'Pelo militante João Marinheiro' (Katan)
Não podemos jamais cair nos mesmos vícios, muitos deles precedem a quedas irreversíveis. Qualquer um/uma proletário/a deve ser capaz de, ao ler os documentos públicos do Partido, compreendê-los integralmente.
Por Katan para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.
Gostaria de iniciar essa minha 1ª contribuição a esta tribuna com o reconhecimento honroso pelos trabalhos realizados pelos/as camaradas até o momento e que demonstram a firmeza e maleabilidade necessárias para a constante contribuição e quando necessária, a superação pelas críticas.
Destaco, pelo meu empirismo, que o caderno de teses e demais documentos públicos do Partido devem ter a capacidade de conversar de forma compreensível, com as camadas médias dos proletários/as tão bem quanto às mais baixas, o chamado “chão de fábrica”.
Percebo o uso continuado de terminologias tecnicistas demais para a compreensão das massas, entendo que é necessário certo rebuscamento nos textos oficiais do Partido, mas o propósito dos nossos documentos públicos não são os textos em si, antes sim a máxima compreensão e apreensão daquilo contido nos textos pelas massas proletarizadas em suas diversas camada na estratificação social desse sistema capitalista e a elas destinadas.
Não militei no PCB, todavia, pelo conteúdo do Manifesto e pelas críticas elaboradas por nossos/as camaradas, nesta tribuna, sobre o “divórcio” deste em relação ao povo trabalhador e a consequente renúncia ao seu objetivo essencial marxista-leninista, a saber: realizar a revolução socialista-comunista. Não podemos jamais cair nos mesmos vícios, muitos deles precedem a quedas irreversíveis.
Qualquer um/uma proletário/a deve ser capaz de, ao ler os documentos públicos do Partido, compreendê-los integralmente.
2- Sobre a defesa, no nosso Caderno de Teses, da liberação de todas as drogas (deixando registrado que concordo com o uso medicinal da Canabis Sativa, e recreativo com restrições de locais para uso e a possibilidade de plantio para uso pessoal), porém, penso que “Guerra às Drogas”, que é uma ferramenta, com aspectos racista e social, do aparelho de opressão estatal burguês, são rotundamente diverso de uma liberação total de drogas como metanfetamina, crack, K9, e outras igualmente destruidoras no âmbito de saúde e totalmente alienantes em relação à revolução e em relação à contribuição produtiva social de um indivíduo que teria acesso ilimitado a essas drogas. Assim como comprometeria objetivamente a formação de uma sociedade livre das “pragas do capitalismo”. Por essa tribuna ser pública, não farei algumas considerações e comparações para justificar minha crítica, tal como exemplos de países socialistas irmãos sobre essa polêmica.
Nesse sentido, eu julgo irresponsável, por nossa parte, termos um documento que considera uma sociedade socialista onde todos os tipos de drogas são permitidas.
Da forma que foi colocada no Caderno, me parece uma “armadilha” que depõe contra a coerência da construção de uma sociedade em que, como disse Marx, o trabalho se torna “a primeira necessidade vital”.
3- Precisamos da elaboração de um organograma completo da burocracia estatal da ditadura do proletariado, que substituirá o atual sistema ditatorial burguês, mesmo que seja um documento interno e restrito, para termos de forma gráfica as “pernas” que sustentarão o sistema filosófico, político e econômico e suas derivações dentro do estado.
No mais, saúdo os/as camaradas com saudações comunistas. Até a revolução! Venceremos!