'Dos motivos para a cisão' (B. Salvador)

Camaradas, nem sequer as tribunas de debate eram permanentemente abertas. Não há espaço para diálogo amplo dentro do PCB CC. Como organizaríamos a polêmica e as divergências internas se não podíamos levantar quais elas eram?

'Dos motivos para a cisão' (B. Salvador)
"Não nego os momentos de aprendizado, luta conjunta, camaradagem que me fizeram continuar na juventude, porém precisamos focar em nossas limitações enquanto organização para superá-las."

Por B. Salvador para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.

Escrevo esta tribuna para compartilhar as circunstâncias que causaram a minha cisão com o PCB e a UJC “tradicionais” para aderir ao Movimento pela Reconstrução Revolucionária conhecido como PCB-RR. As perspectivas coletivas dos demais camaradas do estado de Goiás eventualmente serão sistematizadas em nota após reunião de balanço, mas no momento escrevo para compartilhar a minha perspectiva individual na expectativa de que talvez chame algum dos camaradas que optaram por ficar ou se encontram indecisos à reflexão. Omitirei nomes pois não creio que sejam relevantes neste momento, a intenção não é criar personalismos ou críticas direcionadas à um militante ou outro, e sim, através dos meus 2 anos enquanto UJC, sistematizar aquilo que acredito que precisamos superar através do salto qualitativo que o PCB-RR propõe. Não nego os momentos de aprendizado, luta conjunta, camaradagem que me fizeram continuar na juventude, porém precisamos focar em nossas limitações enquanto organização para superá-las.

Me organizei na UJC em setembro de 2021 no contexto da pandemia e das investidas ferozes do facismo contra nossa classe e estive orgânica em meu núcleo desde então. Um núcleo pequeno, de interior, com 2 militantes em processo de mudança para um outro município, e eu recém chegada. O camarada que fez meu recrutamento sempre mostrou-se muito consequente e comprometido com a estratégia revolucionária e com o centralismo democrático. Durante toda minha atuação, esta foi a situação do núcleo, um perpétuo processo de reestruturação e necessidade de recrutamentos que eu atribuí a minha incompetência e inexperiência enquanto militante recém recrutada, e a noção de que “a luta é assim mesmo”, temos os “fluxos e refluxos do movimento estudantil”. O núcleo nunca conseguiu ultrapassar 4 pessoas, e geralmente, uma estava afastada e outra havia acabado de ser recrutada. Mas via de regra, éramos 3.

No início, era sangue nos olhos e deslumbramento com a ideia de camaradagem, a ideia de não estar sozinha numa luta por uma causa que me era muito cara, a da revolução brasileira. O camarada que me recrutou e passou as primeiras formações, inicialmente muito presente suprindo o papel de uma assistência intermitente e frequentemente inorgânica - que passava dias sem responder mensagens ou que nos fazia mudar data de reuniões para na hora da mesma, nem sequer comparecer - subitamente sumiu sem explicação. Então o núcleo em perpétua renovação de seus militantes tentava estruturar sozinho uma atuação em sua base local, que era o movimento estudantil da universidade federal do município. Movimento esse inserido num corpo discente tomado por ideais social-democratas, conciliadores, burocratistas e com uma importante ala à direita apaixonada com a ideia de empreendedorismo e soluções individuais para problemas coletivos, num município com cerca de 70% dos votos ao genocida da presidência. Um desafio imposto pela realidade local e pela conjuntura política do momento.

As nossas interações com a CE eram limitadas à circulares que chegavam geralmente a menos de uma semana antes de algum evento, solicitando repasses de finanças em montantes iguais aos dos demais núcleos do estado, mesmo tendo menos militantes. O custeio inicial de nossas viagens saiu da CE, porém depois de 2 ou 3 viagens, passou a sair integralmente do núcleo. Em um dos eventos, nosso núcleo, apesar de pequeno, foi o único que conseguiu enviar o montante total solicitado (600 reais) arrecadado às pressas numa atividade de rifa, esvaziando totalmente as finanças do núcleo em prol de custear as atividades na capital. Mesmo quando havia uma arrecadação maior, essa não era vista na prática, na melhora do jornal, no envio do mesmo ao interior. As únicas vezes que tivemos um jornal para vender foi quando nós viajamos para a capital para buscar o jornal, e isso frequentemente ocorria com atrasos de meses.

Nos eventos na capital, conseguíamos compartilhar do convívio com os camaradas e aprender, mas também de forma limitada. A ideia de disciplina revolucionária estava presente, mas quando confrontada na prática, víamos uma divisão de tarefas que frequentemente era descumprida, que repetia a lógica sexista de sempre atribuir as tarefas de cozinha às militantes mulheres, sem alimentação com opções veganas (tínhamos uma militante com essa restrição alimentar no núcleo), militantes que chegavam atrasados para os debates e atividades (impactando no horário do término das mesmas, o que nos afetava pois precisávamos viajar de volta para nosso município), disputas para ver quem dormiria na sede (considerando que haviam outros camaradas do interior, enquanto muitos dos militantes tinham residência na mesma capital e poderiam retornar para suas casas), enfim, disciplina teórica apenas.

Solicitamos que fossem passadas formações de caráter teórico e prático, visto que nenhum de nós tinha experiência prévia com a militância. As formações sempre estavam pra descer, mas nunca desciam. A orientação era a formação individual do militante e aguardar. Quando o núcleo optou por realizar uma política interna de formação, que posteriormente seria aberta para aproximados buscando contato com o marxismo-leninismo, fomos orientados a NÃO realizar atividades coletivas de formação, internas ou abertas, principalmente se não houvesse presença da assistência (que nunca estava presente, como já dito), para não incorrermos em desvios nas nossas interpretações dos textos marxistas.

Começamos a construir nossa militância na nossa área de atuação, encabeçando 2 (se não mais, honestamente, não vou lembrar de todos, mas vários eram menores) dos principais movimentos recentes da universidade, a saber: pela reestruturação dos campos de estágio da psicologia e pelo transporte intercampi, além de várias outras mediações menores. Ficamos conhecidos tanto entre alunos quanto em instâncias administrativas. Participamos das atividades da campanha eleitoral, tanto no primeiro quanto no segundo turno. Nesse período, com o afastamento de um dos nossos militantes e o enfraquecimento da nossa atuação, solicitamos ajuda da CE (através de 2 emails e mensagens a vários camaradas da instância), que inclusive enviou uma militante ao município para cumprir tarefa eleitoral e nos prestar essa assistência. A mesma apenas prometeu conversar conosco, mas embarcou de volta para a capital assim que as atividades eleitorais cessaram. Nossas questões permaneceram não ouvidas.

Durante o mesmo período eleitoral, apenas em 2 militantes orgânicas - uma delas em fase de elaboração de TCC - e um militante afastado, fomos orientadas a reestruturar um cursinho popular que era uma atividade antiga da UJC e que foi descontinuada devido a pandemia. Quando questionamos quanto às nossas condições materiais de nos envolvermos em tal tarefa, fomos, delicada e sutilmente indagadas quanto ao nosso comprometimento. Buscamos recrutamentos, conseguimos mais um aproximado que logo se tornou militante, Desempenhei grande parte da tarefa do cursinho praticamente sozinha, sem nenhuma formação sobre educação popular além do que eu mesma busquei, panfletando com minha camarada e o nosso então aproximado. Aos trancos e barrancos, o cursinho retomou atividades, precariamente. Não consegui trazer de fato o caráter de classe do cursinho nas nossas atividades práticas, pois mal sabia como orientar um grupo de universitários sem experiência de sala de aula para tocar um cursinho popular.

Fim do semestre, as atividades do cursinho foram paradas, pois os professores retornaram aos seus municípios de origem para as férias. Eu passei a frequentar exclusivamente o meu ambiente de estágio. Estávamos cansados, em vias de formar, nosso recém-recrutado sem nunca ter visto uma formação ou ido à alguma atividade na sede, desmotivados, sem finanças (cada passagem para a capital na época chegava a 200 reais, de ônibus).

Retornei a militar pois fui contactada em meu local de estágio por uma discente que fazia um PET ali e que tinha ouvido falar de mim e da UJC. Ela queria ajuda para reconstruir o DCE da universidade (DCE esse que havia sido construído por uma chapa mista da UJC com o militante que me recrutou e outros independentes, e que foi destruído pela desmobilização coletiva imposta pela pandemia e pelo ensino remoto, que ceifou também vários CAs da universidade). Levei à proposta ao núcleo, já fatigados, e apesar da avaliação de que talvez não conseguíssemos dar a linha devido às condições materiais (falta de tempo, de militantes, não estarmos mais frequentando o ambiente universitário, apenas nossos estágios), decidimos investir, fortemente orientados pela nossa dirigente do partido, membro do Comitê Central.

Nessa época, inclusive, eu e a minha camarada de núcleo também subimos para o partido, visto que nem a célula mantinha-se orgânica e na prática era composta apenas pela nossa dirigente. Isso agravou e muito a situação, pois agora nossa atuação era muito mais controlada, a manipulação sempre sutil porém muito mais próxima, e em nome do centralismo democrático e da disciplina revolucionária, tínhamos que cumprir. Nunca sequer vieram orientações sobre qual era a diferença de ser do partido e da juventude, um texto pra ler, só tarefas e tarefas se somando (lembrando que o cursinho ainda estava em atividade bem como outras mobilizações menores). Nessa tentativa de reconstruir o DCE, o nosso novo assistente nos orientou a realizar um Congresso Estudantil, instância máxima prevista no estatuto do DCE, para tentar ampliar a mobilização e esquentar as coisas no ME.

O sonho estava lindo no papel, organizamos uma comissão de independentes, dentre eles 2 aproximações, elaboramos cronograma e escolhemos uma data, dividimos GTs e começamos a tocar as tarefas, até que, por orientação do MESMO assistente que nos estimulou à realizar o congresso, nos orientou à suspender os trabalhos para elencarmos um comitê de delegados para o CONUNE. Completamente inviável, estávamos no meio de um trabalho imenso com nossa base, na estruturação de um congresso estudantil, ação central para a reestruturação do ME como um todo. No fim, com pressão de todos os lados, acabamos não indo pro CONUNE porque não tínhamos mais finanças para custear nosso transporte, mas essas hesitações e interrupções nos custaram o Congresso, a credibilidade com a nossa base e o pequeno embrião de um núcleo duro para um DCE ou para um núcleo do MUP.

Camaradas, muito mais coisa aconteceu porém como vocês podem ver, é uma história longa e que mostra incontáveis falhas organizativas, de forma tão frequente e tão explícita, que só podem ser chamadas de sabotagem. Sequer podemos chamar de falhas organizativas, foi uma política deliberada de desorganização da militância. Observem: orientações contraditórias vindas das instâncias superiores, abandono da militância sem assistência, negação e contraindicação de atividades de formação (!!!), sabotagem de construções orgânicas com a nossa base, esvaziamento sistemático das finanças do núcleo, orientações expressas para que não entrássemos em contato com nosso camarada que mudou de núcleo, tarefismo incessante apesar das nossas reiteradas avaliações de que certos esforços não gerariam saldo político positivo, esgotamento dos militantes, subordinação da estratégia à tática (se é que havia de fato uma tática ou estratégia que não a desorganização da juventude enquanto objetivo final), ausência de disciplina revolucionária, piora do quadro geral quando subimos para o partido, manipulações disfarçadas de preocupação com a luta porém que só estimulavam a política de quebra de militantes.

O núcleo mal conseguia manter o secretariado funcionante sob toda a sobrecarga. Com cerca de 1 ano, às vezes menos, um militante simplesmente sumia e não respondia mais os contatos, só se desligava sem mais nem menos, exausto com o acúmulo de tarefas que se sobrepunha a vida pessoal. Todas as nossas questões eram desconsideradas. Obedecemos em nome do centralismo democrático, que hoje vejo que era apenas um autoritarismo escrachado que visava isolar os militantes dos outros núcleos do estado, manter os núcleos como uma mera linha de execução de tarefas, sem objetivo de nos formar enquanto dirigentes, sem profissionalização das atividades, sugando todas as finanças do núcleo e as nossa forças para lutar. Recebi cobranças para participar de reuniões para redivisão de secretarias da célula na mesma semana do suicídio de minha colega de classe.

Camaradas, nem sequer as tribunas de debate eram permanentemente abertas. Não há espaço para diálogo amplo dentro do PCB CC. Como organizaríamos a polêmica e as divergências internas se não podíamos levantar quais elas eram?

Não fui expulsa formalmente no processo de expurgo, mas quando ocorreu a escrita da nota de repúdio à RR do estado, sequer fomos consultadas enquanto núcleo e enquanto célula. Qual base foi consultada se essa não nos incluía? Por termos quebrado, de repente éramos invisíveis. Me digam, camaradas, que leninismo é esse? Onde está o centralismo democrático? Onde está a estratégia revolucionária? As tentativas de profissionalização da militância? Estávamos em atuação direta com uma militante do Comitê Central e não questionamos por muito tempo, então como não podiam nos acusar de “fracionistas” ou “liquidacionistas”, simplesmente fomos apagadas da história recente do PCB e da UJC no estado e no município. Não era o suficiente apenas tocar tarefas, e sim, a obediência cega e não questionadora. A política de silêncio e isolamento é ensurdecedora. O antileninismo é evidente, bem como o giro à direita do comitê central. Poucos foram os momentos em que não pensei “se eu não estivesse agindo pelo centralismo, provavelmente teria dado certo” e só agora me dou conta de que não havia centralismo nenhum, apenas autoritarismo.

A única resposta que tivemos de nossa dirigente foi a nota pronta do CC. As respostas que eu tinha eram por lives do Youtube, ao invés dos mecanismos internos do meu próprio partido. E fizemos críticas internas, pedimos ajuda múltiplas vezes, mas essa ajuda nunca veio e o motivo era deliberado. Ficamos anos rodando no mesmo lugar sem avanços concretos, atuando estrita e diretamente sob a supervisão do CC na forma de nossa dirigente. E só na RR tivemos resposta para nossas angústias, só na RR pudemos perceber que essa desorganização, a artesanalidade dos métodos, a fragilidade da organização são apenas um projeto de um feudo, uma área de influência partidária onde poucos comandam.

De fato, há um liquidacionismo dentro do nosso partido, camaradas. Ele vem do Comitê Central que promove expurgos autoritários e política de silêncio, que não nos permite avançar, trocar entre os núcleos, profissionalizar nossas finanças, nossa agitação e propaganda, que não é capaz de sequer fazer circular um jornal entre nós. Uma fração direitista, academicista, antirevolucionária, antileninista, sem compromisso com o futuro da classe trabalhadora. Precisamos do XVII Congresso Extraordinário para sistematizarmos nossas falhas organizativas, denunciarmos esses verdadeiros infiltrados na nossa organização e retomarmos o PCB para o seu potencial de servir à classe trabalhadora e atuar como vanguarda rumo à revolução brasileira.

Camaradas, abandonemos as correntes que nos prendem aos velhos métodos. Nossa classe tem pressa, o colapso do planeta é iminente, nosso povo é atacado dia após dia com políticas neoliberais disfarçadas de conciliatórias que continuam a agenda facista da burguesia. Não temos um dia sequer a perder cumprindo ordens sem sentido de uma estrutura engessada que não nos conduzirá para a emancipação da nossa classe. Precisamos de uma organização dinâmica, capilarizada entre os trabalhadores, utilizando de todos os meios de mídia possíveis como nossas armas, com ampla comunicação e debate internos (tanto entre instâncias quanto entre entidades de base, para jamais promover isolamento deliberado dos militantes), com formação sistemática, com amplo direito de defesa, com crítica interna sendo de fato considerada e gerando resultados políticos concretos, com profissionalização de nossas finanças, cotização progressiva, política de assistência presente e atuante, com disciplina revolucionária real, superando o sexismo e o racismo em nossas fileiras (em especial em nossos dirigentes), sem abandono da militância para a quebra, com método e análise das condições materiais da localidade, não empreendendo em iniciativas vãs por mero tarefismo, e sim, direcionando nossos esforços visando um objetivo estratégico, sem conciliação com políticas social-democratas.

Criemos inclusive uma política real de reuniões eficientes, com método, com pausas programadas a cada determinado intervalo de tempo (45 min, 1h), com limite de pautas por reunião, com mais autonomia nas bases para tomar decisões rápidas quanto a conjuntura local, respeitando obviamente nossa estratégia central e sem prostituir nossos princípios em nomes de mediações táticas espúrias. Estamos vindo feridos de uma organização e precisamos que em nossas fileiras esses pontos sejam de fato tratados, e não vistos como uma consequência da enormidade das tarefas. Este é um vício que carregamos ainda da nossa antiga organização e que precisa ser superado com urgência e método. Não é mera política secundária de amenizar sofrimentos. É algo que observei na última plenária nacional e que levarei também para balanço interno. Não é normal que nossos militantes sintam-se tomados pela urgência de fumar devido às ansiedades que as reuniões longas causam (e longe de fazer um debate moralista sobre o uso de substâncias), é prova de que ainda não superamos essa cultura tarefista e que favorece a quebra. Perguntem-se: um trabalhador ou trabalhadora, periféricos, com famílias, conseguiriam dispor do seu tempo de descanso (se é que seria de descanso, e não de trabalho doméstico e de cuidado não remunerado) para participar de nossas fileiras? São poucos, e às custas de muito sacrifício pessoal. Se falhamos em promover um giro operário, não serão nossos métodos organizativos parte do problema? Se falhamos em manter nossos militantes sãos e em condições de continuar lutando em médio e longo prazo, não é também culpa de uma falha organizativa, de divisão de tarefas e de sistematização dos debates internos? Num planeta que agoniza, não podemos esperar a próxima geração tocar a revolução, não há tempo. Se nós quebrarmos, sabotamos nossos próprios esforços.

Precisamos fugir do debate da forma pela forma (no caso, a forma do partido) ou do método pelo método (os métodos estatutários burocratizantes do CC) e subordinar tais pautas à análise política da realidade e ao nosso objetivo estratégico central. Aos que ficam, me pergunto: será que as críticas apontadas aqui e em outras tribunas, manifestos e afins não são válidas? Não são denúncias graves o bastante para apontar o caráter irreconciliável da cisão? Como se dará uma saída alternativa que não passe pela reconstrução revolucionária e o retorno aos métodos leninistas de organização e atuação? Como será feita agitação e propaganda marxista numa organização que se recusa a se atualizar com o passar dos anos, que não evoluiu seus métodos editoriais e de distribuição do jornal até hoje através de autocrítica e balanços sistemáticos? Como cobrar adesão às políticas que foram estabelecidas em congresso quando os nossos dirigentes se recusam, por motivos pessoais, a executar a cotização progressiva? Como avançar o discurso comunista dentro da classe trabalhadora se nosso próprio partido se recusa a construir uma oposição de esquerda e denunciar as contradições e limitações do governo atual? Não precisamos continuar dando murro em ponta de faca por preciosismo e apego à uma legenda.

É meu desejo e de outros camaradas que nos reencontremos (PCB CC e PCB RR) nas mesmas fileiras após um aprofundamento à esquerda, não num liquidacionismo evidente de uma agenda descolada das necessidades da nossa classe, burocrática e tarefista, conciliadora e apática. Avançar é necessário.

Precisamos da reconstrução revolucionária do PCB.


B. Salvador - ex-núcleo/célula Jataí, atualmente membro do PCB-RR/GO