'Qual formação recomendavam os liquidacionistas do PPS?' (Carlos Chaves)

Como o PPS bem percebeu é possível liquidar o comunismo internamente e qualquer perspectiva socialista reduzindo os comunistas à memória, devemos fazer o comunismo vivo, na prática e teoria, lidando com as principais questões de nosso tempo para que possamos avançar em nossos objetivos.

'Qual formação recomendavam os liquidacionistas do PPS?' (Carlos Chaves)
"Ler um material de um liquidacionista e perceber tantas semelhanças com a retórica e mesmo estética do próprio PCB-CC atual não é necessariamente surpreendente, o que nos permite fazer reflexões importantes de que a mera reivindicação de comunismo como utopia, do legado do PCB, de seus símbolos e de uma retórica de solidariedade é totalmente insuficiente para considerarmos um partido como Comunista e muito menos Revolucionário."

Por Carlos Chaves para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.

Camaradas, recentemente em minhas pesquisas encontrei uma agenda do PPS/PCB de 2002, o material editorial tem cerca de 300 páginas, com pequenos verbetes em datas chaves para a história do partido e/ou do movimento comunista internacional e espaço para agenda comum, mas o que me chamou atenção e que me leva a escrever essa tribuna com as informações são duas partes em especial.

  1. A apresentação intitulada “A cultura pecebista”, escrita por Roberto Freire;
  2. Uma extensa lista de indicações de leitura intitulada “Bibliografia básica”;

Ainda há na agenda um calendário eleitoral para aquele ano e uma lista de sedes do PPS em todo o Brasil, contando com um diretório Regional por Estado e um diretório nacional em Brasília.

É importante mencionar também que naquele ano a candidatura à presidência do PPS era Ciro Gomes(PPS) com vice Paulinho da Força(PTB), na coligação “Frente Trabalhista” (PPS, PTB, PDT) o que aparece na agenda. O PCB estava na coligação “Lula Presidente” (PT, PL, PCdoB, PMN, PCB). Ciro recebeu cerca de 11% dos votos válidos no primeiro turno.

“A cultura pecebista (por Roberto Freire)

Editar esta agenda comemorativa dos 80 anos de fundação do PCB - que ostentava inicialmente o nome Partido Comunista, Seção Brasileira da Internacional Comunista - enche o PPS de orgulho. Primeiro, porque somos um dos seus herdeiros. Segundo, porque fundamos nossas principais convicções na melhor tradição pecebista. Terceiro, porque nos propomos a dar continuidade às suas mais generosas páginas de luta em prol da democracia e do desenvolvimento com justiça social.

Se ao longo de sua existência o PCB cometeu erros, ele acertou naquilo que é mais importante: nunca traiu o seu povo e a causa da liberdade.

Nascido no contexto da grande ebulição política, social e cultural nas primeiras décadas do século XX, e contemporâneo de outro movimento impactante, a Semana de Arte Moderna de 22, o PCB marcou toda uma época e continua a influenciar difusamente a vida presente da nação brasileira. Questões como radicalidade democrática, a ideia do pluralismo, a vocação para a unidade na diversidade, o combate ao maniqueísmo, só para ficarmos no campo da política, encontram respaldo na herança do velho Partidão.

Ao se caminhar pelas páginas desta agenda, será possível perceber com nitidez a opção humanista do partido, e o seu profundo internacionalismo. Em sua trajetória, não há espaço para preconceitos em relação a países, etnias, religiões, culturas. Antecipa, em muitas décadas, um mundo em rede, solidário, democrático, fraterno, enfim a globalização, só que humanista e não submetida ao controle de fluxos financeiros e dos países ricos.

Em tempos de cólera, quando o irracionalismo parece querer tomar conta da civilização erigida por gerações que nos antecederam, destaque merece a larga militância comunista, particularmente no Brasil, a favor da paz entre os povos. História que nos credencia, hoje como PPS, a condenar todo e qualquer tipo de ataque terrorista, bem como retaliações odientas contra civis ou modelos econômicos que teimam em marginalizar povos inteiros, países, continentes. E a luta pela paz não é coisa velha, ela continua como prioridade absoluta entre nós.

A agenda, ao registrar fatos políticos relevantes do passado, também é o retrato de uma jornada civilizatória ainda marcada pela intolerância, pela estupidez da guerra ou de conflitos. O PPS almeja e continuará a lutar, sempre na direção da inesgotável utopia comunista, para que o século XXI seja plenamente de luz - e de razão.

Senador Roberto Freire - Presidente Nacional do PPS”

COMENTÁRIOS

Em partes, o que me motiva a escrever essa tribuna é que os vários debates atuais sobre o Partido Comunista que vamos construir após o racha com o PCB formal ainda está muito difuso, vemos camaradas querendo se livrar por completo de tudo que remeta ao PCB enquanto outros possuem um grande apego “pecebista” a tudo que ocorreu no passado desse partido como se bastasse replicá-lo com nosso conhecimento atual sobre os erros que tudo funcionaria. Avalio que ambas as abordagens possuem limitações claras para construirmos de fato um partido revolucionário no Brasil, pois, diferente do que reivindica Roberto Freire, o legado do PCB para a luta no Brasil não foi “humanista, civilizatório ou pela democracia e justiça social”, foi principalmente um legado de organização de um partido revolucionário, que cometeu diversos erros que devem ser analisados à luz da crítica para não serem repetidos.

Ler um material de um liquidacionista e perceber tantas semelhanças com a retórica e mesmo estética do próprio PCB-CC atual não é necessariamente surpreendente, o que nos permite fazer reflexões importantes de que a mera reivindicação de comunismo como utopia, do legado do PCB, de seus símbolos e de uma retórica de solidariedade é totalmente insuficiente para considerarmos um partido como Comunista e muito menos Revolucionário.

Não podemos, se estamos na Reconstrução Revolucionária do PCB, alimentar uma lógica similar aos liquidacionistas, de que lutamos “em prol da democracia e do desenvolvimento com justiça social.” Não! Como diz uma palavra de ordem recente “Partido Comunista é pra fazer Revolução!”. Também não podemos compreender que a grande causa do povo brasileiro é “a Liberdade”, muito embora seja muito necessário defendê-la há de se compreender o quanto a defesa à liberdade vem sendo mobilizada para desarticular o povo da organização partidária, sindical combativa e mesmo das atuações mais solidárias, em nome da liberdade o povo, os trabalhadores tem perdido tudo e os partidos comunistas tem perdido a sua capacidade organizativa da classe (isso não é liberdade).

Além disso, devemos abandonar essa perspectiva quase jesuítica que permeia a história do PCB, que não assume o povo brasileiro mas deseja “catequizá-lo” nas bases do comunismo para que, aí sim, se possa falar de revolução, essa ideia de “razão e luz” apresentada por Roberto Freire como uma missão civilizatória do partido ainda é presente em nossas fileiras e não nos levará a nada além de racismo contra o próprio Brasil e a classe trabalhadora.

Vamos para as indicações de leitura…

Um primeiro ponto que quero destacar é que são indicações de leitura bastante gerais então, o fato de algum texto ou autor estar presente aqui não deve significar necessariamente que esse texto contribui para uma perspectiva liquidacionista de um partido comunista, ainda assim, a reunião desses textos na qual devemos analisar não somente nos textos presentes na indicação mas também (principalmente) pela ausência de certos autores e temas pode nos ajudar a compreender um pouco melhor sobre a importância de nossa própria formação e referências.

Ao final vou fazer apenas um brevíssimo comentário pois avalio que o mais interessante é que es camaradas elaborem as próprias reflexões sobre a lista.

Bibliografia básica (segundo o PPS de 2002)

  1. ALAMBERT, Zilda. Feminismo, o ponto de vista marxista. São Paulo, Nobel, 1985.
  2. ALMEIDA, Francisco & SANTOS, Raimundo. A esquerda e uma nova formação política. Brasília, IAP, 1998.
  3. ALVES, Maria Helena Moreira. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). Petrópolis, Vozes, 1984.
  4. ALVES FILHO, Ivan. Giocondo Dias, uma vida na clandestinidade. 2ed. Rio de Janeiro, Mauad, 1997.
  5. AUED, Bernadete Wrublevski. A vitória dos vencidos. Partido Comunista Brasileiro e as Ligas Camponesas 1955-64. Florianópolis, Universidade Federal de Florianópolis, 1986
  6. BANDEIRA, Moniz. O ano vermelho. A Revolução Russa e seus reflexos no Brasil. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967
  7. BASBAUM, Leôncio. Uma vida em seis tempos. 2ed. São Paulo, Alfa-Omega, 1979.
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  9. BASTOS, Abguar. Prestes e a Revolução Social. Rio de Janeiro, Calvino, 1946.
  10. BEZERRA, Gregório. Memórias. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, s.d., 2v
  11. BRANDÃO, Gildo Marçal. A esquerda positiva: as duas almas do Partido Comunista - 1920/1964. São Paulo, Hucitec, 1997.
  12. BRANDÃO, Otávio. Combates e batalhas. São Paulo, Alfa-Omega, 1978.
  13. BRASIL com Democracia ao Socialismo: Para entender a política do PCB (resumo de resoluções e notas de organismos e dirigentes comunistas entre 1983-1989). Brasília, Novos Rumos, 1989.
  14. BRASIL Nunca Mais. Petrópolis, Vozes, 1995
  15. BRAYNER, Flávio Henrique Albert. Partido Comunista em Pernambuco. Recife, Massangana, 1989.
  16. CAMPOS FILHO, Romualdo Pessoa. Guerrilha do Araguaia e esquerda em armas. Goiania, Universidade Federal de Goias, 1997.
  17. CARONE, Edgar. O PCB. São Paulo, Difei, 1982, 3v.
  18. CARONE, Edgar. O marxismo no Brasil (Das origens a 1964). Rio de Janeiro, Dois Pontos, 1986.
  19. CARVALHO, Apolônio de. Vale a pena sonhar. Rio de Janeiro, Rocco, 1997.
  20. CARVALHO, Cícero Péricles de & ALMEIDA, Francisco. PCdoB, a sobrevivência de um erro. 2ed. São Paulo, Novos Rumos, 1985.
  21. CARVALHO, Ferdinando de. Os sete matizes do rosa. Rio de Janeiro, Biblioteca do Exército, 1978.
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  26. CAVALCANTI, Paulo. Vale a pena ainda ser comunista? Recife, Inojosa, 1991.
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  29. CORRÊA, Hércules. A classe operária e seu partido: textos políticos do exílio. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980.
  30. CORRÊA, Hércules. Memórias de um stalinista. Rio de Janeiro, Opera Nostra, 1995.
  31. COSTA, Homero de Oliveira. A insurreição comunista de 1935 em Natal, o primeiro ato da tragédia. São Paulo, Ensaio, 1995.
  32. COSTA, Luiz Flávio. Congresso Nacional Camponês (trabalhador rural no processo político brasileiro). Rio de Janeiro. Sociedade do Livro/Editora Universidade Rural, 1993.
  33. COUTINHO, Carlos Nelson. A democracia como valor universal. São Paulo. Ciências Humanas, 1980
  34. COUTINHO, Carlos Nelson. Democracia e socialismo: questões de princípios & contexto brasileiro. São Paulo, Cortez, 1992.
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  41. DULLES, John Foster. O comunismo no Brasil, 1935-1945: repressão em meio ao cataclismo mundial. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985.
  42. FALCÃO, João. O Partido Comunista que que conheci: 20 anos de clandestinidade. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1988.
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  122. SANTOS, Raimundo. A primeira renovação pecebista: reflexos do XX Congresso do PCUS no PCB (1956-1957). Belo Horizonte, Oficina de Livros, 1988.
  123. SEGATTO, José Antonio. Breve História do PCB. São Paulo, Ciências Humanas, 1981.
  124. SEGATTO, José Antonio. Reforma e revolução. As vicissitudes políticas do PCB: 1954-1964. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1995.
  125. SILVA, Luiz Hildebrando Pereira da. O fio da meada. São Paulo, Brasiliense, 1990.
  126. SINGER, Paul. Uma utopia militante. São Paulo, Vozes, 1998.
  127. SODRÉ, Nelson Werneck. Contribuição à história do PCB. São Paulo, Global, 1984.
  128. SODRÉ, Nelson Werneck. A intentona Comunista de 1935. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1986.
  129. TELLES, Jover. O movimento sindical no Brasil. 2ed. São Paulo, Ciências Humanas, 1981.
  130. UMA alternativa democrática para a crise brasileira. Encontro Nacional pela legalidade do PCB. 3ed. São Paulo. Novos Rumos, 1985.
  131. VINHAS, Moisés. Estudos sobre o Proletariado Brasileiro. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1992.
  132. VINHAS, Moisés. O Partidão: a luta por um partido de massas (1922-1974). São Paulo, Hucitec, 1982.
  133. ZAIDAN FILHO, Michel. PCB (1922-1929): Na busca das origens de um marxismo nacional. São Paulo, Global, 1985.
  134. ZAIDAN FILHO, Michel. Comunistas em céu aberto, 1922-1930. Belo Horizonte. Oficina de livros. 1989.
  135. ZILLER, Armando. Coleção Memória Política de Minas. Belo Horizonte, s/e, 2000.

COMENTÁRIOS

Como disse acima, a lista de autores e textos não deve ser analisada emocionalmente como se representassem, em si, um vínculo forte com o liquidacionismo representado pelo PPS e Roberto Freire, contudo, é possível notar que o conjunto apela muito mais para a construção da memória Pecebista, a partir das suas tentativas e erros, de seus “grandes personagens” contrastando com textos de autores bastante pessimistas sobre a possibilidade de uma Revolução.

Ao mesmo tempo, é de se tomar nota que alguma das biografias ou temas tratados podem ser úteis para nossa reflexão em relação a algo que muito nos interessa: a construção de um partido comunista no Brasil.

Falando de ausências é possível notar que não há sequer UM texto de Lênin, Marx, Engels… Os “clássicos”, como bem sabemos o resultado dessa história é um abandono do marxismo na prática mesmo que durante algum tempo ainda sejam reivindicados os símbolos. Não há partido comunista que não estuda a teoria marxista (não somente mas indispensavelmente) a partir dos principais autores tanto da filosofia marxista quanto das formas de organizar um partido: Marx, Engels, Lenin. Como o PPS bem percebeu é possível liquidar o comunismo internamente e qualquer perspectiva socialista reduzindo os comunistas à memória, devemos fazer o comunismo vivo, na prática e teoria, lidando com as principais questões de nosso tempo para que possamos avançar em nossos objetivos.