Bolívia rompe relações diplomáticas com Israel
O embaixador da Bolívia para a ONU denunciou a postura falaciosa de Israel, mostrando que o país é claramente o agressor da situação e tenta se colocar na postura de vítima, afirmando que Israel é o poder agressor, ocupante e genocida.
No dia 31/10/23, o governo Boliviano se torna o primeiro Estado a romper relações diplomáticas com Israel, seguindo o exemplo de tensionamentos com o Estado sionista que o governo colombiano vem realizando há semanas. De acordo com oficiais do governo, o rompimento se realizou pelo repúdio e condenação “a ofensiva militar israelense, agressiva e desproporcional na Faixa de Gaza e a ameaça de paz e segurança internacionais".
O governo boliviano denunciou as violações ao direito internacional e ao direito internacional humanitário e reiteraram o apelo ao fim dos ataques à Faixa de Gaza, que já contabilizam milhares de mortos e milhões de deslocados. Além disso, exigiram o fim do bloqueio à região – não apenas territorial, mas também em termos de abastecimento - salientando o caráter criminoso das ações praticadas pelos sionistas contra o povo palestino.
Em coletiva de imprensa, María Nela Prada, ministra da presidência, informou: "Nosso presidente pediu uma solução definitiva e que a Palestina exerça seu direito à autodeterminação, ao seu território sem ocupações ilegais e a consolidar seu próprio Estado livre e independente no âmbito de suas fronteiras estabelecidas com Jerusalém Oriental como sua capital". Baseado nessa leitura da situação e nas violações do direito internacional e das resoluções da ONU, a Bolívia encaminhou para Israel o rompimento das relações diplomáticas. Além disso, foi informado que a Bolívia pretende enviar ajuda humanitária à Gaza.
O embaixador da Bolívia para a ONU denunciou a postura falaciosa de Israel, indicando que o país como ocasionador da guerra e não sua vítima. Declarou ainda que a ONU está em dívida com o povo palestino, que Israel se aproveita da ONU e que, desde sua fundação, ignora completamente as resoluções do órgão sobre a ocupação de terras palestinas. Por fim, defendeu que os responsáveis por esses crimes devem ser julgados pela justiça penal internacional e que a Bolívia estará ao lado do povo palestino.
Enquanto isso, no Brasil, o governo ainda encontra dificuldades em se posicionar de maneira mais firme sobre às agressões à Palestina. O presidente Lula tutibeia em suas declarações, expressando solidariedade aos palestinos em Gaza, mas, na grande maioria das vezes, sem apontar quem são seus algozes. Além disso, Lula faz coro com o discurso oficial do imperialismo, ao condenar a resistência palestina como ato terrorista e limitá-la a um único grupo político: o Hamas.
Cerca de 500 pessoas deixaram a Faixa de Gaza hoje, pela fronteira com o Egito, na cidade de Rafah, dentre eles, 32 brasileiros estão sendo repatriados. Dois grupos de brasileiros ainda permanecem nas cidades de Rafah e Khan Yunis, aguardando autorização para cruzar a fronteira entre quarta e sexta-feira.