suas causas, analisar a situação que o engendrou e discutir atentamente os meios de corrigir o erro - isto é o indício de um partido sério, isto é o cumprimento por ele das suas obrigações, isto é educar e instruir a classe, e depois também as massas. Não cumprindo esta sua obrigação, não estudando com a maior atenção, cuidado e prudência o seu erro manifesto, os «esquerdas» da Alemanha (e da Holanda) mostram com isto precisamente que não são o partido da classe, mas um círculo, que não são o partido das massas, mas um grupo de intelectuais e de um reduzido número de operários que imitam os piores traços da intelectualidade.” (Esquerdismo, doença infantil do comunismo. Vladinho Ulianov Lenin, 1920.)

Aqui o camarada Lênin explicita de maneira clara e objetiva a necessidade da autocrítica, associando diretamente a construção da linha política de qualquer conjuntura, (em outras palavras, um dos princípios universais do marxismo leninismo) e seu objetivo enquanto retidão de atuação e capacidade certeira de compreensão e intervenção na realidade, QUE HOMEM!

Autocrítica segundo O Bigode Grosso: “Lenin estava mil vezes certo quando ele disse no 11º Congresso do Partido em Março de 1922:

“O Proletariado não tem medo de admitir que isto ou aquela coisa sucedeu esplendidamente em sua revolução, e isto ou aquela coisa não sucedeu. Todos os Partidos revolucionários que até agora pereceram, fizeram-no porque se tornaram presunçosos, falharam em ver onde estava a sua força e temiam falar de suas fraquezas. Mas nós não devemos perecer, porque não tememos falar de nossas fraquezas e devemos aprender a superá-las” (Vol. XXVII, pp. 260-61).

“Disso, há apenas uma conclusão: que sem autocrítica não pode ter instrução adequada do Partido, da classe e das massas; e que sem a instrução adequada do

Partido, da classe e das massas, não pode haver bolchevismo.”

Se não queremos ser pegos de surpresa por todas as formas de “surpresas” e “acidentes”, para a alegria dos inimigos da classe operária, devemos revelar o mais rápido possível estas debilidades e erros nossos que ainda não foram revelados, mas que indubitavelmente existem.

Se tardarmos a isso, devemos estar facilitando o trabalho de nossos inimigos e agravando as nossas debilidades e erros. Mas tudo isso será impossível se a autocrítica não for desenvolvida e estimulada, se as vastas massas da classe operária e do campesinato não forem trazidas para o trabalho de trazer à luz e eliminar nossas fraquezas e erros.”

“Mas a fim de “contar com a cooperação” das amplas massas, devemos desenvolver a democracia proletária em todas as organizações de massas da classe operária, e em primeiro lugar dentro do próprio Partido. Se falharmos nisso, a autocrítica não será nada, será uma coisa vazia, uma mera palavra.

Não é apenas qualquer tipo de autocrítica que precisamos. Precisamos daquelas autocríticas que elevarão o nível cultural da classe operária, fortalecer seu espírito combatente, fortificar sua fé na vitória, aumentar sua força e ajudá-la a se tornar a verdadeira mestra do país.”

“Outros dizem que uma vez que há autocrítica, não precisamos de liderança, podemos abandonar o leme e deixar as coisas “correrem pelo seu ritmo natural”. Isso não seria autocrítica, mas uma desgraça. A autocrítica é necessária não para afrouxar a liderança, mas para fortalecê-la, a fim de convertê-la em liderança no papel e de pequena autoridade em liderança vigorosa e de autoridade.”

“Por último, deve se observar, que existe uma certa tendência em algumas de nossas organizações em transformar autocrítica em uma caça às bruxas contra nossos quadros administrativos, em uma tentativa de colocá-los em descrédito aos olhos da classe operária. É um fato que certas organizações locais na Ucrânia e na Rússia Central começaram uma caça às bruxas regular contra alguns de nossos melhores quadros administrativos, cujo único defeito é que não estão 100% imunes dos erros. De que outra forma podemos entender as decisões das organizações locais de remover estes quadros de seus cargos, decisões que não possuem nenhuma força obrigatória e que obviamente são para colocá-los em descrédito? De que outra forma podemos compreender o fato de que estes quadros são criticados, mas não dão a eles oportunidade de responder às críticas? Quando começamos a organizar um ”tribunal de Shemyaka” como autocrítica?”

“Critiquem as debilidades de nossa edificação, mas não coloquem em descrédito a consigna da autocrítica e não a transformem em um meio de preparar sensacionalismos baratos.

Critiquem as deficiências de nossa edificação, mas não pervertam a consigna da autocrítica e não a transformem em uma arma para caça às bruxas contra nossos quadros administrativos e outros funcionários.

E o principal: não substituam a crítica de massas desde baixo pelo falatório “crítico” pelo alto; deixem as massas da classe operária se acostumem a exercer a crítica e manifestem sua iniciativa criadora em corrigir nossas debilidades e aprimorar nosso trabalho de edificação.” (Contra a vulgarização da consigna da autocrítica. Zé Vissarionovitch Stalin, 1928)

Há de se manifestar o quão mais simples é a construção do raciocínio feita por Stalin, fenômeno que se deve centralmente ao objetivo do texto, que é a ampla circulação, ao invés da circulação interna frequentemente imposta à Lênin. Em segundo lugar, temos um outro horizonte no qual a capacidade de autocrítica se faz necessária: no momento de construir o Estado Socialista! É tarefa do Partido e da Juventude construir a capacidade de autocrítica plena tanto internamente, em função da construção da linha política justa e da democracia interna, mas também para que nós possamos disputar as nossas bases para se organizarem com uma CULTURA POLÍTICA leninista, consequente, baseada na materialidade dos fatos e vigorosa! A pedagogia de classe é a nossa tarefa perene! Independente da conjuntura na qual nos encontramos, dos nossos avanços ou retrocessos! Pra isso é necessário que nós tenhamos clareza indestrutível do significado do termo “Autocrítica”, é necessário por conseguinte que não usemos essa palavra de maneira leviana, como uma substituta esquerdista do termo “me desculpe”! Autocrítica não é pedido de desculpas! Não se faz autocrítica por chegar atrasado, por cometer um deslize, ou para sinalizar arrependimento, autocrítica é o resultado do estudo da realidade e do balanço feito sobre a atuação coletiva E individual,

COLETIVAMENTE!

É preciso também sinalizar novamente que autocritica não é individualizada, e não pauta CULPA, não podemos permitir que se oportunize da ferramenta autocritica para pautarmos a substituição ou remoção de determinado ou determinada dirigente, este papel é da moção de desconfiança! Não sendo o processo de autocritica relacionado a ele. A tarefa de direção não é em nenhuma medida fácil, as e os camaradas que cumprem essa tarefa tem responsabilidades sérias, e foram escolhidos pelos seus pares para desempenharem elas por se destacarem, não quer dizer que estão acima do militante de base em nenhuma medida, pois também o são, e por isso são iguais nos momentos de autocrítica, podendo ser apontados seus erros, mas especialmente, sendo necessária a possibilidade de intervenção e defesa destes camaradas durante os apontamentos, e nunca “agindo como Foucault pra fora e Xandão pra dentro”. (no sentido de nos atentarmos que é da nossa sociabilidade o punitivismo, pois a nossa sociabilidade é liberal, de tal forma que devemos considerar em especial a superação deste sentimento punitivista quando pensamos a nossa realidade, erros e acertos, tendo sempre claro o nosso papel pedagógico enquanto horizonte máximo, e de Escola de Quadros enquanto imediato.) Porém, no espírito de compreender os nossos desafios, o efeito de uma vida política morta, da absoluta ausência de autocrítica, da ausência de espaços onde todo desacordo possa ser pautado de maneira aberta e objetiva, e tanto quanto ser recebido como tal, e acima de tudo, quando a própria organização hostiliza a autocrítica e a capacidade de construção de consenso verdadeiro, pautado no convencimento, o resultado é além da pequena política, o tensionamento individual e personalíssimo.

Autocrítica segundo o Terror do Minoxidil: “O liberalismo manifesta-se sob diversas formas: Constatamos que alguém está a agir mal mas, como se trata dum velho conhecido, dum conterrâneo, dum condiscípulo, dum amigo íntimo, duma pessoa querida, dum antigo colega ou subordinado, não nos empenhamos no debate de princípios e deixamos as coisas correr, preocupados com manter a paz e a boa amizade. Ou então, para mantermos a boa harmonia, não fazemos mais do que críticas ligeiras, em vez de resolver a fundo os problemas.

O resultado é prejudicar-se tanto a colectividade como o indivíduo. Essa é uma

primeira forma de liberalismo.”

“Desinteressamo-nos completamente por tudo que não nos afecta pessoalmente; mesmo quando temos plena consciência de que algo não vai bem, falamos disso o menos possível; deixamo-nos ficar sabiamente numa posição coberta e temos como única preocupação não ser apanhados em falta. É uma terceira forma de liberalismo.”

“Vemos que alguém comete actos prejudiciais aos interesses das massas e não nos indignamos, não o aconselhamos nem obstamos à sua acção, não tentamos esclarecê-lo sobre o que faz e deixamo-lo seguir. Essa é uma oitava forma de liberalismo.”

“Julgamos ter prestado grandes serviços à revolução e damo-nos ares de veteranos; somos incapazes de fazer grandes coisas mas desdenhamos as tarefas pequenas;

relaxamo-nos no trabalho e no estudo. Eis uma décima forma de liberalismo.”

“A origem do liberalismo está no egoísmo da pequena burguesia, que põe em primeiro lugar os seus interesses pessoais, relegando para segundo plano os interesses da revolução. É dela que nasce o liberalismo ideológico, político e de organização.

Os liberais consideram os princípios do Marxismo como dogmas abstractos. Aprovam o Marxismo mas não estão dispostos a pô-lo em prática, ou a pô-lo integralmente em prática; não estão dispostos a substituir o liberalismo pelo Marxismo. Armam-se tanto dum como doutro: falam de Marxismo mas praticam liberalismo; aplicam o primeiro aos outros e o segundo a si próprios. Levam os dois na bagagem e encontram uma aplicação para cada um. É assim que pensam certos indivíduos.

O liberalismo é uma manifestação do oportunismo e está em conflito radical com o Marxismo. O liberalismo é a passividade. Objectivamente, serve o inimigo. É por essa razão que o inimigo se regozija quando o conservamos nas nossas fileiras. Tal é a natureza do liberalismo. Não deve pois haver lugar para ele nas fileiras da revolução.

Penetrados do espírito activo do Marxismo, devemos vencer a passividade do liberalismo.   Um comunista deve ser aberto, fiel e activo, colocar os interesses da revolução acima da sua própria vida e subordinar os interesses pessoais aos interesses da revolução. Em todos os momentos, seja onde for que se encontre, ele deve ater-se aos princípios justos e travar uma luta sem tréguas contra todas as ideias e acções erradas, de modo a consolidar a vida colectiva do Partido e reforçar os laços existentes entre este e as massas; um comunista deve preocupar-se mais com o Partido e as massas do que com os seus interesses pessoais, e atender mais aos outros do que a si próprio. Só quem actua assim pode ser considerado comunista.

Todos os comunistas fiéis, abertos, activos e honestos, devem unir-se para lutar contra as tendências liberais de certos indivíduos entre nós, e conseguir chamá-los ao bom caminho. Essa é uma das nossas tarefas na frente ideológica.” (Contra o liberalismo. Mao Zedong, marxists.org, 1937.)

O Camarada Mao nos delicia com um texto extremamente simples e minucioso, nos deixando na própria forma de escrever lições muito valiosas: a capacidade didática de escrever de maneira direta, simples e sucinta, e ainda assim manter a sofisticação do materialismo dialético, bem como a capacidade de aplicar conceitos a realidade prática, devemos levar essa lição pra nossa atuação no sentido de sermos claros e objetivos, de entendermos que palavras de ordem e demonstrações de erudição de nada servem se não puderem ser compreendidas de maneira clara e objetiva, bem como se não tiverem relação direta com os problemas materiais da nossa conjuntura e atuação local especifica.

Nesse sentido, se faz necessário em primeiro lugar que sejamos capazes de nos fortificar emocionalmente uns aos outros, bem como nos tranquilizar quanto ao embate feito dentro da juventude, para o avanço da juventude! É tarefa das e dos camaradas dirigentes construir espaços onde os avanços, retrocessos, insatisfações e desacordos sejam pautados de maneira aberta e irrestrita, inclusive construindo um ambiente político onde o debate acalorado e a paixão (em ambas as direções) seja livre para existir! Não podemos construir uma cultura política em que nos é estimulado o ódio contra a burguesia e o amor pelos nossos apenas externamente, e que internamente, os nossos sentimentos de indignação sejam forçosamente podados e impedidos em prol de uma falsa harmonia! Temos como tarefa urgente nos enxergar enquanto camaradas! Inclusive enquanto aqueles e aquelas que se propõem a aceitar e compreender as nossas posições e paixões, bem como utilizá-las para a construção de práxis, em vez de hostilização individual por “descontrole”!

Há de se considerar em primeiro lugar que a tranquilidade pessoal e emocional é uma sorte! Não podemos cobrar a tranquilidade e a finesse de um lorde inglês apresentadas por um camarada que nasceu e viveu em um bairro nobre e nunca teve duvidas sobre estar em uma universidade, com a de um camarada que teve a experiencia de vida oposta, cobrar a tranquilidade da Faria Lima a alguém que se interessou pelo marxismo por todos os dias dormir com ódio e sair de casa com medo de ser morto na rua, reforçando os estereótipos raciais de violência, agressividade, irracionalidade, bem como incapacidade teórica e prática para sustentar suas afirmações e defesas, reforçando também a eterna imposta a pessoas racializadas por pessoas brancas, resulta, por exemplo, em um núcleo com três pessoas negras onde duas estão afastadas e uma se sente completamente hostilizada nos espaços fora de seu núcleo e do movimento negro distrital, resulta, por fim, em todas e todos os camaradas racializados se sentirem minados na sua interação com a UJC, se sentirem impedidos de apresentar críticas ou defender contrapontos no seio do partido, sentirem um profundo esforço para não incomodar a sensibilidade da classe média na militância, se sentirem excluídos, e acima de tudo, NÃO SE SENTIREM CAMARADAS. (Fim do desabafo kkkjjj)

Nos respeitar enquanto camaradas é também saber respeitar o nosso ódio de classe, especialmente quando este se apresenta no apontamento das nossas falhas organizativas e nos nossos erros, e voltados ao nosso avanço coletivo, mesmo que ao custo de bem-estar pessoal imediato.

O resultado da acusação de “agressividade” é em primeiro lugar uma força de menosprezo e hostilização por aquilo que efetivamente nos dá forças pra lutar: o ódio que sentimos ao sermos explorados, humilhados e assassinados diariamente, é o que nos motiva a estudar, e em seguida nos organizar, e em seguida disputar os rumos da nossa luta. A capacidade de sermos fraternos uns com os outros também na nossa dor e mau sentimentos é o traço essencial que nos constrói enquanto camaradas! Tendo cristalino também, que devemos ter o direito de apresentar em resposta a tais emoções, não pretendemos e nem queremos criar espaço em que uns gritam e outros abaixam a cabeça, precisamos ser honestos entre nós, e ter espaço e possibilidade de agir e reagir como SENTIMOS necessário, em vez de nos sobrecarregarmos individualmente com frustrações que nos imobilizam e nos impedem de seguir construindo o socialismo, os espaços de pautarmos nossas frustrações e respondermos a elas entre nós precisa ser o espaço de balanço e reavaliação constante, aberto e abrangente ao máximo possível, sempre sendo limitado APENAS por cada conjuntura e suas possibilidades democráticas. (como por exemplo, se atuamos na legalidade ou não, se somos ativamente perseguidos, ou não.)

“No combate ao subjectivismo, sectarismo e estilo estereotipado no seio do Partido, devemos ter presentes dois objectivos: primeiro, tirar lições dos erros passados a fim de evitar erros no futuro” e, segundo, “tratar a doença para salvar o doente”. Os erros do passado devem ser apontados sem poupar a sensibilidade deste ou daquele indivíduo; é necessário analisar e criticar de forma científica o que havia de mau no passado, de tal maneira que, no futuro, o trabalho seja mais cuidadoso e melhor. É o que significa “tirar lições dos erros passados para evitar erros no futuro”. O nosso objectivo, porém, ao apontarmos os erros e criticarmos as falhas, tal como acontece com um médico que trata uma doença, consiste exclusivamente em salvar o doente, e não em matá-lo. Um indivíduo com apendicite salva-se quando o cirurgião lhe extrai o apêndice. Desde que aquele que cometeu erros não esconde a sua doença com medo do tratamento, nem persiste nos erros ao ponto de tornar-se incurável; desde que, honesta e sinceramente, ele deseja ser curado e corrigir-se, nós devemos acolhê-lo é curar-lhe a doença de maneira que se converta num bom camarada. Jamais poderemos ter êxito se nos deixarmos levar por impulsos momentâneos e o fustigamos desmedidamente. Quando se trata uma doença ideológica ou política, nunca se deve ser rude nem imprudente, mas sim adoptar a atitude de "tratar a doença para salvar o doente", que é o único método correcto e eficaz."

"Um outro ponto que se deve mencionar em ligação com a crítica no interior do Partido é o de certos camaradas, ao fazerem as suas críticas, não atenderem às questões principais e confinarem a sua atenção em pontos de menor importância. Eles não compreendem que a tarefa principal da crítica é expor os erros políticos e de organização. Com respeito às falhas pessoais, desde que não estejam relacionadas com erros políticos ou de organização, não se torna necessário criticá-las demasiadamente, pois, de contrário, os camaradas em causa ficarão perdidos, sem saber o que fazer. Além disso, se uma tal crítica se desenvolve, a atenção dos membros do Partido passa a concentrar-se exclusivamente em faltas menores, toda a gente se intimida e torna-se cautelosa em excesso, e esquece as tarefas políticas do Partido. Isso constitui um grande perigo."

"Na crítica dentro do Partido há que saber guardar-se do subjectivismo, da arbitrariedade e da banalização da crítica; todas as afirmações devem basear-se em

factos e a crítica deve ter um sentido político.”

“Acaso nós, os comunistas chineses, que baseamos todas as nossas ações nos mais altos interesses das grandes massas do povo chinês, que estamos convencidos da justiça absoluta da nossa causa, que nunca nos detemos frente a qualquer sacrifício pessoal e estamos sempre prontos a dar a vida pela causa, acaso poderemos ter pesar em afastar qualquer ideia, ponto de vista, opinião ou método que não corresponda às necessidades do povo? Acaso poderemos nós aceitar que a poeira e os micróbios políticos venham a manchar a nossa cara limpa e infectar o nosso organismo são? São incontáveis os mártires revolucionários que deram a vida em defesa dos interesses do povo, e os nossos corações enchem-se de dor cada vez que os recordamos - poderá então haver algum interesse pessoal que não sejamos capazes de sacrificar, ou algum erro que não possamos eliminar?” (Citações do presidente Mao Zedong, XXVII. A Crítica e a Autocrítica, Marixsts.org)

Camaradas, não somos comunistas chineses, PORÉM, somos comunistas Brasileiros, a alguns dos pontos acima apresentados seria um desserviço adicionar qualquer comentário, à um deles não! Temos que nos reforçar individual e coletivamente em dois sentidos: o primeiro é o de não cairmos no coleguismo, na prática de não enfrentar nossos camaradas, não apontar suas contradições ou erros por relações pessoais, e muito menos por medo da hostilização no núcleo ou em qualquer outro espaço! Também não podemos cair no individualismo de aceitarmos que determinada crítica é desconfortável ou desconcertante, menos ainda ao nos furtarmos a nós mesmos, e a nossos camaradas, de pautarmos e construirmos o enfrentamento entre camaradas. E o segundo, de disputarmos e construirmos a capacidade de incentivar camaradas a pautarem suas criticas e apresentarem suas posições, sem que se torne uma questão pessoal, o meio mais efetivo de alcançar esse fim são os espaços de interação! Desde o bar até o futebol, não podemos nos deixar sermos consumidos pelo moralismo para criar afastamentos artificiais! Somos camaradas primeiro, mas numa relação de camaradagem é também importante o afeto em todas as suas formas! O fato de sermos camaradas não nos impede de sermos amigos, pelo contrário! Quando nos respeitamos em nossos acordos e desacordos, quando somos abertos, claros, diretos e honestos uns com os outros, a amizade é inevitável.

Autocrítica segundo O Cavaleiro rebaixado: “A discussão de uma nova orientação política exige a apreciação, do ponto de vista autocrítico, da orientação política anteriormente seguida pelos comunistas. A autocrítica é um elemento imprescindível e um ponto de partida para determinar com precisão as mudanças de nossa tática.”

“Os erros fundamentais da linha geral que seguimos nos últimos anos têm como fonte comum o subjetivismo, que impregnou todo o nosso pensamento político. Este subjetivismo se manifestava em duas atitudes simultâneas e inseparáveis. Por um lado, transformamos os ensinamentos do marxismo-leninismo em dogmas abstratos, em fórmulas gerais, uniformemente aplicáveis a todos os países, sem exame das particularidades concretas do seu desenvolvimento histórico. Por outro lado, menosprezamos o estudo da realidade brasileira, perdemos de vista o movimento real, os processos que estavam em curso na vida econômica e política do país. A nossa política deixou de ser, assim, a decorrência direta das condições objetivas do Brasil e se tornou uma adaptação mecânica de fórmulas gerais ou de experiências acertadas em outras partes do mundo. Deixamos de ver os fenômenos políticos e sociais em movimento e custamos, por isto, a perceber as transformações que se operavam na vida real. Não soubemos, em suma, aplicar corretamente os princípios universais do marxismo-leninismo às particularidades específicas do desenvolvimento histórico brasileiro.”

“Em conseqüência de todas estas idéias errôneas, chegamos a uma concepção falsa, de caráter esquerdista, sobre a revolução brasileira.”

“É necessário reconhecer que em meu artigo sobre o 40º aniversário da Revolução de Outubro ainda persiste a separação mecânica da tática e dos objetivos estratégicos. A revolução ainda é encarada ali apenas como um ato único, como um momento determinado, quando o salto revolucionário é a culminação de um processo durante o qual se produzem modificações progressistas e ocorrem formas de aproximação e transição para um Poder revolucionário.”

“Tal atitude não se confunde com o negativismo em relação ao passado. Embora nossa orientação política fosse fundamentalmente errônea, no processo de sua atuação prática, na medida em que procuravam colocar-se à frente das lutas do povo, os comunistas obtiveram determinados êxitos que exerceram influência positiva no curso dos acontecimentos.”

“Não temos nenhum motivo para renegar o passado, passado glorioso de lutas a serviço da classe operária e do povo brasileiro. Orgulhamo-nos hoje, como ontem, de nossa condição de comunistas. Mas é precisamente o título de comunistas, de partidários do marxismo-leninismo, que nos impõe o dever de não vacilar no exame crítico e autocrítico de nossa atividade, de expor sem subterfúgios as raízes de nossos erros e empreender com coragem revolucionária a sua correção. Esta a atitude que nos cabe assumir como dirigentes políticos da classe operária, a única atitude que pode assegurar a confiança das massas em nossa atividade dirigente.” (São indispensáveis a crítica e a autocritica da nossa atividade para compreender e aplicar uma nova política. Luís Carlos Prestes, Marxists.org, 1958.)

Em primeiro lugar peço perdão pela colcha de retalhos que essa citação se tornou, e uso da minha covardia para afirmar que foi simplesmente uma tática de chamado as e aos camaradas a lerem o texto na íntegra.

Minha Segunda ressalva é quanto ao contexto e avaliação feitas no texto, as quais não são minha preocupação, e sim a forma como é demonstrada a capacidade de autocrítica. Tendo dito isto, aqui temos a culminação do avanço de exercício da autocrítica, nesse texto o camarada Prestes em momento nenhum faz um julgamento moral. Faz sim um balanço de seu contexto histórico, pondera horizontes, aponta falhas, se esforça à não desestimular outros camaradas com a superação da tática anterior, bem como afirma os avanços resultantes da atuação do Partido, mantendo o espirito de luta de todas e todos! Acima de tudo, quando aponta dedos, os aponta para si, sendo essa a única individualização feita durante a autocrítica! Esta deve ser a nossa Autocrítica, para essa capacidade de autocrítica a União da Juventude Comunista deve formar seus quadros e disputar a nossa classe!.

Saudações revolucionárias a todas e todos aqueles que ousam lutar pelo melhor da humanidade, o socialismo é a juventude do mundo! PELO PODER POPULAR, NO RUMO AO SOCIALISMO!

“E não há razão para ter tanto medo de uma luta: uma luta pode causar aborrecimento para alguns indivíduos, mas vai clarear o céu, definir atitudes de uma forma precisa e direta, definir quais diferenças são importantes e quais são desimportantes, definir onde as pessoas estão – aqueles que estão indo por um caminho completamente diferente e aqueles camaradas do Partido que só divergem em questões menores.” Carta para Apollinaria Yakúbova II – Vladimir Ilich Lênin.