'Desfazendo o mal-estar: Educação Revolucionária para além do achismo' (Douglas Santos e João Lucas Leite)

São quase um ano de luta interna no Coletivo pela adesão ao Partido, da defesa mais enérgica e honesta que travamos da construção do Partido, são também um ano de tentativa de aderir e construir a unidade, não romper a unidade.

'Desfazendo o mal-estar: Educação Revolucionária para além do achismo' (Douglas Santos e João Lucas Leite)

Por Douglas Santos e João Lucas Leite para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.

Sumário:

O Mal-estar 2

A ala anti-partido e suas articulações para impedir a adesão 7

A) A criação do Conselho Editorial Provisório (CEP) 8

B) O descontentamento 9

*** 15

C) Os Processos Disciplinares [por Douglas] 16

D) Balanço e Conclusão da Comissão do PD de Silco e Andassol 26

Balanço: 26

Conclusão: 28

E) A derrota [por Douglas] 29

F) O individualismo [por Douglas] 30

G) O ‘tudo ou nada’ [Por Douglas] 31

H) A saída [Por Douglas] 33

Minha militância no Antigo PCB à Reconstrução Revolucionária [por Douglas] 35

Minha militância no Educação Revolucionária[ Por Douglas] 38

O Educação Revolucionária não é inimigo de nosso Partido 43

Notas: 44


O mal-estar 

Que há um mal-estar gerado pela publicação das tribunas de Silco (ex-militante do Coletivo), Lia Machado(SJC) e Lucas Pacheco(SJC) está óbvio, mas é possível notar que este mal-estar está sendo reproduzido e escalando para a irracionalidade oportunista, mesmo que essas tribunas não dizem respeito ao Coletivo. Os camaradas do Coletivo acreditavam que ele seria desfeito a partir da carta de adesão, onde deixamos com todas as letras à nossa disposição em sermos centralizados pelo congresso, pelo comitê central eleito, e portanto pelo Partido. 

Alguns camaradas não só permaneceram com o mal-estar, como reforçam com o puro suco do achismo, especulações sem sentido causadas pela falta de comunicação entre o Coletivo e o Partido. Esqueceram também do significado de camaradagem, que está é uma relação que perpetuamos, e passaram a debochar e desrespeitar o Coletivo. Avaliamos então que o correto seria tentar novamente estabelecer uma comunicação com os camaradas do Partido na segunda tentativa de desfazer esse mal-estar.

São quase um ano de luta interna no Coletivo pela adesão ao Partido, da defesa mais enérgica e honesta que travamos da construção do Partido, são também um ano de tentativa de aderir e construir a unidade, não romper a unidade — e mesmo assim 3 tribunas publicadas em nosso fórum da comunidade neste janeiro foram suficiente para que alguns camaradas publicamente, baseados na presunção e puro achismo de que nossa linha é a linha daquelas tribunas, nos colocassem como inimigos do Partido e passassem a agir de maneira debochada e desrespeitosa para com o Coletivo. Questiono honestamente esses camaradas, seria justo culpar o EDC, nosso OC, por uma péssima tribuna publicada na plataforma? Essas tribunas dizem respeito a linha editorial do EDC? Não é justamente esse ataque desonesto que estamos passando por pelegos do antigo PCB?

Se os próprios camaradas dizem respeitar a polêmica pública como posição de princípio (!!!) e — como disse o camarada Gabriel Xavier  — reconhecem que a base tem profunda desconfiança com o OC pela negação de algumas tribunas francamente críticas, mas que não quebram a unidade de ação, porque é que nosso fórum deveria agora passar a censurar tribunas que não ferem a unidade de ação mas que foram negadas pelo OC? (1) Como esses camaradas podem dizer que são contra a censura de tribunas que não ferem a unidade de ação na tribuna do Partido, mas quando foram publicadas em nosso site demonstraram o maior desprezo por sua publicação? 

Camaradas, isso não é justo e nem coerente. Não é justo culpar o Coletivo pela imundície da Tribuna do Silco, tanto por não ser justo culpar um editorial todo por uma tribuna alheia, mas principalmente porque foi aberta com uma nota editorial na própria tribuna do Silco deixando com clareza a nítida separação com o Coletivo:

“o camarada…[Silco] trouxe ao coletivo a questão dos delegados natos e sua tribuna que, segundo ele, parece estar passando por um processo de boicote em sua publicação devido à gravidade das denúncias. Assim, foi apresentado o texto e debatida a possibilidade de dispor das plataformas do coletivo para a publicação e divulgação da tribuna do camarada, proposta que foi aprovada coletivamente.” 

E não é coerente reproduzir um mal-estar contra o Coletivo por ter defendido a própria posição de princípio que vocês dizem respeitar. Alguns podem dizer: “Mas por terem sido publicadas no ER nos pareceu que vocês tinham interesse oportunista por trás”,. É justo para os desavisados considerar essa possibilidade, mas questiono, é justo tomar essa impressão como a verdade mesmo sabendo que o Coletivo se colocou na defesa da Reconstrução Revolucionária desde o processo de cisão? Será que essas tribunas que não representam a posição do Coletivo valem mais que termos decidido coletivamente pela adesão e desde a cisão estarmos agitando em prol da construção do Partido, inclusive com posters no site divulgações em nossa comunidade? Mesmo depois de termos resolvido abdicar de tudo que construímos enquanto Coletivo para entregar nossos esforços e acúmulos a algo maior, a construção do Partido? Mesmo depois da carta do Coletivo colocar o acordo com a Centralização Coletiva por parte do Partido e do Comitê Central eleito? Mesmo que não existam evidências para considerar oportunismo sem entrar nas incoerências mencionadas acima? 

Camaradas, como a publicação de três tribunas que, repetimos, NÃO representam a posição do coletivo podem valer mais do que todo nosso esforço em propagandear e compor o Partido, camaradas? Todos os recrutamentos que arrumamos e sempre direcionamos para o Partido? Afinal, se o problema está mesmo nas tribunas publicadas, então esses camaradas podem definitivamente abaixar a bandeira da defesa da polêmica pública e defenderem essa posição direitista no Congresso!

Exemplo disso é o próprio camarada que vos fala: foi minha militância no Educação Revolucionária, a formação que aqui tive, os debates que aqui participei, que me convenceram das teses anti-etapistas e em favor da polêmica pública enquanto princípio leninista que me fizeram abandonar o PCR e aderir a Reconstrução Revolucionária. [João Lucas] 

Aí volta-se mais uma acusação oportunista: “Ah, mas se querem aderir ao partido, por que vocês têm uma Tribuna de Debates própria? Querem dualizar com o EDC?” Essa acusação, camaradas, é fruto de ignorância para com o Educação Revolucionária ou é simples e objetivamente oportunismo. Primeiro, é importante pontuar que a “tribuna de debates”(2 - ponto importante) existe desde muito antes do racha no PCB sequer acontecer. Nossa tribuna existe a cerca de 2 anos e é mais antiga que a tribuna do Em Defesa do Comunismo, para além da questão do tempo, desde seu surgimento teve um objetivo completamente diferente da tribuna do EDC, esta que se propõe a organizar a polêmica e os debates a respeito do XVII Congresso. 

O Fórum da Comunidade surgiu como um organizador de textos escritos por camaradas sobre a teoria revolucionária, que se propunha a ser uma espécie de biblioteca e divulgador de textos produzidos por camaradas contemporâneos a nós(3). O objetivo do Fórum do ER não é dualizar com o EDC (apesar da tentativa de ser utilizado tal por conta de furos intencionais no seu funcionamento que serão abordados no próximo capítulo). As tribunas foram publicadas pois não existia qualquer impedimento formal para que o fosse feito.  Vale sempre lembrar que as tribunas não representam a posição do Coletivo!!! Assim como se algum camarada enviasse um texto defendendo a tese da Revolução Permanente, aquela não representaria a nossa posição, pois é, justamente, uma tribuna, e não uma nota do Coletivo.

Camaradas, estamos trazendo contribuições sérias e importantes para o desenvolvimento do Partido, especificamente para o desenvolvimento da Escola, nós não se colocamos como A ESCOLA, mas como um INSTRUMENTO para ser submetido ao Congresso e ao Comité Central eleito da maneira em que a maioria decidir para contribuir nesse processo. Se colocamos a debater fortemente como podemos melhor contribuir, não para dar as condições de nossa entrada enquanto Coletivo (4), mas para produzir algum acúmulo para ser usado pelo Congresso.

Não basta apenas dizer ter boas intenções, o ER já demonstrou ter boas intenções desde o início do racha, como já bem apontado a Nota do Coletivo em apoio a Reconstrução Revolucionária, quanto a posições de camaradas integrantes do ER, como o camarada João Lucas, que publicou uma tribuna via ER em defesa da Reconstrução Revolucionária e contra o pessimismo levantado pela análise mecanicista antidireções que vinham se alastrando após as tribunas do Camarada Silco e dos camaradas de SJC. O Educação Revolucionária possui em seu interior militantes da Reconstrução Revolucionária e camaradas que, apesar de não estarem organizados ainda no partido, são convencidos da Reconstrução Revolucionária e estão dispostos a construir o partido. O Educação Revolucionária mantém em seu interior camaradas comprometidos e dispostos com a Revolução Brasileira, que desprendem muito de seu tempo para construir o coletivo e o partido sempre com a perspectiva de integrar todos os nossos acúmulos a estrutura partidária.

A ala anti-partido e suas articulações para impedir a adesão

Desde que a tribuna do Camarada Silco sobre os delegados natos foi publicada e o Camarada Andassol (ambos ex-militantes da RR e do ER) teve acesso a tese da Hegemonia Pequeno-burguesa dentro do Partido, e por terem contato com perspectivas pessimistas de outros camaradas sobre o Partido e essa hegemonia, ambos transformaram o seu descontentamento no maior pessimismo irracional, quase que pessoal, com a única organização comunista que hoje caminha para se tornar um Partido Comunista Proletário e independente. Com esse pessimismo,  dirigiram-se para o “tudo-ou-nada” em suas militâncias, se inclinaram totalmente ao extremo.

Com isso formaram uma ala que vai tentar se articular a revelia do centralismo democrático para impedir a adesão por meio da criação de um mal-estar proposital entre o ER e o EDC, especificamente, em propor a tribuna do ER como uma oposição face ao EDC, inclusive, ponto defendido em todas as palavras por eles.  A posição foi derrotada na reunião geral de Janeiro, onde o Coletivo decidiu por aderir a Reconstrução Revolucionária novamente (já que voltamos para esse debate), tendo os militantes do Coletivo em unanimidade combatido as perspectivas pessimistas pregadas pelos camaradas a respeito da adesão ao Partido, pregando o entusiasmo na construção do partido.

Desta forma, depois de saídos do Coletivo, e agora com a publicação da Carta de Adesão a RR, a chamada “ala anti-partido” agora emprega seus esforços em difamar o ER e a RR via Twitter e boicotar a adesão. Não satisfeitos em quebrar com o Centralismo Democrático do Coletivo diversas vezes e terem realizado toda a birra para dificultar a adesão, agora estão se esforçando em boicotar a adesão do lado de fora com mentiras já conhecidas aqui dentro.

Então, como partiram da difamação pública a partir de mentiras, é justo também publicizar sua prática anti-partido dentro do Coletivo, que os levou, no total, à sua saída. Vamos desenvolver o que houve de fato.

A criação do Conselho Editorial Provisório (CEP)

Depois da publicação da tribuna do camarada João Lucas sobre sua saída do PCR e a defesa da adesão a RR, e com o recente contato da camarada Lia Machado ao Coletivo para publicar sua tribuna, enviei a proposta de retomar as atividades do fórum da comunidade para o Conselho, propondo a formação de um conselho editorial provisório, era uma necessidade política. Acontece que estávamos e estamos a meses passando por um processo de autocrítica face a nossa divisão do trabalho, com isso, todas as vezes que uma tarefa exterior aparecia, era normalmente depositada no camarada Douglas.

Assim foi criado o CEP, e com o apoio do camarada Silco, convidamos o camarada Andassol — que era militante do partido — a integrar o coletivo para fazer parte desse Conselho. Aos poucos, com o profundo apoio de Silco, o CEP se constituiu enquanto um organismo dentro do Coletivo que tinha uma autonomia própria, utilizando de brechas para justificarem a publicação de tribunas que quebravam a unidade de ação com o Partido e a unidade de ação definida em reunião geral pela adesão, o CEP se tornou um instrumento perfeito para o florescimento da ala anti-partido que tentou utilizar do espaço do Fórum da Comunidade para construir uma dualidade contra o EDC como última tentativa para impedir a adesão, como se o ER fosse uma espécie de antro das “tribunas renegadas do EDC”, enquanto que a própria definição da tribuna em si nega isto.

B) O descontentamento

Como estávamos dizendo, já fora criado um pessimismo por parte desta ala quanto ao próprio Partido, mas o pessimismo em si não é um problema, o problema é quando você desrespeita a decisão coletiva para tentar impor seu pessimismo, que é também seu interesse pessoal. A exposição dessa posição dos camaradas é importante, pois ela se tornou posição de princípio, e é a partir deste ponto que conseguimos entender a prática desses camaradas e até onde ela poderia convergir com a posição tirada em reunião geral pelo Coletivo. 

Uma posição de princípio refere-se ao que realmente acreditamos, o que genuinamente habita nossa consciência e que guia nossa prática. Por exemplo, um militante marxista-leninista, que tem esta ciência como princípio guia, está profundamente convencido que sua militância tem de ser Partidária, e se não estiver sendo, caminhará para ser. 

É por esse princípio que o militante não sai do partido quando perde uma disputa política ou tem desacordo com uma posição da direção, mas vai a disputa a partir do convencimento político, sem imposição ou birra. É por esse motivo que o militante trabalha para a construção do partido, que aceita receber todas as críticas de onde quer que venha, para se tornar um melhor militante.

Assim, por mais que o camarada Silco afirme não ter votado ou ter se manifestado objetivamente contra a adesão à Reconstrução Revolucionária (afinal, nem ele nem o Andassol, e nem o Cauã ficaram até o final da reunião geral para a votação, pois viram que o coletivo já estava firme numa posição), podemos verificar pela sua prática que sua consciência, sua posição de princípio — Assim como a dos camaradas Andassol e Cauan(5) — era necessariamente pela não adesão e pela construção de uma dualidade, uma oposição ao EDC que julgam ser uma “máquina de censura”.

Cada um ali tem seus motivos para terem essas posições, questões emocionais com o partido, análises mecânicas, desvios pequenos-burgueses, desgastes, concepções ideológicas etc. Mas, o ponto é que a posição tirada em reunião do coletivo de defender o Partido, de reconhecer na reconstrução revolucionária esse partido e buscar aderir a ela fere fortemente o princípio desses camaradas. Eles defendem publicamente suas posições contra o Partido e a adesão por suas práticas, eles expõem abertamente que não são Partido. 

Mas o que é ser Partido? Vejamos:

“Mas nós, repito, somos um Partido. O nosso caso esclarece-se da seguinte maneira: Nós, que lutamos na Guiné e Cabo Verde contra o colonialismo português, somos todos um movimento de libertação nacional, toda a gente é “Partido”. Mas só entra de fato no Partido aquele que de verdade tem uma só ideia, um pensamento, que só quer uma coisa, e tem que ter um dado tipo de comportamento na sua vida privada e na sua vida social. Que ideia, que coisa, que comportamento? O nosso Partido é formado só por aquela gente que quer de fato o programa do nosso Partido.

[...]

Hoje mesmo é que querem gozar de roupa bonita, dinheiro no bolso, mandar com todo o abuso, fazer dos camaradas seus criados, além de outros abusos. Isso é candidatura para sair do Partido e há muitos que se não saem hoje saem amanhã, por mais trabalho que tenham feito, por mais ajuda que tenham dado. Ou arrebentam com o Partido, ou saem

A melhor maneira é corrigirem-se, corrigirem-se depressa, porem-se na linha como deve ser: e nós temos feito todo o esforço para pôr os camaradas na linha para não terem de sair do Partido amanhã.

Alguns já ficaram pelo caminho porque foi impossível corrigirem-se e, como a nossa condição é muito triste, se alguém não se emenda, vira contra, vira traidor. Temos que combater isso passo a passo, com todo o cuidado necessário, para darmos a cada um a maior oportunidade possível de ser do Partido, mas também não podemos permitir que nos enganem, que finjam que são do Partido, quando não são nada do Partido.” — Amílcar Cabral, Nem toda a gente é do Partido

Ser Partido, ser militante comunista marxista-leninista quer dizer respeitar a decisão da maioria, respeitar o centralismo democrático e nunca reivindicar uma quebra do centralismo enquanto houver democracia. Entender que autocriticar-se é necessário para ser um bom militante, entender que toda crítica, de onde quer que venha, deve ser avaliada, acatada ou não, considerada. 

Nós que somos Partido só somos porque nele acreditamos e respeitamos, porque nos esforçamos todos os dias para construir uma organização ainda melhor,  ainda mais capaz de se autocriticar e se reconstruir para o bom caminho. Nisto consiste ser Partido, é por isso que nós somos Partido, é por isso que defendemos a adesão. 

Mas… o que não é ser Partido?

Quando o camarada Silco escolheu não tratar o Douglas como Camarada em sua tribuna-resposta por conta das críticas feitas a sua postura, fazendo questão de mencionar todos como camaradas, menos ele, isto não é ser Partido, isto não é ser marxista-leninista, em verdade só escancara sua mesquinhez individualista. Por que? Porque ser Partido, ser marxista-leninista significa tratar qualquer membro da organização que também é Partido como camarada mesmo que tenha recebido uma crítica, nunca abandonar a camaradagem e entendê-la como sua própria moral.

“Criticar um camarada não quer dizer pôr-se contra o camarada, fazer um sacrifício em que o camarada é a vítima: é mostrar-lhe que estamos todos interessados no seu trabalho, que somos um e um só corpo, que os erros dele prejudicam a nós todos e que estamos vigilantes, como amigos e camaradas, para ajudá-lo a vencer as suas deficiências e a contribuir cada vez mais para que o Partido seja cada vez melhor.” — Amílcar Cabral: "Centralismo Democrático, Crítica e Autocrítica" 

“Para eu voltar para o PCB-RR, ele tem que mudar muito” (sic) 

Esta é a terrível afirmação do camarada Silco sobre o Partido, isto não é ser Partido, isto não é ser marxista-leninista, em verdade escancara seu individualismo liberal, e mostra também o caráter dessa ala que havia se impregnado no ER. Por que? Porque ser Partido, ser marxista-leninista significa não esperar que seja formado um Partido “ideal” no seu gosto para então aderir(isso é ridículo!), mas precisamente construir o partido com todas as suas contradições, ser capaz de criticar e se autocriticar, respeitar o centralismo democrático e caminhar sempre para o avanço do partido.

Quando o camarada Andassol insiste (e Silco aprova!) que não deveríamos buscar dialogar “com as direções do Partido”, que devemos apenas dialogar com as “bases proletarizadas”, isto não é ser Partido, isto não é ser marxista-leninista, em verdade isso também reforça o individualismo dos camaradas em não respeitar o centralismo democrático na adesão por divergências com a direção, isto é formação de tendência, isto só pode dar lugar a frações.  Não é assim que queremos aderir.

Quando o camarada Silco insiste em sua arrogância, logo após ter dito que mandaria o camarada Douglas “calar a boca” numa discussão do CEP e ter se colocado como um “mediador” de um debate que ele tinha lado (motivo pelo qual surgem os PDs de Silco e Andassol!), dizendo que  “eu vou por o pau na mesa se necessário, nunca tive papas na língua aqui no coletivo, não é agora que vou começar.” (sic), isto não é ser Partido, isto não é ser marxista-leninista, em verdade isso é apenas arrogância e completa incapacidade de ser um dirigente. Por que? Porque, parafraseando o camarada Gabriel Xavier, para ser um dirigente é preciso haver humildade e interesse em ouvir atentamente as questões da base, procurar soluções reais aos problemas. É preciso a ternura de entender que você serve a organização e não se serve dela:

“Le dirigente comunista deve sempre liderar pelo exemplo. 
Ser a maior figura de disciplina dentro da organização.
É a personificação de o que deve ser um comunista nesta organização. 
Sempre servir ao partido, não se servir dele.
Nunca mandar, sempre convencer.”(6)

Quando o camarada Andassol insiste em espalhar o pessimismo sobre seu ex-Partido(PCB-RR)  pelas suas contradições no processo de reconstrução, isto não é ser Partido, isto não é ser marxista-leninista, em verdade só serve para difamar o Partido. Por que? Porque quando reconhecemos uma contradição no partido, como a hegemonia pequeno-burguesa, não vemos aqui um desanimador coletivo para se gerar desligamentos, vemos aqui uma contradição que precisa ser eliminada, e assim caminhamos coletivamente com todo o entusiasmo para isso, a partir da disputa política e do convencimento político, não na tentativa contínua de desmobilizar outros camaradas. 

Quando o camarada Silco se esquiva das críticas no conselho com desculpas esfarrapadas, quando escolhe fazer de conta que não foi convencido que cometeu um erro mas logo depois (em alguns casos) ‘aparenta’ ter mudado de posição, quando passamos meses apontando um desvio que o camarada não quer reconhecer (como o caso de seu mandonismo em todo o período de secretário do Instagram, chegando a propor a expulsão de todos os militantes da equipe por “insubordinação”), isto não é ser Partido, isto não é ser marxista-leninista, em verdade só mostra sua irresponsabilidade enquanto militante comunista e dirigente de reconhecer seus erros e separar em sua prática o que está certo e o que está errado. Por que? Porque um militante comunista entende sua responsabilidade com o coletivo, de se autocriticar constantemente para não cometer mais erros, especialmente os mesmos erros já conhecidos:

“Mas a crítica (prova de vontade dos outros de nos ajudar ou da nossa vontade de ajudar os outros) deve ser completada pela autocrítica (prova da nossa própria vontade de nos ajudarmos a nós mesmos a melhorar o nosso pensamento e a nossa ação).

Desenvolver em todos os militantes, responsáveis e combatentes, o espírito de autocrítica: a capacidade de cada um fazer uma análise concreta do seu próprio trabalho, de distinguir nele o que está bem do que está mal, de reconhecer os seus próprios erros e de descobrir as causas e as consequências desses erros. Fazer uma autocrítica não é apenas dizer “sim, reconheço a minha falta, o meu erro e peço perdão”, ficando logo pronto para cometer novas faltas, novos erros.

A autocrítica é um ato de franqueza, de coragem, de camaradagem e de consciência das nossas responsabilidades, uma prova da nossa vontade de cumprir e de cumprir bem, uma manifestação da nossa determinação de ser cada dia melhor e dar uma melhor contribuição para o progresso do nosso Partido.

Uma autocrítica sincera não exige necessariamente uma absolvição: é um compromisso que fazemos com a nossa consciência para não cometermos mais erros; é aceitar as nossas responsabilidades diante dos outros e mobilizar todas as nossas capacidades para fazer mais e melhor.

Autocriticar-se é reconstruir-se a si mesmo, para melhor servir.” — Amílcar Cabral: "Centralismo Democrático, Crítica e Autocrítica"

Quando o camarada Andassol lidou com todos os debates — coincidentemente, sempre sobre a questão da RR — acusando o camarada Douglas diversas vezes de “deturpar o que ele fala” simplesmente por haver declarado discordâncias a sua visão mecanicista, isto não é ser Partido, isto não é ser marxista-leninista, na verdade só mostrou que, mesmo com quase um ano desde a última vez que veio compor o Coletivo, continua com a mesma imaturidade política nos debates, incapaz de respeitar e lidar com uma posição divergente da sua sem pessoalizar a questão. Por que? Porque dentro do Centralismo Democrático, apresentamos e discutimos nossas visões por meio de intensos debates e pela busca do convencimento, sem nunca abdicar da camaradagem, e sempre para gerar a unidade, não para destruí-la. É por isso que o camarada Lênin escrevia constantemente diversos textos aos militantes bolcheviques com críticas, divergências e embates. 

Só é possível ser um militante comunista com a devida maturidade política nos debates, em debater e convencer no lugar de impor e de se ressentir sem motivo. Foi por não ter realizado a autocrítica que saiu, da mesma forma que aconteceu da última vez.

***

Na prática os camaradas se esforçaram muito para fazer com que nossa adesão não ocorresse, que nossa tribuna se tornasse uma oposição ao EDC. Negam assim, os princípios do centralismo democrátido para reproduzir sua própria posição de princípio anti-Partido. 

Nem toda gente é gente de partido,  mas assim como Cabral, não deixamos de realizar a crítica para fazer que os camaradas Silco e Andassol reconhecessem seus desvios e superassem para não errar amanhã, não errar novamente, mas algumas pessoas têm tendência a ir aos extremos por diversos motivos de consciência e formação social, esses camaradas são um desses.

E é por conta desse extremismo, de todas as suas vacilações anti-leninistas, que os camaradas necessariamente foram pela não adesão a RR e pela militância do coletivo sem cunho partidário no momento, como pela construção de uma tribuna-alternativa ao EDC. Isso expressa a suas próprias práticas, e agir contrário a isso seria negar seu princípio. Enquanto os camaradas não abdicarem desse princípio anti-partido, podemos garantir que enquanto militantes já estão mortos em vida.

Por um lado, acreditamos que se tivéssemos uma ainda maior formação de quadros, formação no centralismo democrático, na crítica e autocrítica, na camaradagem e no respeito (como temos hoje), muitas pessoas teriam se amadurecido e estariam ainda conosco compondo fileiras. Ao mesmo tempo, haverão pessoas que mesmo com tudo isso não conseguirão superar seus desvios no momento e um pequeno deslize, uma crítica banal (mesmo que camarada) será o suficiente para sua saída, nesse último caso não há muito o que possamos fazer. 

C) Os Processos Disciplinares [por Douglas]

Conforme a posição dos militantes do coletivo acerca da RR tomava forma, alas se formaram, uma parte — que viria a se tornar a posição da ampla maioria — se manteve na defesa da adesão ao Partido como posição de princípio, enquanto outra parte (3 militantes) adotou um princípio oposto, pela não adesão, anti-Partido. Como um ferrenho defensor da adesão desde o início, travei embates com esses camaradas acerca da RR, debates de todo tipo surgiram e o tensionamento somado com uma imaturidade no debate levaram a conflitos pessoais com Andassol e Silco, e assim tivemos a abertura de dois Processos Disciplinares a meu pedido. 

Estou convicto que a questão central para o surgimento desses processos disciplinares se tratou de divergências políticas em torno da Reconstrução Revolucionária, não somente da adesão, mas de nossas visões divergentes da própria organização. 

Precisamente, este conflito começa a surgir com a formação de uma ala ideológica anti-adesão e que depois se mostraria em essência anti-Partido, formada primeiramente por Silco-Andassol sobre a questão, mas que necessariamente teria o camarada Cauã como membro, uma ala que: 1) entende que eu estou mais à direita em torno da questão do RR (veja, por exemplo, a acusação do Silco de que estávamos pela “defesa de censura do OC”); 2) Que está convencida que a RR caducou politicamente e; 3) Que o Coletivo não deveria aderir ao Partido, mas dualizar com ele a partir de sua tribuna.

Essa ala parte de uma análise mecânica sobre a RR, carregando a certeza que é uma organização caducada politicamente por posições tomadas e derrotadas de alguns dirigentes, com isso, todas as suas posições tendem a ir aos extremos acerca de que postura o coletivo deveria assumir com o Partido. Assim, podemos ver diversas posições vacilantes e anti-leninistas florescerem, seja o juízo sobre as tribunas de SJC, a presença do camarada Cauã na reunião como critério (que o próprio Cauã discorda, mas não deixa de ser uma quebra do centralismo democrático descarada e defendida pelo Silco, nesse momento sec.org do Coletivo!), a defesa do abandono da mediação com o camarada Landi, falar apenas com “as bases proletarizadas” etc.

É importante dizer que desde que o Andassol havia entrado em janeiro, já estávamos num clima de afobação por conta da polêmica com a tribuna da camarada Lia, o contato com o camarada Pacheco e depois principalmente com os debates se deveríamos contar com o Landi para ajudar nesta mediação, já que esses camaradas carregavam uma profunda desconfiança contra o camarada. Mas essa ala é materializada com a questão da escolha da data para a reunião.

Estavamos nesse clima pois imperavam abordagens diferentes sobre o fato de estarmos publicando os textos de SJC negados pelo OC, mas por enquanto eu ainda não “deturpava 90%” do que o Andassol falava e o Silco ainda apresentava suas opiniões sem se disfarçar de “mediador”. 

A confusão começa quando eu trago um print do horário onde a maioria estaria disponível para nossa reunião geral de janeiro. Nesse print, é mostrado que o camarada Cauã não poderia participar. Nesse sentido, Andassol trás um comentário:

“Eu acho extremamente importante o camarada viet(Cauã) participar da reunião, nesse horário ele não vai poder…”

E eu respondo:

“A prioridade tem que ser o horário em que a maioria estiver disponível, camarada. O Viet não está acima de nenhum outro camarada né, eu quero muito que ele participe também”

Aqui começa a confusão, Andassol entende — pela primeira vez de muitas que virão! — que estou imputando minha resposta a uma posição dele, como se eu estivesse dizendo que ele disse que o Cauã está acima dos outros. Enquanto que minha lógica argumentativa não dá brechas para isso: O critério é a disponibilidade da maioria > mesmo o Cauã participando, ele não pode estar acima dos demais na hora de definir o critério. 

“Camarada, vc sabe que não foi isso que eu afirmei.” — Diz ele, justificando que havia entendido que uma das “pautas centrais” seria a questão de SJC, o que logo em seguida eu corrijo que não é, pois não temos que realizar balanço algum sobre isso. Aqui também reforço: “Não [foi] isso que você havia afirmado, né?” - Deixando claro que sei que ele não havia dito isso, que minha resposta não imputava isso a ele, mas só trazia o ponto para explicar a lógica da escolha da data para a reunião. 

Agora o camarada Silco faz uma intervenção que só serviu para alimentar essa discussão:

“SJC ta relacionado com a pauta de entrar no RR. ter o cauan, q participou dos ocorridos, é importante[cínico! Percebam a clara tentativa de transformar uma tribuna que saiu no fórum em posição do Coletivo]. nao é questao de estar acima dos demais”

Eu respondo: 

“Não não, camarada, segura a onda aí. Eu quero que o Cauã esteja na reunião, Mas o critério pra escolher a data é um: o horário em que a maioria estiver disponível. Não tem mais a nem b, só tô dizendo isso”

Essa linha foi até defendida pelo próprio Cauã, experiente no centralismo democrático, mas os dois camaradas partiram para uma espécie de defesa de adicionar um critério para a escolha da data (e depois deixam essa posição anti-leninista escancarada!): 

“O Cauã precisa participar porque ele está envolvido na pauta”. Ora bolas, todos nós estamos, como podemos defender o centralismo democrático que baseia no critério da minoria se curvar a maioria, para a maioria se curvar a uma única pessoa, no sentido de escolher uma data tendo como critério a presença desse militante? Isso é genuinamente inadmissível e o próprio camarada Cauã concordou.”

E foi nesse compromisso em conseguir fazer com que o camarada Cauã, que, de fato tem boas contribuições, mas mais ainda, tem as contribuições para a não-adesão que eles são tão interessados, que se dispuseram a quebrar o próprio centralismo democrático do Coletivo. Vergonhoso que o camarada Silco, enquanto secretário de organização, tenha tomado essa posição, isso mostra o nível de consciência do camarada do que é centralismo democrático.

Silco aqui faz uso de um malabarismo, vendo que definitivamente sua defesa era de adicionar um novo critério e isso o levaria a quebrar o centralismo democrático necessariamente, ele foge da questão com a posição que vai reproduzir e utilizar mais de uma vez:

“ainda ta cedo pra definir a data”

Mas o Andassol foi bem mais longe nesse debate para defender a presença do Cauã, bem mais:

“Bom camarada, se vc não considera que o ocorrido em SJC não está intimamente ligado com a hegemonia pequeno-burguesa que está sendo reproduzida pela ala direita da direção[a dualidade mecânica que mencionamos!] e é uma das partes centrais das consequências disso, sinceramente não sei mais como posso explicar…Enfim, eu gostaria muito de ouvir as exposições do viet na reunião, porque considero de extrema importância para definir de forma definitiva nosso posicionamento em relação a RR”

Resumindo essa confusão argumentativa: 

O ocorrido em SJC está ligado à hegemonia pequeno-burguesa no partido (de acordo!) > teremos uma pauta sobre a carta e adesão a RR (correto) > Ele gostaria de ouvir as posições do Cauã sobre a RR e acha que seriam boas para o Coletivo se posicionar (estive de acordo!) > o Cauã, por ter sido um militante de SJC(RR) tem que se tornar o critério para a escolha da data para essa reunião(???).

Então eu finalmente respondo em áudio, reforçando a questão do critério do centralismo democrático e que essa discussão poderia causar um mal-estar no grupo, que eu já estou com a impressão de que isso estava se gerando (e na verdade era a formação dessa ala anti-Partido):

“Eu considero que o ocorrido em SJC está intimamente ligado com a hegemonia pequeno-burguesa, ponto. Mas o que isso tem haver com a escolha da data para a reunião e o fato dele não poder participar dessa data? Vocês estão escalonando de uma maneira absurda, eu só disse uma coisa: Entendo a importância do cauan participar, mas o critério para definir a reunião é a maioria. Eu gostaria de entender até que ponto os camaradas estão com algum receio comigo por ter falado com o Landi, se for por isso, pelo amor de deus né? Mas se for para insistir nesse debate, eu acredito que vai causar um mal-estar aqui no grupo desnecessário. Não há problema de trazer um debate pra cá, mas se você quer fazer um debate profundo, tem a tribuna, e se quer que o ER tome uma posição, tem a reunião. Mas, de qualquer forma eu proponho que a gente não fique tão… parece que estamos rivalizando como se houvessem alas formadas no coletivo — e ela realmente estava se formando, não é? —, mas não existe alas formadas em torno dessa questão, estamos unos entorno dela, e sobre entrar ou não, também não há nenhuma decisão e ala formada por estarmos em dúvidas.[Isto era antes da reunião geral de janeiro]”

Agora, o camarada Silco, não podendo responder meu áudio sem reivindicar uma quebra ao centralismo democrático, tenta ME EXPLICAR a posição do Andassol (que também é a sua), como se eu não o tivesse compreendido e se colocado contra ela:

“o q o andasol quer dizer é: a reuniao deve ocorrer quando o cauan puder porq ele é essencial pra discutir a questao de SJC, q está intimamente ligada a se vamos ou nao aderir ao RR.”[novamente, um vínculo que é um ponto de vista sendo tratado como natural] — e depois ele vem com sua própria defesa para complementar: “e isso deve sim considerar a maioria, mas é muito complicado ter essa reuniao sem ele”

Com algumas correções, Andassol concorda dizendo;

“Sim, isso que eu quero dizer”. 

Aqui ficava mais claro a formação de uma ala que vai se apoiar e se defender em todos os debates que teremos a partir daí e, mesmo com a saída do camarada Andassol do grupo após ter me ofendido e toda a hostilidade e agressividade no debate comigo, o camarada Silco fez questão de insistir no falso argumento de Andassol que será usado em toda a discussão a partir de agora como mecanismo de fuga do debate:  "90% do que eu escrevo aqui vc entende de uma forma completamente diferente", “você deturpa o que eu falo” etc.

Ao referendar essa atitude errada que deveria ter sido veementemente criticada e que não víamos nos debates do coletivo anteriormente, Silco inflama ainda mais os ânimos, insistindo na razão do falso argumento de Andassol, de que milagrosamente somente em nossos debates eu “deturpava 90% do que ele falava”. Silco fez isso por puro coleguismo, por Andassol estar na mesma ala contra a adesão a RR, mas as consequências foram justamente esses dois PDs que surgiram.

E isso se repetiu mesmo após a saída do Andassol do grupo, no canal do CEP, quando o Andassol transforma um debate saudável no mesmo disco, repetindo-o milhares de vezes quando contestado: “você deturpa o que eu falo”, então o grandioso “mediador” (Silco) aparece para me mandar calar a boca, sendo ofensivo comigo. 

Com isso, o camarada João Lucas o questiona por essa postura, dizendo: 

“Mas você não tem que avisar nada, você não é autoridade em cima dele e não tem que ser grosso para tentar ter essa autoridade que não tem. Se quer que a discussão se encerre, argumente o porquê, se não tem paciência, não participe dela, mas autoridade para fazer com que ela se encerre por determinação sua você não tem”

E então ele tem a pachorra de dar uma carteirada no camarada — Nada parecido com um pequeno-burguês do que um pequeno-burguês! —, um dos motivos pelo qual peço a abertura de seu PD:

“eu sou o secorg. enquanto secorg, é meu dever prezar pela organização e ordem internas. entao sim, eu vou avisar. e eu vou por o pau na mesa se necessario. eu nunca tive papas na lingua aqui no coletivo. nao é agora q vou começar.” — e continua: “eu falei pro douglas ficar quieto de forma respeitosa[“cala boca” é uma forma muito respeitosa mesmo!]. ele nao ficou. eu aumentei o tom. ponto.”

Grande mediação por parte do camarada! Mediação tão adequada que levou a um nível de desgaste emocional por parte do camarada Andassol de não se sentir confortável com minha presença. 

Usando termos como “se digladiem na reunião”(sic) — coisa que o próprio camarada Andassol respondeu com franqueza: “Não quero me “degladiar” com ninguém” — Mas também insistindo ao Andassol que ele teria que participar da reunião para “apurar”, insistindo num momento de extremo acaloramento e que o camarada já havia insistido sobre sua indisposição. E depois disso tudo foi canalha o suficiente para tentar me dar uma “lição de moral” USANDO O FATO DO ANDASSOL SER AUTISTA, coisa que não se correlaciona com a discussão sobre o regimento e o código! 

Enfim, não é tolerável que qualquer militante assuma esse tipo de postura, quem dirá um ‘dirigente’. Silco diz que imputo um desvio a ele constantemente, sendo que se ele se desmoralizou no Conselho e para os outros militantes que acompanharam a questão é precisamente por sua própria prática vergonhosa, eu apenas dei nome a ela. 

Reivindicar a quebra do centralismo democrático por interesse próprio (de sua ala), abafar um erro do camarada Andassol por puro coleguismo, optar pela carteirada, expondo seu cargo assim como fez em sua tribuna sobre os delegados natos (nada tão liberal como essa postura!), não estar disposto a se autocriticar… enfim, sua prática, sua postura enquanto militante expõe sua completa incapacidade de ser um bom militante (ser Partido), ainda mais, de estar no Conselho e assumir uma Secretaria do Coletivo ou do Partido. É por essa incapacidade de realizar autocrítica que seu nome carregaria meu destaque de supressão para qualquer secretaria na próxima reunião, mas quando a coisa apertou eles saíram por conta, antes de participar do PD. 

Mas não posso encerrar essa sessão sem comentar sobre o PD do camarada Andassol, não quero deixar a entender que o camarada é simplesmente um coitado nessa situação porque definitivamente não é o caso, o camarada carrega profundos erros na consciência do centralismo democrático e na maturidade para os debates políticos, erros que agora com esse PD precisam receber a devida crítica construtiva pensando no seu avanço enquanto comunista.

Para expô-los, quero fazer uso das posições dos camaradas Vicentin e João Lucas quando o Andassol me mandou “ir a merda” e simplesmente saiu do grupo de interações:

"Questão maior, é que desde ontem eu percebi agressividade em como o camarada[andassol] tratava especialmente as suas[douglas] mensagens, eu não me recordo de nenhum camarada aqui ter problema com a forma como vc comunica, dizendo que vc esta com problema de interpretação, pelo contrário, desentendimentos acontecem e sempre foram solucionados em conversas, não to querendo aqui prolongar e o camarada nem aqui está mais pra se defender. Mas uma observação é que passamos por algo parecido por X…[optei por não expor o nome de um moço que entrou a um ano pois não se correlaciona com a questão], onde também cometeu equívocos em suas análises e prefir[iu] simplesmente sair a ficar e dialogar, fazer sua autocrítica, enfim. Eu disse, discordar, podemos e devemos, enfim." — Vicentin
"Se foi um erro ou não classificar como desonestidade intelectual, não justifica a forma como ele agiu" — João Lucas

Bem, esse suposto problema que ele diz afetar “90%” da nossa comunicação não acontece em minhas outras relações, em outros debates, e, se acontecer alguma confusão, nenhum camarada imputaria a minha pessoa um interesse em deturpar suas falas, mas vamos as correções. 

A questão é que o que ele chama de deturpação são simplesmente minhas posições CONTRA as suas posições, divergências a uma pessoa que tende a ir aos extremos por uma análise mecânica sobre o partido que militava, que está descrente da organização e insiste que o Coletivo assuma a mesma descrença. 

É por isso que eu não aceito que essas divergências sejam entendidas como um puro problema de comunicação entre nós, um problema meu. Eu entendi muito bem o que ele queria dizer nos debates, não imputei nada a ele, simplesmente discordei de sua posição de princípio anti-Partido, e esse é o motivo de sua revolta. Afinal, nem quando pode relatar onde objetivamente eu imputei algo a ele ou deturpei o que ele dizia, não o fez, e não fez porque isso não é real. 

Entendo que ter o acusado de estar sendo desonesto no debate o fez entender que eu estivesse imputando a sua pessoa a desonestidade, assim, isso o motivou ainda mais a sair do grupo. Presumi que essa jogada repetida de “você sempre me deturpa” é algo intencional, mas repensando sobre minha posição e analisando a dele, acredito que isso é um problema mais profundo: O camarada não tem maturidade política alguma para os debates, para as discordâncias a sua posição

Percebi isso depois que o camarada João Lucas discordou de um ponto de sua posição, sendo suficiente para que haja uma reação desproporcional, onde ele se retira do debate por, segundo ele, ter tomado um “fecho”.

Também me lembrei da última vez que o camarada Andassol veio compor o Coletivo a um ano ou mais, foi um momento muito breve e extremamente parecido com o atual. O camarada chega com ótimas contribuições práticas, ele é muito organizado e nisso se destaca, mas não tem maturidade alguma para os debates políticos, leva-os como ataques, como algo pessoal. E foram por divergências desnecessárias acerca do bolivarianismo, leninismo ecológico e do ecossocialismo que o camarada, não sabendo defender seu ponto, na verdade, utilizando apenas de citações dogmáticas do camarada Jones Manoel como a “verdade eterna” que resolveu sair do Coletivo pela primeira vez. Essas divergências nem se quer influenciavam no trabalho do Coletivo.

Assim tudo ficou claro, hoje ele levou nossos debates para o pessoal, hoje eu sou uma pessoa ruim para ele, mas sou eu essa pessoa porque fui o único que verdadeiramente se posicionou em todo esse debate contra sua posição (naquele momento). Amanhã, por discordar, outro também estará “deturpando” o que ele diz ou agindo por “má fé” no debate, dando um “fecho” nele. 

Se o camarada não reconhecer que leva os debates políticos para o pessoal, que ele precisa encarar a política como política e aprender a lidar com as divergências, não poderá convergir em organização comunista alguma e esse problema vai perdurar, levando, infelizmente, a sua morte em vida enquanto militante.

D) Balanço e Conclusão da Comissão do PD de Silco e Andassol

Por fins de clareza, faço questão de trazer à tona também o balanço e a conclusão realizada pela própria Comissão do PD que foi, inclusive, acatada unanimemente pelo Coletivo na reunião do PD. Reforço que essa dupla, depois de toda a arruaça que fizeram, não foram capazes de sustentar suas posições e saíram pouco antes da reunião do PD. É tão difícil arcar com a consequência dos seus atos, de suas deturpações, de suas mentiras descaradas na frente de todos, camaradas Silco e Andassol? De qualquer maneira, agradeço aos camaradas destacados na comissão do PD por prezar pela máxima democracia no processo, e aproveito para salientar aos camaradas do Partido que este foi um dos motivos pela demora da Carta ter saído. 

Balanço:

“Tendo em vista toda a situação agora apresentada podemos chegar a um balanço que abarque todas as problemáticas abordadas. Começando pela conduta do camarada Andassol, foi percebido pela Comissão do PD, uma incompreensão do que mesmo o camarada estava alegando, com argumentos confusos e com base argumentativa infundada assim como ignorando detalhes e descartando concepções que invalidaram seus próprios argumentos se configurando assim como uma Falácia do Espantalho.

O camarada Andassol estava criando espantalhos no momento que sustentava seus argumentos que ignorava concepções e as questionava como se elas não estivessem claras (sendo que não era o caso), - e assim pulando ao próximo ponto - e em seguida, imputar a interpretação deste fato como leitura pessoal do camarada Douglas. A comissão entende, colocando um vista uma análise do material anexado, uma possível má fé em Andassol, pelo motivo de querer controlar a liberdade de atuação do CEP à sua concepção, que era dissonante dos outros camaradas do coletivo e às suas decisões de se aproximar com o PCB-RR - que não era a concepção de Andassol. Como agravante, o camarada desrespeitou a proposta de afastamento dos ambientes do Coletivo colocadas na Nota de anúncio do Processo Disciplinar de 14/01/2024, ou seja, não cumprindo o demandado.

Quanto à conduta do camarada Silco, percebemos um claro desvio pequeno-burguês neoliberal que se extrapolou e não poderá passar em branco. Não é de hoje que Silco trata sua posição como a posição de um chefe em uma empresa[E vocês não tem noção de como foi ter que lidar com isso…], ignorando sua atuação de liderança - ao invés do dirigismo - e o respeito ao centralismo democrático. Que neste contexto, o mesmo impôs sua posição acima de todos os outros camaradas e fez “calar a boca” dos envolvidos, expondo a neuro divergência do camarada Andassol (que não era público) e justificando seu “problema de comunicação” nisto. O que sub textualmente nos revela uma posição capacitista, entendendo como: “ele é café com leite, não entende como discussões funcionam”, menosprezando assim o TEA (Transtorno do Espectro Autista) como pessoas que não entenderiam um debate.

A conduta do camarada Douglas se pautou por ser uma contraposição às atitudes e alegações do camarada Andassol. Para tal, o camarada em questão utilizou como instrumento as falas de Andassol como prova que o mesmo estava desvirtuando os objetivos propostos pela CEP, colocados em seu regimento. Segundo a argumentação do camarada, o problema da discussão não foi sobre um desentendimento das falas de Andassol e sim sobre questões problemáticas que essas falam poderiam causar ao Coletivo, principalmente com relação a intenção de aderir ao PCB-RR. Mas houve também, assim como o camarada Andassol, um desrespeito a Nota de anúncio do Processo Disciplinar de 14/01/2024, haja visto que o camarada continuou suas atividades normalmente no ambiente do Coletivo.”

Conclusão:

“A Comissão do Processo Disciplinar, analisando todas as conversas do grupo da CEP e as entrevistas que colhemos, chegamos à seguinte conclusão: 

- O camarada Andassol alegou em todo o processo que o camarada Douglas não estava entendendo seus argumentos. para colocar essa questão, ele se utilizou de alguns malabarismos argumentativos, como a imputação de uma possível má fé por parte de Douglas, já que segundo ele, o mesmo “estava se fazendo de sonso”. 

- Como forma de contra argumentação, o camarada Douglas colocou que Andassol estava sendo desonesto em seus argumentos, confrontando-o várias vezes com suas próprias mensagens, apontando suas possíveis desonestidades. 

- A CEP foi tomada por muito tempo com uma discussão que, segundo esse comitê, foi contraproducente, já que ambos estavam irredutíveis em suas posições e poucas vezes se mostraram capazes de colocar uma possível solução para o dito conflito. 

- O camarada Andassol começou a se mostrar um pouco agressivo em suas falas e pediu a intervenção do Secretário de Organização (sec.org) do Coletivo, o Camarada Silco 

- O pedido do Andassol foi para que Silco colocasse o problema da cláusula pétrea do Código de Conduta para o Conselho, já que esse era o entrave, no ver da CEP, para a publicação de tribunas de camaradas de fora do Coletivo com teor critico ao PCB-RR. 

- A intervenção de Silco se mostrou desastrosa, já que a mesma, no ver dessa Comissão, se mostrou dirigista, capacitista e com graves desvios pequeno-burgueses de cunho neoliberais, já que o mesmo ao invés de tentar um apaziguamento ajudou a piorar ainda mais a situação que já se encontrava tensa. 

- Tanto o camarada Andassol, como o camarada Douglas, não tiveram a disciplina ao não respeitarem a Nota de anúncio do Processo Disciplinar do dia 14/01/2024 [Era para pararmos as atividades e eu deveria ter me comunicado, mas como eu poderia parar se o Coletivo carregava uma forte dependência em mim? foi o que apresentei na reunião do PD], mesmo essa Comissão entendendo a necessidade de ambos em contribuir, tanto na CEP (Camarada Andassol) como na Secretaria Política (Camarada Douglas). 

- Essa Comissão também levou em consideração as saídas repentinas dos camaradas Silco e Andassol e repudia o ato de não levarem a cabo este PD.

E) A derrota [por Douglas]

E foi na reunião geral de Janeiro que a então ala anti-Partido recebeu sua grande resposta do coletivo acerca da adesão a Reconstrução Revolucionária, pois vimos não só uma vitória da adesão, mas que os militantes do Coletivo tinham consciência da necessidade de aderir a RR.

Vimos diversos camaradas de base tomarem fala para defender a adesão, alguns até com críticas à concepção do Silco como as falas dos camaradas Gabriela e João Lucas. Nessa situação, tanto o camarada Cauã, como o camarada Silco e Andassol saem da reunião sem terminar a pauta e participar da votação. 

Isso foi um marco para que passassem a novas táticas na disputa política. Tentaram insistir em suas posições de princípio mesmo com a unidade de ação já definida pela maioria, e isso trairia inevitáveis contradições. 

F) O individualismo [por Douglas]

Com essa derrota ideológica e com a sua auto-desmoralização pelos processos disciplinares em andamento, o descontentamento acirrava-se, assim, sobrava apenas para a disputa a atuação de Andassol-Cauan no CEP e a participação como “intruso” do então secretário de organização, Silco. 

O Coletivo em si não havia conseguido deliberar sobre a Tribuna de Debates, o CEP e seu Regimento provisório na reunião geral de janeiro, e precisamente por isso esses camaradas encontraram uma forma de tentar fazer valer sua posição de princípio anti-partido a partir do Coletivo, tentando transformar em objetivo e na prática que nossa tribuna se tornasse um antro de tribunas negadas do EDC, uma oposição ao órgão central. 

Assim como afirmei em minha tribuna anterior, essa postura é a máxima expressão do individualismo desses camaradas, que, ignorando a unidade de ação definida em reunião pelo Coletivo, insistiram em transformar nossa tribuna num espaço que quebra esta unidade de ação, insistem em impor sua posição de princípio acima da unidade de ação. Mas essa “mamata” dá sinais de acabar quando a uma semana da reunião geral de fevereiro (25/02), enviei minha tribuna onde proponho dois encaminhamentos políticos que naturalmente resolveriam esse problema, fazendo valer a decisão da maioria da adesão. A tribuna enquanto um espaço de debates do coletivo e a sua centralização real do conselho a partir da secretaria política, pois estava descentralizada desde sua criação. 

Derrotados por ampla maioria e tendo “seu espaço” ameaçado por minha tribuna propositalmente para impedir que usem da Tribuna do coletivo como uma ferramenta para impedir a adesão, naturalmente sua posição de desespero surgiriam, tanto porque essa proposta acabava com a possibilidade dessa ala reproduzir seu individualismo, como por sua imaturidade na política. E assim surgiram suas tribunas-respostas.

G) O ‘tudo ou nada’ [Por Douglas]

O ultimato dado pelos camaradas Silco e Andassol, em minha avaliação, foi a maior expressão de desespero desses camaradas que, derrotados na reunião geral pela ampla maioria do coletivo que decidiu pela adesão, envolvidos em dois processos disciplinares inadmissíveis que o fizeram se auto–desmoralizar(Queria eu que eles ficassem para o Coletivo avaliar na presença deles!) e com minha tribuna que “ameaçava” sua prática no CEP(7), não havia outra alternativa senão ir para o “tudo ou nada”. Não buscarem fazer o Coletivo caminhar para o “tudo ou nada” contra a adesão ao RR agora seria negar toda a sua prática individualista já conhecida e sua posição política vacilante anti-partido.

Esse “tudo ou nada” foi expresso primeiramente na tribuna do Andassol, na qual ele escolheu não responder o conteúdo de minha crítica (Na tribuna interna do Coletivo “Quem centraliza o Conselho Editorial?” — onde há individualismo, sua posição de princípio anti-partido e as propostas para o CEP) para simplesmente dizer que sou o “organizador geral” porque eu “ajo como tal”, logo em seguida vimos a tribuna do camarada Silco que optou por me chamar de “mandonista” em sua tribuna.

Ambos cometeram erros táticos nesse “tudo ou nada”, mesmo que desonestamente utilizaram da falácia do espantalho(8), escolheram péssimos espantalhos que são facilmente combatidos. Andassol não conseguiu sustentar objetivamente o espantalho do “organizador geral”, não conseguiu apresentar uma prática ou práticas minhas que me tornam organizador geral e que mostram que “ajo como tal”, assim como Silco não conseguiu sustentar que eu fosse mandonista (sendo essa suas próprias práticas). Também não foram capazes de sustentar a afirmação de que eu estava tentando “controlar e limitar o CEP”, já que eu fiz apenas propostas e por outro lado, fiz a crítica a quebra da unidade de ação, sem intervir em si na atividade.  

Por que? Porque em todos esses 2 anos de Coletivo, NUNCA tomei uma decisão sem consultar a maioria, sem respeitar o centralismo democrático. Porque abdiquei do meu “projeto” há quase dois anos para dar lugar a um coletivo regido pelo centralismo democrático onde precisei ser eleito, porque eu mesmo propus — em agonia pela sobrecarga de uma péssima divisão do trabalho —, que não existisse mais “organizador geral” para abrir lugar a um conselho preenchido com diversos camaradas. A minha própria tribuna que causou esse desespero, eu não imponho nada ao CEP, ela não é uma nota política ou uma diretiva, apenas proponho ao coletivo alguns encaminhamentos que eles poderiam disputar na reunião, na tribuna e quem sabe até me vencer. O desespero é porque sabiam que iriam perder. 

Mas esses erros táticos não são inocência, com certeza expressam a incapacidade de ambos de disputar a política, mas isso não basta, também foram desonestos pois utilizaram claramente da falácia do espantalho e do ad hominem(9) para tentar me dar uma resposta. A lógica é clara: 

Eu trago propostas que reproduzem a defesa do que a ampla maioria do coletivo decidiu em reunião e ao mesmo tempo combato o individualismo desses camaradas no CEP > Se respondessem meu texto com toda a pompa, estariam necessariamente batendo na posição DO COLETIVO, TIRADA EM REUNIÃO, Então optam por tentar me separar dos demais, na tática Napoleônica “Dividir para conquistar”(10), assim,  me acusam de querer "impor minha visão" ao CEP, a eles e ao Coletivo > Com isso nenhum militante reconheceria que a crítica é a sua própria decisão da adesão, que também é uma defesa de sua própria ala contra o que o Coletivo tirou em reunião, contra a unidade de ação.

Que erro grotesco desses camaradas! que completa mediocridade de caráter e incapacidade política de conduzir uma disputa honestamente, de sequer compreender e respeitar o centralismo democrático e a unidade de ação! Que trilhem os seus caminhos bem longe de nós, mas que isso também sirva para pensarmos como podemos evitar esse tipo de postura novamente. Agora, mortos em vida enquanto militantes, escolhem mentir descaradamente sobre o que houve no Coletivo, andassol mais ainda tem coragem de ir bem fundo na mentira, dizendo que nosso problema era que “não somos um espaço acolhedor” e tem um “mandonista” na pegada. Mas ele definitivamente não esperava que eu responderia, a diferença é que trabalho com toda pompa, e não levo a disputa política como luta de “exposeds” no Twitter. 

Para que isso não ocorra novamente, penso que passamos a moderar nossos recrutamentos com etapas até a admissão, seja reuniões preliminares de formação básica do quadro, também estamos avançando na formação de quadros, que agora abordará fundamentos do: Centralismo democrático; Disciplina revolucionária; Entusiasmo laboral; Camaradagem e respeito enquanto relações; Critica e autocritica; Convencimento político; A moral comunista; A consciência revolucionária. Sendo os fundamentos para se ser militante da Educação Revolucionária.  

H) A saída [Por Douglas]

“Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem nos abandonado revela que nenhum deles era realmente dos nossos.” — 1 João 2:19 

Eu tinha certeza que isso levaria a saída deles — de tal forma que tive que reeditar esse texto no passado, que estava quase que como uma previsão, para o presente —, e se não tivessem saído agora, sairiam necessariamente amanhã ou implodiriam com o Coletivo. Se tivéssemos deixado isso para amanhã, eles teriam causado mais conflitos, mal-estar e poderiam ter dificultado ainda mais nossa relação com a Reconstrução Revolucionária. 

A realidade é que analisando o processo de desenvolvimento desse descontentamento, considerando a totalidade da questão da adesão para o Coletivo, como a posição de princípio desses camaradas assumida desde dezembro, poderia se dizer inevitável essa saída, não por puro determinismo ou positivismo, mas porque uma verdade concreta só pode dar lugar a outra verdade concreta, e isto é princípio dialético. 

Esse descontentamento era tremendo demais para que esses camaradas respeitassem a posição do coletivo, pois não se tratava de uma oposição organizativa, tática etc, mas de conflito entre posições de princípio.

Agora com a publicação de nossa carta de adesão — questão que com certeza deve dar um profundo amargor em suas bocas! — eles começaram a mentir descaradamente no Twitter. É o que sobrou para eles, a mentira. Não pretendo dar palco para quem já morreu em vida, mas se vierem a mentir novamente, com certeza utilizarão os mesmos espantalhos, juntamente com esses pormenores: Sobre eu ter falado que o CEP gostaria de aprovar “qualquer tribuna” (11 — Nota importante!), sobre o meu “costume” de “praticar a política morde/assopra”(Alegação falsa por Andassol) e por fim, sobre eu “classificar como desvios divergências ideológicas a mim” (Por Silco), ambas críticas feitas no momento de desespero para tentar me desmoralizar. Nada disso passará despercebido, se vierem a utilizar, também irei desmentir cada uma dessas mentiras. 

Quanto a agitação que fazem pela carta de desligamento de Andassol ter sido removida da tribuna interna pelo Conselho até a reunião (para ser debatida no espaço), se tivessem ficado até a reunião geral de fevereiro poderiam ver que foi unânime o apoio de todo o Coletivo nesta decisão do Conselho após terem contato com a carta, ela foi referendada, primeiro porque a carta não era nada mais do que uma agitação voltada contra o Coletivo em si, chamada “Coletivo ou seita?” (???), onde Andassol despejou seu desprezo a partir desse novo espantalho, de que o Coletivo era “uma seita em torno do Douglas”, e também convocava a quebra da unidade de ação. Toda esta birra por serem derrotados na disputa política! 

Já a carta de desligamento do camarada Cauan e as duas tribunas da ala não foram apagadas, e eu não precisei de nenhuma movimentação de censura para mostrar que estavam errados. Não houve um pingo de repressão contra eles, mesmo quando quebraram com a unidade de ação definida, eu respeitei todos os processos democráticos, permitindo que eles pintassem e bordassem no CEP até que pudéssemos deliberar sobre. 

Aos que realmente são Partido, continuemos. 

Minha militâcia no Antigo PCB à Reconstrução Revolucionária [por Douglas]

São um ano no Partido e tentando coadunar a dupla militância que carrego desde então. Um grande militante e também grande amigo, o camarada Caio (Campinas), me disse que a Reconstrução Revolucionária e o Educação Revolucionária tiraram muito de mim. Dormi e passei as tardes pensando nesta frase, porque ela é real e eu precisava lidar com isso. Me esforço para não perder o entusiasmo com o Partido e se tornar mais um desligado, em todos os espaços e momentos que pude defender o Partido no Coletivo e fora dele, defendi. Estou a um ano enfrentando uma imensa dupla militância, onde chego a despender diversas horas do meu dia para construir os organismos que faço parte. 

Desde quando comecei a militar no PCB, em Abril do ano passado, nunca desdenhei de uma tarefa se quer, nunca descumpri uma decisão coletiva, como também nunca deixei de participar. Ao contrário, logo nesse meio já buscava construir o Partido e ser um bom militante, e foi na extrema cobrança pessoal de ser um bom militante que perdi meu emprego em 2023, por ter pulado de cabeça nas tarefas do Congresso da UNE, na Unicamp, que é longe de minha casa. Como também escolhi abandonar os estudos para o vestibular no mesmo ano para somente trabalhar e dedicar meu tempo à militância, por profundo entusiasmo com o Partido e com o Coletivo. 

Eu ainda estava ganhando a malícia de entender o real funcionamento de nosso Partido, do Centralismo Democrático “à la PCB”, e me lembro até hoje de um camarada da CR(UJC) ter chegado na arrogância e me dado um esporro ao me ver sem crachá na tarefa, sendo que eu nunca sequer tinha pisado na Unicamp, não conhecia o movimento estudantil, mal tivemos instrução para a campanha e só estava saindo do meu trabalho e indo direto para a tarefa, onde saía apenas 23-24h da noite para voltar pra casa e acordar no outro dia às 6h para trabalhar. Estava num terreno “alienígena”, sem sequer saber como conseguiria ir embora e rodeado de gente branca. Ele não sabia que eu era novo, como também não deve se lembrar disso, mas eu me lembro. 

Já no início do processo do racha, quando discutimos na Plenária local sobre a falta de tribunas locais, saí dali e em uma semana fiz um site privado com sistema de segurança inovador para o Partido, onde só os militantes teriam acesso, como escrevi uma tribuna junto ao camarada Felipe (Hortolândia) para propor a plataforma ao Partido. Este era um acúmulo do Coletivo que tentei trazer ao Partido. 

E foi por ter “ousado” a tentar fazer avançar o Partido que fui levado a um constrangimento na reunião puramente racista por uma ex-militante do núcleo, que praticamente me incriminou por ter feito essa proposta e não conhecer o dinarquinho (uma tribuna interna que o partido tinha, mas estava inativa), fui colocado numa posição que todo preto pobre já foi colocado, o tribunal onde você é culpado e precisa provar que não é criminoso. Uma camisa levantada pra ver se não tem Bis aí, um “segurança particular”, uma forma de provar que de fato não conhecia o dinarquinho. Saí daquela reunião certo que me desligaria do partido, voltei chorando em todo o caminho do ônibus e posteriormente cheguei a conversar sobre um afastamento para o então secretário de organização do núcleo, que havia me recrutado e que eu tinha mais intimidade.

Na reunião seguinte, tivemos uma última pauta de “critica e autocritica”, e por ter passado a reunião inteira constrangido de se manifestar, desconfortável com a presença da racista, percebi que ou falava ali e tentava avaliar se haveria alguma autocrítica real, ou me desligaria, já que realmente estava óbvio que aquele espaço era feito para ela, para a pequena-burguesia branca, e isto era, naturalmente, a negação de minha presença, pois não é posicionar coadunar o opressor com o oprimido sem revolta ou resignação. Fiz a crítica e disse como me sentia, e mesmo com a pessoa ter dito que se desculpava, que “não era a intenção”, logo na próxima reunião do secretariado, convocada para debater este caso na reunião, ela deu uma tremenda guinada na sua posição: “Não houve racismo e o secretariado deveria ter me defendido”. 

Iniciava-se aqui um processo de luta interna no secretariado que só vamos ficar a par dois meses depois, pelo forte distanciamento do secretariado com a base do núcleo. Dois meses depois do silêncio comigo, da falta de autocrítica, parte do secretariado — que me defendeu no secretariado contra a situação de racismo — insistiram para que eu ficasse no Partido, que apenas não sabiam como descer isto à base, mas que se solidarizaram comigo e saíram em minha defesa. A racista e a dupla do secretariado que a defendeu se desligaram(sim, parte do secretariado defendeu a branca pequeno-burguesa de ter sido racista) e assim, na próxima reunião os que ficaram entraram em real autocrítica coletiva, de toda a situação em si, como das incapacidades do secretariado e do erro político de não ter decido o debate para toda a base desde o início. Por fim, recebi a solidariedade na reunião de todo o núcleo quando souberam da situação, nunca vou esquecer deste dia.

Minha militância no Educação Revolucionária[ Por Douglas]

Quanto ao Educação Revolucionária, preciso dizer que desde quando criei o Coletivo (29 de abril de 2022), já tinha ciência de que ele não seguiria apartidário e, ainda além, já pensava na adesão ao PCB.  O camarada Raul me dissera uma frase em nossa primeira reunião de contado (Abril de 2023) que me marcou e orientou minha prática daqui em diante: “Nunca esquecer que sou no Educação Revolucionária um militante do PCB, e não um militante do Educação Revolucionária no PCB”.

A minha defesa da adesão ao PCB já mostrava resultados em Abril de 2023, quando o Coletivo insistiu em tentar um diálogo com o Partido para aderirmos, mesmo com todo o desdém que passamos da antiga direção. Esse desdém foi motivo para alguns militantes questionarem a adesão, e mesmo assim eu nunca voltava atrás quanto a necessidade da adesão. Defendia que não deveríamos ter medo da centralização democrática e que nosso trabalho não pode estar dissociado da construção do Partido, que construir a revolução brasileira é construir o seu instrumento político capaz de levá-la a cabo, e isso é indissociável. 

Quando começaram os processos de cisão no PCB e podemos ver o surgimento da Reconstrução Revolucionária, floresceu novamente o debate da adesão no Coletivo. Também não voltei atrás nesse momento, defendi energicamente por meio da tribuna interna e reunião que deveríamos reconhecer a legitimidade da Reconstrução Revolucionária e, portanto, buscar a adesão a essa organização, assimilando seu programa. 

Nos momentos de acirramento da luta interna após os debates sobre a Hegemonia Pequeno-Burguesa preservada no Partido e a polêmica da tribuna de Silco (delegados natos), a pauta da adesão volta a ordem do dia em janeiro, aqui, o camarada João Lucas, recém desligado do PCR e convencido da RR pela luta interna no Coletivo, também publicou o texto no fórum: “Nós somos pela Reconstrução Revolucionária e nosso dever histórico é impedir seu desmantelo”(12), tanto pela disputa interna quanto para tentar mostrar aos nossos camaradas do Partido que o Coletivo era pela a adesão em maioria e que passavamos por um processo de agudização da luta interna. 

Esse processo me levou a um esgotamento tão forte que passei a tomar calmantes e me afastei do Coletivo, era como se eu estivesse envolvido em diversos tiroteios: Silco e CNP; a ala de SJC e CRP; ER e EDC (isso é o que mais me doeu). Tudo aconteceu muito rápido e pode ser conferido pela data da publicação das tribunas, nas duas semanas de janeiro o CEP já estava formado com a presença de Andassol, recente recrutado, já haviam publicado às tribunas do Silco e dos dois camaradas de SJC, Cauan, Silco e Andassol se desligaram do Partido (na ordem), a luta interna tensionada pela ala anti-partido já havia nos levado a abertura dos PDs. 

Hoje eu reconheço que a tribuna do Silco, independente se concordamos com o conteúdo em si, faz um chamativo para a quebra da unidade de ação, mesmo que não intencional. Mas eu genuinamente estava confuso de tudo aquilo, camaradas, precisava de tempo para maturar o turbilhão de informações que acontecia. Nesse meio tempo, fiz uma viagem com minha família para a chácara de um Tio, onde pude me acalmar e refletir melhor o que estava acontecendo. Também ouvi o camarada Landi que foi um verdadeiro Camarada comigo, disposto a ouvir e a falar, interesse é que o camarada havia me dito algo, que a priori não acreditei, mas que se mostrou  a previsão mais exata: “Eu acredito na sua boa fé, camarada, mas existe uma fração no ER”.

Consegui então separar o que eu realmente acreditava sobre a Hegemonia Pequeno-Burguês, e o que era agitação mecanicista, o que era para construir o Partido, e o que era para destruir, e então fui para a Reunião geral preparado para criticar os que pensavam na não adesão e defender a adesão, foi surpreendente que todo o Coletivo também defendeu energicamente esta visão, exceto pelos membros da ala anti-partido. 

Porém, como viram na exposição, depois desta derrota começarão outros movimentos desta ala minoritária para tentar impedir a adesão, portanto a luta interna continuará até sua saída. 

O Educação Revolucionária não é inimigo de nosso Partido 

Camaradas, o Educação Revolucionária, não é inimigo do partido e nem tem nenhuma má intenção para com o Partido. Pelo contrário, o Educação Revolucionária, a partir de uma análise leninista do significado político do Partido, compreendeu que é a Reconstrução Revolucionária o movimento que se tornará o Partido. O Educação Revolucionária reconheceu que, para o nosso objetivo (que é a revolução proletária) de pouco importava nossa autonomia enquanto Coletivo pois era mais interessante politicamente que o Educação Revolucionária fosse instrumento do Partido. 

Os militantes do Educação Revolucionária tem entusiasmo com o Partido e carregam um profundo sentimento de pertencimento à Reconstrução Revolucionária, dos que ainda não conseguiram entrar, não foi por falta de desejo, mas por incapacidades do próprio Partido de realizar o recrutamento, ou por serem menores de idade. Nós ansiamos em construir o Partido, e expressamos tudo que o Coletivo poderia contribuir sendo um instrumento do partido em nossa Carta de Adesão onde debatemos como o ER poderia se inserir no partido.

É inadmissível que alguns camaradas zombem e façam comentários desprezíveis em redes sociais sobre o Educação Revolucionária sem nem ao menos compreender a totalidade do o que é o Coletivo e seu compromisso com nosso Partido. Acreditamos que temos muito a contribuir, acreditamos que temos muitas contribuições sobre a Formação Teórica e a atuação digital que precisam ser compartilhadas com o que virá a ser o Partido.

Mesmo que o caminho não seja a formação da Escola, que o Congresso avalie que não é o momento, dizer para se organizarmos como militantes individualmente (como alguns militantes ironizaram nas redes, sem considerar que já somos militantes e alguns estão em processo de recrutamento), reduzir a isto significa negar os acúmulos do Coletivo enquanto Coletivo e as formas que eles podem ser absolvidos pelo Partido, é se negar ao Partido em si. 


Notas: 

(1) Exceto pela tribuna do Silco, que independente do conteúdo que não quero realizar qualquer balanço, por um pequeno deslize em seu final é possível afirmar que feriu a unidade de ação, mesmo que não tenha sido a intenção, e por isso foi removida posteriormente do nosso site.

(2) Que na verdade chama-se “Fórum da Comunidade”. Aqui é importante pontuar a movimentação oportunista feita por Andassol(ex-militante que atuava no Conselho Editorial Provisório, nova equipe desenvolvida para lidar com as tribunas) e apoiada por Silco em substituir o nome tradicional para “tribunas de debates”, na ideia clara de tentar fazer valer uma oposição entre nossa tribuna e o EDC, enquanto que a deliberação do Conselho era que NÃO FIZESSEM a transição sem que fosse aprovada na próxima reunião geral. Ou seja, agiam à revelia do Centralismo Democrático. (3) Objetivamente, segue a descrição: “Por esse motivo o Educação Revolucionária inicia sua própria comunidade sendo uma alternativa contra hegemônica a ideologia liberal que direcionará suas discussões nas bases do marxismo-leninismo. Convidamos os camaradas a se juntarem as discussões, seja com comentários ou escrevendo artigos, precisando apenas se inscrever e seguir as diretrizes e regras do site para sua publicação.”(4) Inclusive, muitos já são militantes do Partido ou estão em processo de recrutamento!

(5) Não pretendemos aprofundar a prática do camarada Cauan, pois, por mais que ele necessariamente também faria parte desta ala (afinal, também se desligou do partido e era contra a adesão), sabemos que o camarada é Partido em toda a compreensão e respeito do Centralismo Democrático, da crítica e autocrítica. Assim, as críticas aqui colocadas referem-se à prática dos camaradas Silco e Andassol, mas entendemos que por ser interessado na não-adesão, o camarada Cauan faria parte da ala ideológica necessariamente, mesmo que não concorde com as demais práticas anti-partido de Silco e Andassol.

(6) https://twitter.com/EconomiaXavier/status/1757581546914025863 e https://twitter.com/EconomiaXavier/status/1757582427768107481

(7) Não impondo nada como eles gritam desesperadamente, mas propondo ao coletivo deliberar sobre isso.

(8) “A falácia do espantalho é uma distorção do que realmente foi dito, criando assim um argumento fictício: o “espantalho”. A partir disso, o argumentador ataca o espantalho, desconsiderando o que seu adversário disse.” (fonte: https://www.netmundi.org/home/falacia-do-espantalho-distorcendo-o-que-foi-dito/)

(8) “é um tipo de falácia que se caracteriza quando determinada pessoa responde a um argumento com críticas negativas ao seu autor e não ao conteúdo apresentado.” (fonte: https://www.significados.com.br/ad-hominem/)

(10) “Em política e sociologia, dividir para conquistar (ou dividir para reinar) consiste em ganhar o controle de um lugar por meio da fragmentação das maiores concentrações de poder, impedindo que se mantenham individualmente. O conceito refere-se a uma estratégia que tenta romper as estruturas de poder existentes e não deixar que grupos menores se juntem.” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Dividir_para_conquistar)(11) Aqui Andassol é tão desonesto que literalmente corta o complemento desse texto para dar outro sentido a ele, e então usar durante seu texto. Ele diz em sua tribuna:

“O camarada Douglas ainda alega que o CEP está querendo aprovar "qualquer tribuna". Então cadê as evidências de que queremos publicar "qualquer tribuna" ou de que as tribunas que o CEP aprovou até agora para publicação ferem o Regimento e o Código de Conduta? O camarada não tem embasamento para para fazer essas acusações.”

Notem o nível de canalhice quando o que eu realmente digo é: 

“...[Eles] ignoram constantemente a unidade definida pelo coletivo, do Educação Revolucionária aderir a Reconstrução Revolucionária, e no lugar disso se mostram interessados em publicar qualquer tribuna sobre a Reconstrução Revolucionária “desde que não quebre o regimento provisório” (como se esse fosse o único critério!), mesmo que claramente a atitude atrapalhe a unidade de ação definida.”

Obviamente o sentido é outro, e ao invés de simplesmente reconhecer que é isso mesmo, que eles querem transformar nossa tribuna numa oposição ao EDC como eu mesmo mostrei, resolve dar outro sentido ao que eu disse, deturpar, para conseguir rebater. Me perdoem por isso, mas não há outro nome, é canalha!

(12) https://www.educacaorevolucionaria.com/comunidade-forum/geral/joao-lucas-nos-somos-pela-reconstrucao-revolucionaria-e-nosso-dever-historico-e-impedir-seu-desmantelo