'Como fazer: contribuições para a superação do federalismo e do trabalho artesanal' (Filipe Zoppo)

Lembremos que só fazemos luta de classes quando se trata de uma luta de toda a classe operária contra a burguesia. O federalismo, tem uma conexão direta com o economicismo.

'Como fazer: contribuições para a superação do federalismo e do trabalho artesanal' (Filipe Zoppo)
"Quanto maior é a prática e o foco de um militante em determinado trabalho, tanto mais a força de nossas tropas estará sendo aproveitada, tanto mais preciso e eficaz serão nossos trabalhos inclusive com menor esforço para a realização da mesma quantidade de trabalhos."

Por Filipe Zoppo para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.

Camaradas, escrevo esse texto com o objetivo de enviá-lo tanto para a minha célula, quanto para o comitê regional provisório do Rio Grande do Sul que componho, para a CR-UJC e também para as tribunas. Conforme pretendo debater ao longo do texto, isso já é um sintoma de nossos atuais problemas político-organizativos. Pretendo pelo menos com esse escrito dar a minha contribuição a esse importante debate. Defendendo a minha atual posição sobre qual deve ser a nossa forma de organização. Me concentrarei aqui nos elementos do federalismo entre organismos de base e instância intermediárias e suas consequências organizativas. Sugiro a tribuna do camarada Deutério “Construir um Partido Nacional”, para elementos nacionais desse problema e como o Jornal enquanto Organizador serve como elemento de nacionalização.

Sobre o Federalismo

Para começar esse debate e justificar as minhas compreensões sobre algumas mudanças que nos levem no sentido de superar o federalismo cabe aqui pelo menos alguns objetivos: explicitar o que é esse problema organizativo, suas consequências, sua relação com o todo organizativo e com nossos problemas políticos. É um debate complexo e será fundamental que os camaradas contemplem mais determinações na compreensão desse elemento central da atual crise do PCB(CC) que precisa ser superado no PCB-RR. Me concentrarei aqui em como esse problema se expressa em um Estado, considerando é claro, que esse problema tem uma dimensão de federalismo entre Comitês Regionais e Comitê Central. É com o objetivo de pensar nos elementos mais concretos e particulares que estarei optando a exemplificar através da dinâmica entre base e Comitê Regional pois é uma expressão particular do fenômeno com a qual eu tive maior contato.

O federalismo diz respeito a um estado de pulverização da organização em diversas organizações locais que não constituem uma unidade orgânica. Aqui podemos pensar nos dois elementos de unidade de uma organização que se pretende marxista-leninista, unidade ideológica: que não se constituiu pela ausência de espaços para a crítica organizada(pois a unidade ideológica, emana da democracia partidária), e uma insuficiente unidade de ação: que não se constitui devido ao trabalho federalizado, artesanal e amador em uma organização com apenas uma unidade estadual e nacional formal, via acordo entre os diversos entes federalizados.

Ao longo dessa crise tenho o diagnóstico de que conseguimos, felizmente, elevar coletivamente a nossa compreensão a respeito da necessidade de espaços de organização da polêmica e temos hoje, diversas propostas concretas para alavancar esse desenvolvimento: Tribunas abertas, Boletins internos e futuramente polêmica organizada no nosso jornal. Todavia no que diz respeito a unidade de ação, de um trabalho planificado, especializado e a nível nacional a situação ainda é profundamente nebulosa, com a honrosa exceção ao importante debate que vem surgido do Jornal, de um Órgão Central enquanto organizador nacional.

Esses dois elementos centrais tiveram seus efeitos na experiência que todes nós tivemos no período em que fomos(e ainda somos) militantes de base. Diante de pouquíssimo acesso a amplos debates sobre tática, sobre as experiências de luta do Complexo Partidário em diversos lugares do Brasil e de nossos estados, nos acostumamos com ter que construir do zero cada trabalho. Diante de não haver circulação de escritos de militantes de base, nos acostumamos, mesmo que por vezes de forma impensada, a enxergar a participação nas instâncias intermediárias e nacional como forma de garantir que a base de onde viemos seja enxergada. As células, núcleos, bases, baseadas em local de atuação única e exclusivamente, como fazíamos(e teremos que revisitar sim, tudo isso), conseguiam crescer baseadas em sua capacidade de auto organização local e da tomada de decisões acertadas por seus próprios méritos e condições específicas e não graças a uma organização nacionalizada e estadualizada que dá diretrizes acertadas e orientam os trabalhos de forma coordenada, especializada, no sentido de nossa estratégia.

Deve ser nítido para nós que aqueles que conseguiam ao mesmo tempo elaborar do zero políticas locais, realizar debates dentro de seus “feudos”(que é o que vem sendo nossas células e comitês regionais) para avançar parcialmente do amadorismo, muitas vezes, são células com uma quantidade relevante de militantes de camadas médias que conseguiam se dedicar plenamente a militância(cabe pontuar que isso é uma tendência, não uma regra universal) ou com militantes que abnegam suas próprias necessidades materiais de vida para se dedicar a organização por algum período até “quebrarem”, ou seja, expelimos os camaradas mais proletarizados via essa dinâmica. Muitas vezes esses militantes de camadas médias, pela mesma dinâmica explicitada aqui, são aqueles que conseguem alçar cargos de direção e se manter militando, alçando instâncias cada vez mais “elevadas” que significavam ter voz no nosso partido e não um tipo de tarefa. E percebam que nessa dinâmica organizativa, alçar ao cargo de direção é “representar” o feudo de onde veio, pois o militante segue conectado intrinsecamente a esse organismo de base.

É nessa dinâmica que temos o pensamento imediato de nos preocuparmos muitas vezes mais com o local de onde viemos, do que da luta revolucionária que um Partido Comunista tem que tocar nacionalmente e estadualmente. Lembremos que só fazemos luta de classes quando se trata de uma luta de toda a classe operária contra a burguesia. O federalismo, tem uma conexão direta com o economicismo.

Podemos pensar em exemplos corriqueiros disso que dialogam com nossa experiência, como quando pensamos: “Ah, mas se o fulano sair da célula, vai fazer falta, enquanto quadro capacitado.”. Quando muitas vezes pouco ponderamos que um quadro qualificado poder se dedicar plenamente a um estado ou a direção nacional, significa avançar coletivamente a nossa luta, no sentido de luta de classe. Por vezes não ponderamos o quanto uma direção qualificada, especializada, girando as suas forças para orientar as tropas em todo o estado pode elevar o aproveitamento das nossas forças dispersas ao longo do espaço que não aproveitam todo o seu potencial.

A relação entre Federalismo e Trabalho Artesanal

Quando partimos desses princípios de organização reconhecidos abertamente ou não, de que todo mundo militante deve estar em uma célula e que representam suas células nas instâncias de direção, confundimos o trabalho de direção com o trabalho de base. Confundimos as competências a serem desenvolvidas para um trabalho de direção estadual e em um trabalho de base. Por exemplo: O trabalho de base demanda uma conexão do militante com determinado espaço ou com determinada forma de atuação, por exemplo: tal militante viver no bairro que realiza seu trabalho político é importantíssimo, para realizar uma atuação sindical estar no setor que atua, conhecer profundamente as dinâmicas locais, o carisma nas relações interpessoais no setor onde atua, etc. Ter essas qualidades significa que o quadro não possa também desenvolver outras competências de quadro direção estadual ou nacional? Evidentemente que não, todavia, um dirigente estadual e mais ainda nacional, necessidade de outras competências como por exemplo absorver diversos elementos das conjunturas particulares em uma sintese geral, conseguir realizar amplas análises de conjuntura estaduais e nacionais a partir desses elementos, pensar a política-organizativa e tática a nível nacional e/ou estadual(de acordo de qual instância está) em diálogo e debate constante com as bases.

É claro, esses elementos que trago, são alguns elementos que vieram a mente, mas podem variar de acordo com a tarefa de cada camarada na base e em uma instância de direção, todavia, o espírito dessa compreensão é reconhecer as especificidades do trabalho político em cada instância. A grande problemática de militantes ficarem divididos entre ambos os trabalhos é que enquanto se divide o foco, os militantes não se especializam em nenhum dos trabalhos. Quanto maior é a prática e o foco de um militante em determinado trabalho, tanto mais a força de nossas tropas estará sendo aproveitada, tanto mais preciso e eficaz serão nossos trabalhos inclusive com menor esforço para a realização da mesma quantidade de trabalhos.

Ao mesmo tempo é muito mais saudável para ume militante proletarizade que possa se dedicar a uma tarefa específica e tenha garantido a sua voz na democracia partidária através dos boletins, jornais e tribunas. Seja essa tarefa uma tarefa estadual, uma tarefa de base, uma comissão específica, etc. Precisamos garantir que ume camarada que tenha condições de contribuir apenas em uma Comissão, como por exemplo: vendedor de nosso jornal, possa fazê-lo, sendo reconhecido como militante orgânico, como diante de uma tarefa importante e com todos os seus direitos políticos de escrita, participação na democracia Partidária, se tornando um excelente vendedor de jornais por exemplo. Esse é o grau de especialização que precisamos buscar. Devemos estimular organizativamente que os camaradas possam se concentrar apenas em sua tarefa, podendo ser absolutamente dispensados de todo o resto, mas recebendo o Jornal, circulares e tendo acesso amplo à organização assim como direito de escrever para todo o Partido e participar da luta ideológica partidária. Esse deve ser nosso princípio organizativo, casos em que um militante atue em mais de um campo, devem ser consideradas em sua particularidade, mas nunca como regra(que é como temos funcionado até então) e sim exceção à regra.

Logo se na forma organizativa federalista cada célula tem que pensar toda a sua política, organização, formação diretamente do amadorismo e sem acúmulos, e os dirigentes em uma instância intermediária e nacional que poderiam dirigir essas células precisam se dividir entre base a direção, temos uma dinâmica que se retroalimenta.

Sobre a importância do trabalho de Direção e o combate ao basismo

Na compreensão de que os locais onde temos trabalho bem sucedido esse se dá apesar das direções estaduais e nacionais é necessário que além de expressar “boa vontade” que pensemos mudanças concretas na maneira que temos realizados nossos trabalhos. Por exemplo: em diversas análises sobre a UJC no Rio Grande do Sul, temos a compreensão do isolamento entre os núcleos, já vi camaradas de absolutamente todos os núcleos reclamarem que faltava direção por parte da CR-UJC, e ao mesmo tempo, surgia uma grande resistência por parte de alguns desses mesmos camaradas diante da hipótese de militar e concentrar suas forças apenas na instância intermediária.

Muitas vezes existe um medo de que se fortalecermos uma instância de direção estadual, tudo irá desabar, pois sem esses quadros na base tudo vai parar. Preferimos ter um secretárie de Agit&prop em nosso feudo, a ter a agitação e propaganda a nível de todo o estado bem organizada e direcionada. E por vezes preferimos fechar os olhos para a nossa luta estadual e principalmente nacional, e viver no oásis da nossa base, onde ali o trabalho não pode, mesmo que temporariamente, reduzir sua qualificação. Isso não significa de maneira alguma camaradas, que não buscamos capilaridade, que não precisamos de fortes bases, ativas, com iniciativa, mas que o fortalecimento dessas bases depende de uma forte direção estadual e mais ainda nacional.

Precisamos de capilaridade, todavia as nossas bases sem orientação, tenderão a decair, ao desânimo, a se dissipar e nesse caminho não conquistaremos jamais a capilaridade entre a classe trabalhadora que necessitamos. Vivenciamos isso a muito tempo com a frequência com que temos forças ociosas em nossas células, militantes que não se encaixam no molde de atuação atual, camaradas que desistem de militar em função disso. Pensemos na analogia de Gramsci: “Fala-se de capitães sem exército, mas, na realidade, é mais fácil formar um exército do que formar capitães. Tanto isto é verdade que um exército já existente é destruído se faltam capitães, ao passo que a existência de um grupo de capitães, harmonizados, de acordo entre si, com objetivos comuns, não demora a formar um exército até mesmo onde ele não existe.

Uma direção bem estruturada, altamente especializada elaborando uma linha política correta, com uma tática acertada e arejada suficiente para se adequar às particularidades de cada local é um grande imã para o crescimento de nossa organização. Enquanto não tivermos uma orientação política acertada, guiando o trabalho de nossos militantes que queiram realizar uma atuação em bairros, estamos falhando. Quando não temos uma orientação nítida de como atuar em quilombos, em aldeias indígenas, em ocupações, em sindicatos, estamos falhando enquanto direções intermediárias e nacionais. Enquanto não tivermos uma orientação e direção nítida para o Giro-Operário popular, temos apenas bases quase que auto-organizadas que se baterão permanentemente tentando construir a revolução brasileira sem nenhum grau de sucesso, sem jamais unificar as lutas locais em lutas nacionais, abandonaremos assim a luta revolucionária em detrimento do economicismo e do basismo.

Como fazer

Talvez pela influência do intelectualismo pequeno-burguês em nossa formação, a frequência com que temos quadros do movimento estudantil universitária, passamos muitas vezes fazendo amplas críticas, identificando problemas amplamente e indicando o que fazer entretanto poucas vezes vamos ao fundo das consequências políticas e organizativas do que precisamos fazer, para finalmente elaborarmos como fazer. Percebemos que hoje, somos federalistas, temos trabalho artesanal, nossas fileiras são formadas centralmente por camadas médias e brancas da classe trabalhadora e que temos uma dinâmica de militância que serve para esse perfil militante, e disso sabemos que precisamos de trabalho nacionalizado, especializado e de uma organização de trabalho militante que se adeque as camaradas mais proletarizadas e oprimidas(que é em sua maioria pessoas negras, mulheres, LGBTQIAP+, povos indigenas ) que seja pensada para elas.

Entretanto, na hora de pensarmos como transformar isso concretamente muitas vezes nos detemos no Psicologismo pequeno burguês, como se fosse uma simples questão de consciência, falta de estudo e/ou de vontade(o que não significa que não reconheço os déficits da politica de formação e limites do grau de consciência da militância). Por vezes pensamos que basta então, selecionar aqueles que milagrosamente se mantêm em nossas fileiras que fazem parte de setores mais oprimidos e proletarizados da classe trabalhadora e garantir uma representatividade via “token” nos órgãos de direção. Para enfrentar o federalismo, bastaria então, discutirmos sobre como é “ruim”, e repetirmos o discurso sobre como é importante a direção nacional e intermediária. Enfrentar o trabalho artesanal, basta falar mal da qualidade dos nossos trabalhos, levando desânimo a camaradas que estão esgotados e já dando o melhor de si. Faltamos com o Marxismo-Leninismo ao não nos determos no essencial: o que em nossa prática política, organizativa e tática, concretamente sustentam as coisas da maneira que são para além de discursos e consciências individuais?

É a partir da necessidade de pensar concretamente o que precisamos alternar que faço pensei as seguintes propostas:

Primeiramente, penso que é hora de revisitarmos a nossa compreensão do que é a unidade básica viva de atuação de um militante. Se queremos um Partido no qual camadas proletarizadas possam militar, precisamos urgentemente adequar a unidade mínima, a atuação em uma Comissão, seja ela, nacional, estadual ou local. Poderemos garantir que camaradas proletarizados recebam salários e possam realizar várias tarefas e tarefas mais robustas com a profissionalização do nosso trabalho, mas desde já precisamos garantir que nenhum militante se sinta menor pelo quanto tem a dispor para a nossa construção. Por menor que seja a tarefa, inclusive as tarefas mais ocultas, é onde muitas vezes estão os nossos maiores heróis.

Como um segundo elemento, é hora de acabarmos com a normalizada atuação em múltiplas instâncias, eu sugiro que como regra, um militante só possa militar em uma única instância. Se camarada X estava em um comitê regional e é cooptado para o Comitê Central, este deve deixar o Comitê Regional. Se um camarada de uma célula ou de comissão de base, é cooptado para o Comitê Regional, o mesmo deve abandonar o seu organismo de base. Exceções devem ser aprovadas no organismo de maior autoridade ao qual o militante está compondo(EX: se este vai para o Comitê Regional, deve ser aprovado no Comitê Regional a sua continuidade em determinada tarefa de base). Essa medida combate diretamente o federalismo, pois esse militante não representa de nenhuma forma a célula de onde veio, e as células ao selecionarem quadros para instância intermediária ou nacional, sabem que estão deslocando suas tropas para outra tarefa. Dito isso, nesses processos, a própria assistência de tal organismo, deve ter um papel contribuindo em diálogo com o organismo de base na escolha de quadros para cooptação ou eleição.

Dirigentes estaduais ou nacionais devem ter proximidade de suas bases, mas essa proximidade não se dá por estar organizado em determinado organismo de base, mas por um trabalho da direção em produzir espaços de debate, em ler as produções escritas, cartas, acúmulos enviados pelas bases. E também através dos relatórios de assistência: um dirigente estadual ou nacional deve ter responsabilidade por todas os organismos de base do estado e/ou do país(caso nacional).

Precisamos elaborar comissões de trabalho planificado estadual e nacional como por exemplo Comissões de Audiovisual, Gráficas, Produção de lambes, Recrutamento. Com camaradas girados exclusivamente para essas tarefas fundamentais, de forma a todos os organismos de base poderem requisitar em diversos momentos da conjuntura o trabalho dessas Comissões. Isso favorecerá o trabalho especializado, que se tornará cada vez mais eficiente e com melhor distribuição do potencial de nossas tropas. Devemos pensar urgentemente, como construir efetivamente o trabalho planificado para os diversos elementos de trabalho político a serem realizados no estado.

Somado a isso, precisamos de um planejamento e calendário organizado a ser distribuído para todos os organismos de base que leve em consideração momentos de luta importante que já são esperados como por exemplo o dia 20 de novembro. Esse amplo planejamento com orientações para os diversos momentos de trabalho político que já são esperados, facilita com que as nossas bases já incluam em seus Balanços e Planejamentos as orientações nacionais e regionais e a partir disso cabe a nós, a partir da orientação nacional, particulariza-lá para a realidade estadual, e os organismos de base então, particularizar para a realidade local. E já cabendo a nós enquanto direção intermediária, a partir da compreensão dos diferentes organismos de base que temos, propor métodos diferentes de realização da orientação nacional.

Por fim, será um importante balizador da proximidade entre direção e base, espaços como ativos, a continuidade do boletim interno com ampla liberdade de publicação(sem ferir a unidade de ação), as tribunas e futuramente uma coluna no jornal de nosso Partido. Não me detive tanto nesses elementos, pois não são o foco desta tribuna.

Considerações Finais

Camaradas, busquei aqui expor um esforço inicial que tive para que avancemos concretamente na superação de nossos problemas. Faço apelo que não desperdicemos o momento da reconstrução revolucionária para pensar através do Marxismo-Leninismo de forma criativa em como criar o instrumento capaz de efetivar a revolução brasileira, para isso, precisamos nos despir do apego as maneiras como o PCB pré-cisão fez as coisas até aqui, sem de maneira alguma jogar o “bebê fora junto da água do banho”, mas criticando e transformando tudo aquilo que atravancou nosso trabalho até aqui.

Essa Tribuna tem a limitação de não tratar tão diretamente de elementos da tática política de nosso Partido, o que é um elemento fundamental e estruturante para a politica organizativa. Todavia, na minha compreensão isso não inviabiliza o debate que tento trazer nessa tribuna. Precisamos pensar o nosso “como fazer” em relação a nossa forma-organizativa e isso é urgente.