'Pela audioteca revolucionária e imprensa em áudio' (Aya Setembru)
É central que o Órgão Central inclua em seu planejamento a profissionalização de militantes responsáveis pela locução, captação e edição desse material e que dê um sentido político-partidário para essas mídias [...].
Por Aya Setembru para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.
Camaradas, a profissionalização e a capilarização de nossa agitação e propaganda, principalmente nossa imprensa partidária e o chamado arsenal teórico marxista-leninista, demandam que publiquemos também mídias em áudio. Discorrerei nesta breve tribuna.
Não vou aqui discorrer sobre podcasts pois, apesar de ser um formato interessante para nos apropriarmos, não tenho nenhum conhecimento sobre o tema além de algumas horas no Spotify em meia dúzia de canais.
Vimos, nos últimos meses, a publicação de tribunas no formato de audiolivros, inclusive o nosso Caderno de Pré-Teses. Isso certamente já demonstrou como que o Partido pode ser capaz de tornar a literatura classista cada vez mais acessível para todo o povo, incluindo aqueles com deficiências visuais, neurodivergências, os que ainda não tiveram a oportunidade de aprender a ler, e mesmo aqueles que não dispõem de tempo livre para leitura em suas rotinas.
Sendo assim, gostaria de propor que o Órgão Central tenha, em sua estrutura interna, um setor que dê espaço para as mídias em áudio, pensando principalmente nos audiolivros. É central que o Órgão Central inclua em seu planejamento a profissionalização de militantes responsáveis pela locução, captação e edição desse material e que dê um sentido político-partidário para essas mídias - um trabalho árduo que demandará de muitos militantes para ser concretizado, mas com uma grande potencialidade propagagitativa. Nos textos de Lênin e dos demais marxistas-leninistas da história, devemos trazer uma introdução aos ouvintes por meio de “prefácios” - que são mais como podcasts - antes de cada texto. É uma chance de resgatarmos todo um arsenal teórico e, ao mesmo tempo, apresentarmos nossa organização para aqueles que nos escutarem nas mais diversas plataformas de áudio, criando uma verdadeira Audioteca Marxista-Leninista (AML) e uma imprensa partidária que chegue a todos.
Quero aqui deixar clara a diferença entre a AML e a imprensa em áudio. A AML deve ser uma forma de trazer a Biblioteca Marxista-Leninista (BML) - com seus textos históricos - em áudio, aproveitando as particularidades da mídia em áudio. A imprensa em áudio se difere pelo seu formato jornalístico, sendo um setor do Jornal Partidário.
Peço a todos aqueles que se interessam pela mídia em áudio que tragam contribuições e críticas para essa ideia, ainda pouco desenvolvida, mas com um grande potencial. Que a nossa imprensa partidária seja uma verdadeira máquina ideológica de nossa classe e que ela chegue a todos os cantos!