COMEMORAR O 1º DE MAIO EM MEIO ÀS LUTAS

Neste 1º de Maio, nós comunistas estaremos nas ruas junto à classe trabalhadora, lutando por todos esses objetivos mais imediatos da nossa classe.

COMEMORAR O 1º DE MAIO EM MEIO ÀS LUTAS

Por Comitê Nacional Provisório do PCB-RR 

O Dia Internacional dos Trabalhadores, dia 1º de Maio, será comemorado pelas forças do proletariado em todos os países do mundo nesta quarta-feira. A data, uma lembrança da greve geral de 1886 nos EUA, é um marco adotado desde a Segunda Internacional como data de memória aos mortos da Praça de Haymarket, em Chicago, brutalmente assassinados pela polícia que tentava pôr um fim ao movimento grevista. Desde 1889, o 1º de Maio é mais uma lembrança da necessidade da luta combativa e aguerrida do proletariado contra a burguesia.

Vivemos um momento difícil para os trabalhadores neste 1º de maio de 2024. Já se vão mais de dois anos desde o início da guerra interimperialista na Ucrânia, que já fez vítimas trabalhadores ucranianos e russos pelos interesses das potências na localização geopolítica e nos recursos naturais da Ucrânia; também já se vão mais de 200 dias da ofensiva israelense sobre a Palestina, que já vitimou mais de 30 mil palestinos pelas mãos do Estado sionista e colonial que há mais de 75 anos coloniza a Palestina. Os gastos militares em amplo crescimento apontam para conflitos cada vez maiores – conflitos que, para a burguesia, não são mais do que uma nova fase de disputas por mercados, recursos e força de trabalho.

Também no Brasil temos grandes desafios e pouco a comemorar: cada um dos últimos 16 meses, em que governo Lula-Alckmin geriu o capitalismo brasileiro, demonstram que nenhum governo burguês, por mais “democrática” que seja sua máscara, estará disposto a ceder nem sequer migalhas para a classe trabalhadora. Vivemos sob um novo Teto de Gastos e até os pisos constitucionais de saúde e educação estão sob ameaça. Os direitos trabalhistas e sociais, as conquistas de décadas de luta dos trabalhadores brasileiros seguem sendo atacados por um governo que nada tem a oferecer para a nossa classe senão arrocho e austeridade ainda maiores.

Neste 1º de Maio, no Brasil, veremos “showmícios” governistas que tentam diferenciar-se do bolsonarismo, dizendo o quão “democráticos” eles são – mesmo no exato momento em que as greves de professores e estudantes ganham vulto em nosso país e as forças governistas tentam fazê-las parar através das estruturas sindicais carcomidas pela burocracia e pelo discurso ideológico de que “não há alternativa” às medidas neoliberais, apoiadas amplamente pelo governo e pelo Congresso Nacional. Veremos, nas redes sociais, estudantes estadunidenses ocupando suas universidades em solidariedade à Palestina ao mesmo momento em que as direções majoritárias da União Nacional dos Estudantes fazem uma Caravana para debater “reforma universitária” em que nem mesmo as reformas são apresentadas! “Não temos dinheiro”, dizem, “temos que limpar as contas!”, ao mesmo tempo em que despejam isenções fiscais ao grande empresariado e amarram o apoio do Congresso Nacional com a participação cada vez mais descarada da extrema-direita no próprio governo.

Os comunistas apontam um outro caminho neste 1º de Maio.

Apontamos o caminho das lutas unificadas da classe trabalhadora, mas com um objetivo claro de nos contrapor às medidas da burguesia, independentemente dos governos. Declaramos nossa solidariedade e apoio às greves de trabalhadores que despontam Brasil afora e que fazem torcer o nariz ao governo burguês por denunciarem seu caráter antipopular. Nos comprometemos a contribuir para que, neste 1º de Maio, a luta dos trabalhadores mais precarizados, que trabalham na escala 6x1, dê um passo adiante em sua mobilização e enraizamento, como tem sido feito com o Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que por todo país busca se mobilizar nesta data histórica. Nos comprometemos a fazer uma forte campanha pela jornada de 30h semanais, demonstrando não apenas sua viabilidade, mas sua necessidade para o fortalecimento da classe trabalhadora brasileira. Denunciamos o apoio tácito ao sionismo, dado pelo atual governo, que “late mas não morde” ao manter seus vínculos diplomáticos, econômicos e até militares com o Estado sionista de Israel.

Neste 1º de Maio, nós comunistas estaremos nas ruas junto à classe trabalhadora, lutando por todos esses objetivos mais imediatos da nossa classe. E fazemos isso não pela crença de que é possível “aprofundar a democracia”, “disputar o governo” ou “garantir o mínimo” – fazemos isso porque sabemos que, enquanto durar o capitalismo, todas essas medidas têm um caráter passageiro se não se assentarem na força mobilizada e independente da classe trabalhadora. Estaremos nas ruas neste 1º de Maio para relembrar que apenas a luta pela Revolução e pela construção do socialismo-comunismo pode nos fazer extirpar as raízes desse sistema de exploração.

Junte-se à nossa luta! No Brasil todo estaremos em atos os mais diversos, mantendo alta a bandeira do internacionalismo e da revolução, a bandeira vermelha do comunismo.

VIVA O 1º DE MAIO!

VIVA A CLASSE TRABALHADORA INTERNACIONAL!