Ocupações pela Palestina na Itália e seus ensinamentos para a luta estudantil
Durante as últimas semanas, diversas universidades ao redor do mundo têm sido tomadas por acampamentos em protesto contra o genocídio na Palestina, e na Itália não têm sido diferente.
Por Redação
A Polito e Unito, duas importantes universidades da cidade de Turim, são palcos de uma grande ocupação realizada por estudantes que denunciam o genocídio Palestino. Mas além disso, a ocupação também tem um objetivo específico: o corte das relações de pesquisa entre universidades e empresas italianas que desenvolvem mísseis e armas para Israel.
Várias pessoas de diversos países - incluindo pesquisadores, professores e outros trabalhadores após um certo ponto - têm participado ativamente de assembleias, manifestações e outras atividades que não só contribuem para o avanço da ocupação, como também transmitem aprendizados para a construção de uma luta estudantil internacionalista.
Um movimento estudantil efetivo é resultado de uma estrutura organizativa qualificada o suficiente para garantir a participação do povo na tomada de decisões da luta, e as ocupações se apresentam como instrumentos capazes de reivindicar suas pautas de diversas maneiras, seja física ou virtualmente.
A juventude comunista italiana, Fronte della Gioventù Comunista, é exemplo de como colocar isso em prática, pois entendem a ocupação não como um fim, mas sim como um meio para analisar seus propósitos e condições no momento, sempre avaliando os melhores métodos para levar adiante suas demandas e cultivar a consciência política dentro e fora das universidades, de modo que a luta pelo fim do genocídio na Palestina e dos acordos das faculdades estejam sempre intimamente relacionados aos interesses do capital, da lógica do lucro e do imperialismo.
A divisão coletiva de tarefas, a realização de assembleias com estudantes de outras ocupações, junto à organização de palestras e salas de estudo são atividades que ampliam o envolvimento de estudantes na construção do movimento e na própria estrutura da ocupação, além de possibilitar que laços de camaradagem sejam criados e fortalecidos.
As ocupações, quando articuladas de forma democrática e coletiva, são bastante eficientes para o avanço da luta estudantil internacional, e a participação ativa da militância organizada na construção destes espaços é essencial para promover uma atuação efetiva em seus princípios e objetivos, não apenas imediatos, mas que também visem a libertação de todos os povos oprimidos e fim deste sistema perverso.