Programa emergencial para a sobrevivência do povo gaúcho

Tragédias, mesmo que não deste tamanho, já aconteceram, e irão voltar a acontecer se o povo trabalhador não tomar a situação pelas rédeas e se unir para mudar isso. Neste manifesto, queremos, enquanto trabalhadores, que todos nós possamos ter uma única luta: a luta pela vida e dignidade.

Programa emergencial para a sobrevivência do povo gaúcho

A situação que os trabalhadores gaúchos estão passando era totalmente evitável.

Eventos climáticos são naturais, mas o tamanho da tragédia é determinado por decisões políticas.

Entra governo e sai governo e nossos impostos e o dinheiro público nunca são usados para melhorar a vida e o bem-estar do povo trabalhador. Enquanto isso, grandes empresas têm isenções de impostos milionários e ainda têm o poder de decidir para onde vai o nosso dinheiro.

Se o Estado servisse aos interesses dos trabalhadores e não dos milionários, mesmo com as fortes chuvas, as medidas preventivas teriam sido tomadas e não estaríamos aqui. Se a prioridade do Estado fosse a vida e dignidade dos trabalhadores e não o lucro, a paralisação dos serviços não essenciais já teria sido decretada. Porém, os trabalhadores são obrigados a bater ponto enquanto perdem tudo na tragédia.

Até este momento, o Estado mal pôde nos ajudar. Enquanto Eduardo Leite acha que basta colocar o colete da Defesa Civil e tirar foto para suas redes sociais, nossos vizinhos, colegas e familiares nos dão as mãos, nos ajudam, e nós ajudamos eles. Hoje, mais do que nunca, vemos que só o povo salva o povo.

Tragédias, mesmo que não deste tamanho, já aconteceram, e irão voltar a acontecer se o povo trabalhador não tomar a situação pelas rédeas e se unir para mudar isso.

Neste manifesto, queremos, enquanto trabalhadores, que todos nós possamos ter uma única luta: a luta pela vida e dignidade.

Para a melhora imediata da vida dos trabalhadores, exigimos:

  1. Paralisação dos serviços não essenciais!

São muitas e muitos trabalhadores que, mesmo com todo esse caos, têm que abandonar sua família e sua comunidade para o bem do lucro do patrão. Todo serviço que não seja essencial no momento (como shoppings, fábricas, imobiliárias, telemarketing) deve ser interrompido, e a renda de seus trabalhadores deve ser garantida pelo Estado e pelas grandes empresas que atuam no RS!

  1. Passe livre no transporte público!

Neste momento, todos precisamos ir de lá pra cá, ajudando quem podemos. Não é hora de termos que pagar para que possamos salvar vidas e ajudar quem precisa. Todos os transportes públicos devem ter passe livre!

  1. Distribuir imóveis vazios!

Muitas pessoas perderam tudo com as águas, inclusive seus tetos. Enquanto isso, muitos imóveis estão vazios, só pra gerar lucro pras imobiliárias e proprietários. Precisamos redistribuir e garantir que todo teto tenha uma família e toda família, um teto!

  1. Sem restrição para o orçamento público!

Hoje o dinheiro público só serve pros ricos. Nossas escolas, hospitais e estruturas de prevenção, como as barragens, são jogadas de lado. Precisamos cancelar toda política, como o Teto de Gastos estadual e o Regime de Recuperação Fiscal, que impede que o nosso dinheiro seja usado para nós mesmos. Além disso, o estado tem uma dívida fraudulenta com o Governo Federal, que suga os cofres públicos e deve ser permanentemente cancelada.

  1. Água, luz e comida!

O trabalho é bem feito quando é feito do povo para o povo. Colocar a CEEE e a CORSAN a serviço da população e garantir direitos e salários dignos para os seus trabalhadores acelera a normalização do abastecimento de luz e água para todos. Do mesmo modo, o preço da cesta básica deve ser o menor possível. Os serviços e bens essenciais tem que estar a serviço do povo, não do lucro!

  1. Auxílio emergencial para reconstruir a dignidade!

A reconstrução do estado não deve ser só da infraestrutura pública. Reconstruir o estado também é reconstruir as famílias que nele vivem. Não existe Rio Grande do Sul sem os trabalhadores gaúchos. Embora ainda não seja suficiente, todos os atingidos pelas águas devem ganhar, no mínimo, um auxílio mensal de um salário por pelo menos seis meses.

  1. Por um comando unificado das ações de solidariedade!

São milhares de louváveis iniciativas de solidariedade espalhadas por todo o estado que tem feito muito mais do que os governantes e empresas. Enquanto estes se escondem em seus gabinetes e mansões, o povo trabalhador está abrindo suas portas, recebendo os atingidos e dando o pouco que tem para ajudar. Este é o caminho certo. Só o povo salva o povo!

Vemos hoje várias informações confusas, contraditórias e atropeladas. Isso é um sintoma de que, por mais que estejamos no caminho certo, ainda estamos desunidos. A força do povo trabalhador está em sua unidade. Precisamos agir como um só. Para isso, precisamos reunir as várias iniciativas que salvam vidas numa coordenação única com um Comando Popular de Emergência.

Assine o manifesto: https://chng.it/tYVNg9Gjdt

Compartilhe esse manifesto, discuta ele com seus amigos, colegas, vizinhos, com todos. Concorde, assine e circule. Vamos juntos construir uma direção só para que não só voltemos à normalidade, mas construamos um Rio Grande do Sul ainda melhor!

Doe através da chave PIX: solidariedaderrrs@gmail.com