'Os jovens são o presente e serão o futuro!' (Miguel Abrantes)

Nesse momento histórico, existem evidências de que necessitamos a absorção da UJC pelo Partido

'Os jovens são o presente e serão o futuro!' (Miguel Abrantes)
Imagem: Miguel Abrantes

Por Miguel Abrantes para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.

Camaradas de toda nação, primeiramente prazer me chamo Miguel Abrantes, sou militante no estado do Rio de Janeiro e venho por essa tribuna contribuir no debate sobre a Juventude enquanto organismo e seus trabalhos, já adianto que não sou um grande um formulador mas desde já me sinto na necessidade de contribuir para o nosso glorioso primeiro congresso.

Nossa juventude do passado até hoje

Desde do início do Partido e em que a UJC estivesse ativa e organizada pelo próprio, o PCB tinha um vasto organismo com uma capacidade estrutural para guiar de forma efetiva a juventude, com isso conseguiu guiar a UJC mesmo com problemas ao seus objetivos no período entre os anos 40 aos 60,  No IV em 1954 do Partido a juventude avançava e era guiada pelo nosso Partido mesmo com diversos problemas se existia o avanço por conta da qualidade do Partido em conduzir esse processo.

A partir da Ditadura empresarial-militar e do liquidacionismo instaurado que quase levou ao fim em 92, a UJC só volta ativamente no momento da Reconstrução Revolucionária do Partido, bem reduzida e com pequenos focos universitários.

 A todos que vivem esse novo período da história do Partido e da UJC conseguimos compreender um fator visível: A UJC forma mais quadros, tem mais estrutural e tem mais ramas de atuação que o próprio Partido e isso porquê ela deveria ser guiada por ele. Isso tudo foi causada pela prática em que o Partido se deu nesse século e que infelizmente causou um desequilíbrio no complexo partidário.

 Como em vários períodos históricos de desativação da juventude e sua reorganização pós um período de debilidade por questões externas ou internas, o Partido estruturou com mais qualidade a UJC, no período mais a esquerda do PCB (anos 50), a juventude conseguiu seu maiores feitos.

 Hoje em vários estados (os mais desestruturados) a juventude absorve o Partido por conta que foi a maior força no nosso racha, isso por conta do seu tamanho e de sua qualidade comparada ao Partido, ou seja hoje os militantes que eram da juventude são o Partido e militantes do diretamente do Partido. A maioria da juventude hoje pode se tocar o trabalho de militante do Partido, sendo então a necessidade de desativar a UJC para realocar quadros e também hoje a estrutura que é mais avançada que do próprio Partido. Primeiro deve se haver um Partido qualificado e a altura de tocar um papel de guiar uma juventude partidária sem que a própria seja o partido com outro nome. Com a estruturação do Partido, a UJC poderia voltar atuar, já que o Partido teria condições de guiá-la além também de conseguirmos de forma prática definir o que é tarefa do partido e da juventude, hoje não sabemos o que deve ser tocado por quem e no fim a juventude que se faz quase tudo.

 Trabalhos da juventude?

 Camaradas, todos os trabalhos militantes que hoje são direcionados para a juventude poderiam ser compostos por não jovens (dentro da métrica da UJC de idade máxima de 30 anos). Hoje o maior trabalho da nossa juventude que é o movimento Estudantil erroneamente não deveria ser tocado apenas pelos estudantes e sim também pelos trabalhadores da educação de forma coesa, afinal nosso objetivo final nesse espaço, no caso universitário deverá ser a construção de um projeto de Universidade Popular e no caso secundarista, a Escola Popular.

 Disputas de sindicatos nesses espaços e de instituições de representação estudantil fazem parte do processo de construção do nosso projeto mas nunca será e nem deve ser o final da nossa disputa política, afinal isso seria o mais puro reformismo, principalmente em um espaço da classe média que como sabemos tem um potencial menor que o restante da classe trabalhadora.

 A separação de militantes por organismos e mais alguns fatores como táticas reformistas nesses espaços nos levou a não conseguir minimamente desenvolver um projeto real nessa duas instâncias estudantis, o que mais me preocupa que o que não falta para nós é referência e projetos históricos de pedagogia do trabalho (pedagogia da nossa classe) no Brasil e no mundo.

 No parágrafo anterior de forma resumida desenvolvi sobre o Movimento Estudantil, nesse irei falar sobre meu querido Movimento de bairro ou de território que tem muito a se construir para ter significância dentro da nossa classe.

 Milito na Baixada Fluminense e é um espaço difícil de se atuar mas não impossível, mas o que é muito compreensível