Nota de solidariedade ao povo iraniano diante da nova escalada imperialista

A ofensiva representa mais um capítulo da barbárie promovida pela aliança imperialista-sionista, que ameaça a paz mundial e coloca em risco a vida e o futuro da juventude e da classe trabalhadora não apenas no Irã, mas em todo o mundo.

Nota de solidariedade ao povo iraniano diante da nova escalada imperialista

Nota de solidariedade do PCBR e da UJC

O Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e a União da Juventude Comunista (UJC) manifestam sua firme solidariedade ao povo iraniano, em especial às e aos camaradas do Partido Tudeh do Irã e da Juventude Tudeh, diante da nova escalada de agressões por parte do regime sionista de Israel, com o apoio direto do imperialismo estadunidense. A ofensiva militar sionista, que resultou na morte de quadros iranianos e acirrou o risco de uma guerra aberta na região, representa mais um capítulo da barbárie promovida pela aliança imperialista-sionista, que ameaça a paz mundial e coloca em risco a vida e o futuro da juventude e da classe trabalhadora não apenas no Irã, mas em todo o mundo.

O ataque à embaixada iraniana na Síria e os bombardeios sucessivos sobre estruturas e lideranças políticas e militares no Irã são parte de uma estratégia belicista que visa consolidar a dominação do bloco imperialista hegemonizado pelos Estados Unidos sobre o Oriente Médio, desestabilizando países e promovendo o caos como método de controle. Essa escalada não é isolada: insere-se em uma conjuntura de agravamento da crise do capitalismo, que, em seu estágio imperialista atual, recorre cada vez mais à guerra, à repressão e ao autoritarismo como ferramentas para manter sua hegemonia global em declínio.

Mas é preciso ser claro: os principais atingidos por essa política de guerra não são os governos, mas os povos. São os trabalhadores iranianos, as mulheres, os jovens, os aposentados — já profundamente explorados por um regime autocrático e capitalista — que arcam com o custo da guerra e da instabilidade. A escalada militar, combinada à brutal repressão interna e à desigualdade social extrema, aprofunda o sofrimento do povo iraniano e evidencia que nenhuma libertação popular virá por meio de regimes que exploram sua própria classe trabalhadora enquanto usam o discurso “anti-imperialista” como verniz de legitimação.

Reafirmamos nosso compromisso com uma concepção consequente de anti-imperialismo, que não se confunde com retórica estatal nem com apoio acrítico a governos autoritários e burgueses. O verdadeiro anti-imperialismo é inseparável da luta pelo socialismo, pela liberdade, pela autodeterminação dos povos e pela emancipação da classe trabalhadora. Nesse sentido, nos solidarizamos com os esforços das forças progressistas e comunistas do Irã — como o Tudeh e sua Juventude — que, mesmo sob duríssima repressão, organizam a resistência popular e lutam por uma alternativa democrática, laica, socialista e enraizada nas demandas reais do povo iraniano.

A luta contra a guerra é uma tarefa internacionalista. Ela exige que nos posicionemos de forma ativa contra toda e qualquer agressão imperialista — seja promovida por Washington, Tel Aviv ou qualquer outro centro de dominação —, ao mesmo tempo em que denunciamos os regimes que instrumentalizam essa oposição para manter a exploração, a miséria e o autoritarismo em seus próprios países.

Ademais, esse episódio escancara, mais uma vez, o tipo de Estado com o qual o Brasil mantém relações diplomáticas, militares e comerciais. Um Estado que assassina civis, ataca a ajuda humanitária e comete crimes de guerra sistemáticos. Por isso, é urgente que o governo brasileiro rompa imediatamente todas as relações com Israel — políticas, econômicas e militares. Não basta discurso: é hora de ações concretas em solidariedade ao povo palestino e também ao povo iraniano. Seguiremos pressionando e mobilizando para que esse rompimento se torne realidade.

Chamamos todos os setores anti-imperialistas, comunistas e progressistas do Brasil e do mundo a cercar de solidariedade internacionalista a luta do povo iraniano, a defender a paz e a autodeterminação dos povos, e a fortalecer a luta unificada contra o imperialismo e o capitalismo em crise. A construção de uma nova ordem internacional, baseada na soberania dos povos, na justiça social e na emancipação da classe trabalhadora, só será possível com organização, unidade e luta internacionalista.

Não à guerra! Todo apoio ao povo iraniano, à juventude e à classe trabalhadora!
Lula, rompa com Israel já!
Viva a solidariedade internacionalista!

13 de junho de 2025