Nota política – Solidariedade aos camaradas da Unidade Popular

Reafirmamos nossa solidariedade à Unidade Popular e a todas as organizações que vêm sendo atacadas pelo aparato repressivo em Santa Catarina.

Nota política – Solidariedade aos camaradas da Unidade Popular

Nota política do PCBR na Grande Florianópolis

O Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e a União da Juventude Comunista (UJC) manifestam sua mais profunda solidariedade aos camaradas da Unidade Popular, que tiveram sua sede invadida, revirada e materiais pessoais apreendidos pela Polícia Militar, Civil e até o Choque de Santa Catarina. Esse fato não é um desvio circunstancial. É mais uma demonstração do avanço da criminalização das organizações populares no estado.

Essa ofensiva não surge de forma espontânea. Ela compõe um projeto político conduzido pelo governo Jorginho Mello, que utiliza o aparato repressivo para preservar os interesses da burguesia catarinense. Ao transformar movimentos sociais em alvo permanente, o governo reforça uma lógica de perseguição contra todos que se colocam ao lado da classe trabalhadora e enfrentam a estrutura de poder que sustenta a exploração capitalista.

A repressão cresce na medida em que as contradições sociais de Santa Catarina se tornam cada vez mais evidentes. A ação contra a Unidade Popular se insere em um cenário mais amplo de endurecimento estatal, expresso em medidas como o controle de entrada de pessoas em Florianópolis pelo prefeito Topázio e o movimento “Invasão Zero”, que funciona como mecanismo de vigilância, segregação e criminalização dos setores populares. Essas práticas revelam a disposição do poder público em restringir direitos e controlar a circulação do povo para consolidar um projeto político a serviço das elites.

Diante desse quadro, torna-se indispensável fortalecer a unidade entre as forças populares, socialistas e revolucionárias. A criminalização mira a organização autônoma da classe trabalhadora como um todo e, por isso, exige uma resposta coletiva. Superar essa ofensiva requer articulação permanente, solidariedade ativa e uma linha política coerente, enraizada na realidade do povo e livre de qualquer ilusão de conciliação com a burguesia.

Reafirmamos nossa solidariedade à Unidade Popular e a todas as organizações que vêm sendo atacadas pelo aparato repressivo em Santa Catarina. Defender essas forças é uma tarefa central para que a classe trabalhadora siga acumulando força e avance na construção de um projeto próprio de poder, um projeto que rompa com a ordem capitalista e enfrente de forma direta as estruturas que produzem desigualdade, perseguição e violência de Estado. Somente a auto-organização do povo, sustentada por uma linha política revolucionária, pode abrir caminho para derrubar o poder da burguesia e erguer uma sociedade socialista.

Toda solidariedade à Unidade Popular!
Contra a criminalização dos movimentos sociais!