'Luta de duas linhas para evitar o revisionismo e o oportunismo' (Contribuição anônima)
Para que esse partido possa sair do congresso sendo uma real arma proletária, nós temos que ser além de um partido comunista, temos que ser um partido anti-oportunista, anti-revisionista e profundamente democrático e aqui tentarei iniciar e desenvolver esse debate.
Contribuição anônima para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.
Saudações camaradas, me atrevo através desta tribuna iniciar uma discussão sobre nossa militância, membros dirigentes e obviamente nosso futuro partido. Nossa cisão aconteceu por conta de um comportamento antidemocrático, revisionista e oportunista do Comitê Central do PCB, e aqui é importante falar o porque eles cometeram esses “ismo”, foram antidemocráticos por não garantir direito de defesa aos camaradas expulsos no partido, foram revisionistas por querer reinterpretar o Marxismo-Leninismo de forma que beneficia os academicistas do CC, onde obviamente gerou o oportunismo nesses membros. Aqui eu quero levantar alguns pontos essenciais para que esse partido possa sair do congresso sendo uma real arma proletária, nós temos que ser além de um partido comunista, temos que ser um partido anti-oportunista, anti-revisionista e profundamente democrático e aqui tentarei iniciar e desenvolver esse debate.
Porque sermos anti-revisionista e anti-oportunista?
Bom, o revisionismo e o oportunismo é algum que acompanha o movimento comunista internacional e brasileiro a muito tempo, dentro do PCB o maior exemplo de revisionismo que pode se falar, é da compreensão etapista do partido, hoje mesmo que nós já tenhamos superado o etapismo, algumas ideias revisionistas ainda estão em nosso meio, como por exemplo a ideia de que a china ainda é um país socialista, se a gente for olhar o estado chines e o seu modo de produção, vamos perceber de que infelizmente a china não é mais uma nação socialista, lá o proletariado não controla o estado, mesmo que algumas características do socialismo ainda estejam presentes, como alguns conselhos nas cidades onde o governo chines ainda pede a opinião da população para certas decisões, mas ainda temos o modo de produção chines, onde não há mais uma participação do povo em questões como a extração da mais valia, e para onde vai esse capital, hoje a china tem o maior número de bilionários do planeta, é mais correto chamar a china de capitalista, mesmo que seja um capitalismo nacional com características populares, do que um socialismo de mercado por exemplo, esse tipo de revisionismo geralmente causa militantes oportunistas, onde por querer considerar a china um país socialista, acabam por não serem rigorosos com a teoria marxista, aqui quero deixar um adendo, não estou falando que devemos ser ortodoxos, mas de que certas coisas são indispensaveis para analizar uma experiencia socialista, eu por exemplo apontei pequenos pontos como o governo e o modo de produção, obviamente mais coisas devem ser debatidas sobre a china, mas esses são os pontos iniciais sobre esse assunto.
O que devemos fazer?
Temos diversas abordagens para resolver essas questões, mas aqui irei focar na luta de duas linhas, a luta de duas linhas é uma teoria desenvolvida pelo Mao Zedong, sendo uma das três varinhas mágicas para uma revolução, ela se baseia que um partido comunista existem direitistas e esquerdistas, essa tese pode ser comprovada em nosso movimento, por exemplo entre o PCB-CC e o PCB-RR, onde um é mais a direita e o outro mais a esquerda, mas não podemos nos deixar enganar e achar que dentro da RR só temos pessoas a esquerda, quando nós firmamos como um partido, teremos pessoas a direita e à esquerda, e devemos sempre lutar por uma linha justa, sem sermos esquerdistas e imediatistas demais e nem direitistas como o CC do PCB, para que esse tipo de luta exista, temos de recriar uma cultura revolucionária dentro da nossa organização, temos que nos educar para perdermos nossos antigos hábitos do PCB, já que nós não seremos só o PCB mais a esquerda, seremos também o antigo partido, mas com uma nova cara, com novas práticas revolucionárias e novas teorias. Por fim quero me desculpar de qualquer equívoco que possa ter nesse texto, e deixo claro que não estou falando para o nosso partido ser um partido maoista, estou falando que a luta de duas linhas é atualmente uma excelente arma para resolver nosso problema com o revisionismo e com o oportunismo.