Manaus recebe Biden com manifestação contra o genocídio palestino
A manifestação se iniciou por volta das 9h do último domingo (17) e contou com apoiadores desde o início. O atual presidente dos Estados Unidos é responsável pelo financiamento bélico de Israel no genocídio palestino.
Por Redação
No último domingo (17), a Aliança pela Libertação da Palestina – Manaus (ALP) promoveu uma manifestação no Aeroporto Eduardo Gomes contra a visita de Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, responsável pelo financiamento bélico de Israel no genocídio palestino.
Segundo a Casa Branca, a visita de Joe Biden será focada em uma reunião com lideranças indígenas e pesquisadores locais para tratar a questão ambiental na Amazônia. No entanto, há desconfiança das lideranças populares sobre seus reais interesses, tendo em vista o extenso histórico de intervenções políticas e militares dos governos estadunidenses não apenas na América Latina, mas também em países como Vietnã e Afeganistão. Além disso, o valor anunciado por Biden para ser destinado à proteção da Amazônia equivale a apenas um único dia de envio de armas para o Estado colonialista de Israel.
A manifestação se iniciou por volta das 9h e contou com apoiadores desde o início. Entre eles, a liderança indígena Vanda Witoto e a liderança muçulmana Rita Al-Qamar, membra do corpo dirigente da ALP.
Em entrevista ao Imediato Online, Rita denuncia histórico genocida dos Estados Unidos:
“Os Estados Unidos têm o histórico de país que mais matou indígenas na história da humanidade e continua matando o povo palestino que é um povo originário, financiando seu cachorro Netanyahu (Primeiro-ministro de Israel) [...] Como Biden pode vir à Manaus falar em defesa dos povos originários e defesa da Amazônia?”
O ato político contou com outras falas em carro de som denunciando o genocídio palestino promovido por Israel e toda a atuação imperialista dos Estados Unidos, que nos últimos anos também financiou diretamente a Guerra da Ucrânia.
Uma das organizações presentes foi o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), que alertou sobre a segurança dos povos originários do Brasil:
“Estamos aqui por solidariedade [...] é inumano o que o Estado de Israel faz com a Palestina e é algo que pode ocorrer com nossos povos originários.”
Em seguida, Rita chama atenção dos trabalhadores e manifestantes presentes para a atuação sinoista do governador do Amazonas Wilson Lima (União Brasil):
“Wilson Lima está firmando acordo com o Estado genocida que contabiliza mais de 50 mil mortos na Palestina, sem falar dos últimos ataques ao Líbano. [...] Bebês e crianças morrem de fome em meio a cerco de Israel à Gaza. Restrições severas em relação à entrada de comida na Faixa de Gaza”.
Como foi informado em Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 407, a ocupação israelense cometeu 6 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 47 mártires e 139 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas. Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 43.846 e 103.740 feridos desde o 7 de outubro.
Nesta década, além de Israel, os Estados Unidos financiam diretamente o governo ucraniano nazifascista de Volodymyr Zelensky. Em setembro foi anunciado um novo pacote de US$8 bilhões de doação em assistência militar para “vencer a guerra” contra os militares russos.