NOTA POLÍTICA: A campanha salarial só começou: rejeitar proposta da FENABAN e construir a greve
É necessário romper com essa lógica perversa que só tem beneficiado os banqueiros. Não há outra alternativa que não seja nossa unidade contra a proposta criminosa dos patrões, mesmo que à revelia das direções!
Por Fração Nacional dos Bancários do PCBR
Em 2023, os 5 maiores bancos lucraram R$ 107,5 bilhões. Mesmo com um aumento do lucro de 15% no primeiro semestre de 2024, os banqueiros organizados na FENABAN apresentaram a vergonhosa proposta 0,7 de aumento real nos salários. É um escárnio para os trabalhadores do setor mais lucrativo do país!
Apesar disso, as direções majoritárias dos sindicatos, ligados à CONTRAF/CUT, estão comemorando essa proposta rebaixada que representa uma derrota para as bancárias e bancários. A maioria das direções dos sindicatos não constroem mobilizações reais e greves porque, segundo eles, isso enfraqueceria o governo federal e comprometerá o Teto de Gastos de Haddad e Lula.
No entanto, nosso papel não é defender governo que tem boicotado greves e executado sua própria política de austeridade contra o povo trabalhador. O método de trabalho da Contraf/CUT não é um erro de rota, mas o mesmo script que a categoria está cansada de saber como termina: sem aumento real, sem tocar nas terceirizações, sem valorização do plano de carreiras, e mantendo todas as precarizações nos planos de saúde. Para não precisar fazer mobilizações, a CONTRAF/CUT e seus aliados têm, ano após ano, fechado acordos às escuras com os banqueiros, mesmo que isso signifique abrir mão das reivindicações mais latentes da categoria.
Da mesma forma, as propostas específicas dos bancos públicos são, na verdade, grandes pacotes de gestão de pessoas e reestruturações internas vendidas como conquistas da categoria, e não resolvem as principais pautas da minuta. No BB, a proposta significa o fim da função dos caixas, aprofundamento do sistema de métricas, mais metas, competição interna por comissões e manutenção do Performa, que representou um rebaixamento salarial. Na Caixa, a proposta não resolve o teto de gastos com a saúde dos empregados e mantém a sistemática dos caixas minuto para quem não conseguir designação efetiva.
É necessário romper com essa lógica perversa que só tem beneficiado os banqueiros. Não há outra alternativa que não seja nossa unidade contra a proposta criminosa dos patrões, mesmo que à revelia das direções! O lucro bilionário dos bancos é construído diariamente com o suor de quem trabalha, por isso, precisamos colocar os banqueiros contra a parede com greves e paralisações. O coração do banqueiro bate no bolso!
Portanto, nas assembleias do dia 04/09 vote um sonoro NÃO às propostas que só atendem aos interesses dos bancos. Para arrancar uma proposta de aumento real e valorização das carreiras é necessário construir a greve do setor financeiro. Para organizar sua revolta contra a exploração dos banqueiros, contra o teatro das mesas de negociação, e para construir uma ofensiva da classe trabalhadora, junte-se ao PCBR!
SE A SITUAÇÃO É GRAVE, A SOLUÇÃO É GREVE!
Partido Comunista Brasileiro Revolucionário - PCBR