'Como vamos educar nossos militantes? e o que vai sair sobre a China?' (Contribuição anônima)

Se o PCB decidir que o capitalismo foi sim restaurado, qual será nossa relação com o PCCh? Vamos continuar apoiando? Qual será a nossa definição para esse partido? Essas perguntas não sou eu que devo responder, e sim a militância.

'Como vamos educar nossos militantes? e o que vai sair sobre a China?' (Contribuição anônima)
"O PCB produz muitos Lenins, mas pouquíssimos Zumbis dos palmares."

Contribuição anônima para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.

“A verdade é que um internacionalismo separado da nação e divorciado do nacionalismo não significa nada. Se um é indiferente ao destino de seu país e povo, este não pode ser fiel ao internacionalismo.” (Kim Jong Il, 2002, Para Compreender Corretamente o Nacionalismo)

Olá camaradas, volto aqui para tentar contribuir com as discussões sobre a educação sobre a história do Brasil e a política internacional do PCB-RR, as tribunas até o momento não estão tendo tanto foco na relação internacional e nacional, acredito que até o momento somente dois textos focaram no assunto da China ser ou não Socialista, pouquíssimos textos falam sobre a educação quanto a nossa história, e por isso nessa tribuna me atrevo e iniciar esse debate nem que seja de forma superficial.

PCB e PCCh

Camaradas, vocês já sabem que um dos assuntos mais complicados de se falar sobre o mundo socialista de hoje, é se a China se tornou ou não um país capitalista, para aqueles que defendem que a china já um país capitalista usam o argumento de que após a abertura do mercado chines, as relações capitalistas voltaram a crescer na china chegando no ponto que está hoje, onde a RPC é a nação com mais bilionários do planeta, e alguns desses burgueses estão dentro do Partido Comunista Chines (PCCh), e por isso o capitalismo já estaria completamente restaurado, e somente uma nova revolução poderia trazer a china de volta ao socialismo, já para aqueles que defendem que a china é sim uma nação socialista, apontam que o capitalismo não avançou o suficiente para encerrar a experiência chinesa, e que mesmo que ela esteja passando por um momento muito direitista, ainda é possível reverter as degenerações capitalistas, esses são alguns dos pontos das duas linhas sobre o assunto China, mas aqui quero levantar um ponto que é pouco falado, se o PCB decidir que o capitalismo foi sim restaurado, qual será nossa relação com o PCCh? Vamos continuar apoiando? Qual será a nossa definição para esse partido? Essas perguntas não sou eu que devo responder, e sim a militância.

Sobre a questão nacional

Aqui eu entro no ponto mais importante na minha opinião, uma das coisas em que o movimento comunista brasileiro mais peca, é na sua questão nacional, nossos militantes sabem muito bem defender a Coreia Popular, mas não sabem falar da Revolução Pernambucana, com esse exemplo eu quero apontar que estamos formando excelentes militantes Marxistas-Leninistas, mas poucos comunistas patriotas que sabem ser profissionais quando o assunto é Brasil, se nós formos ler o que o velho PCB recomenda de leitura para seus militantes não tem um único livro para aprender sobre o Brasil, nenhum sobre escrevidão, sobre a ditadura do estado novo, sobre o que foram os quilombos, ou seja, o PCB produz muitos Lenins, mas pouquíssimos Zumbis dos palmares, nisso eu acredito que a Coreia Popular tem muito a nos ensinar, pois com todos os problemas políticos e econômicos que eles possuem, uma coisa que não podemos falar é que o PTC não ensinou a seus militantes a história da Coreia, e aqui eu quero deixar uma coisa clara, não estou falando pro PCB virar um partido que segue o juche, mas um partido que conheça sua nação e sabe valorizar a mesma, com seus erros e suas qualidades.