Nota política – Às ruas contra a privatização da Copasa em Minas Gerais

Nesse momento, o principal alvo da política privatista é a Copasa. Caso o Governo seja bem sucedido, seu próximo passo será entregar outras empresas públicas para o empresariado, como a Cemig e a Codemig.

Nota política – Às ruas contra a privatização da Copasa em Minas Gerais

Nota política do PCBR em Minas Gerais

Os trabalhadores da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) deliberaram por uma greve dos dias 21 a 23 de outubro. No dia 22, às 11:00, haverá um ato seguido de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. As ações são de protesto contra o avanço da PEC do Cala a Boca, proposta do Governo Zema que visa acabar com a obrigatoriedade constitucional de consulta pública para a privatização das empresas estatais em Minas Gerais. Nesse momento, o principal alvo da política privatista é a Copasa. Caso o Governo seja bem sucedido, seu próximo passo será entregar outras empresas públicas para o empresariado, como a Cemig e a Codemig.

A privatização das companhias de saneamento, que avança a todo vapor em todo o país, vem depenando o serviço público e deixando rastros de precarização. Em agosto, o jornal O Futuro noticiou os resultados da privatização da DESO, companhia de saneamento do Sergipe: encarecimento da tarifa, escassez no abastecimento, demissão em massa de trabalhadores e nenhuma melhoria. Após a privatização da Sabesp em 2024, a cidade de São Paulo enfrenta o ano com o maior número de falhas na rede de água e esgoto desde 2020.

O avanço da PEC do Cala a Boca demonstra a farsa  democracia no Estado brasileiro. Para atender aos interesses dos capitalistas, verdadeiros parasitas que acumulam riqueza com a espoliação da classe trabalhadora e dos bens públicos, Zema e seus apoiadores neoliberais na Assembleia Legislativa de Minas Gerais avançam com uma medida para reduzir a participação popular no processo decisório. Sabendo que a democracia direta imporia uma derrota ao entreguismo neoliberal, buscam garantir uma vitória através do parlamento, onde a burguesia pode negociar seus interesses com maior liberdade. Enquanto isso, a classe trabalhadora é alijada do processo decisório.

O PCBR convoca toda a classe trabalhadora de Minas Gerais a ir às ruas contra mais esse avanço privatista, contrário às necessidades de melhoria e ampliação dos serviços de água e esgoto. Devemos denunciar amplamente a política de Romeu Zema, explicitar o significado dessas medidas em todos os espaços onde estivermos presentes e organizar a luta classista para derrotar a burguesia!