Chamado à Solidariedade Internacionalista: Resistindo ao Imperialismo Sionista nos Céus do Iêmen
O bombardeio indiscriminado da infraestrutura civil do Iêmen é uma tentativa vã de minar a resistência, porém, terá como consequência apenas o fortalecimento da determinação para a luta e o fervor da solidariedade em um povo que tem na sua essência a solidariedade ao povo palestino.
Desde a noite de quinta (11), diversas cidades iemenitas enfrentam graves bombardeios provenientes das forças militares dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, possivelmente de suas frotas navais. fontes indicam também a participação da Austrália, Países Baixos, Bahrain e Canadá na ofensiva. A capital, Sana’a, e Hodeidah, estratégica cidade portuária no Mar Vermelho, encontram-se entre os focos dos ataques, que abrangem também outras localidades a oeste do país, como Dhamar e Taiz.
A Operação Tempestade Al-Aqsa, deflagrada em 07 de outubro de 2023 pelas forças da resistência palestina, desencadeou uma onda de solidariedade internacionalista que ecoou em diversos países e entre diversos povos ao redor do globo. Notável nesse movimento é o papel a resistência houthi, cujo fervor revolucionário se traduziu em ações concretas, incluindo a interrupção do tráfego marítimo no Mar Vermelho, denunciando a cumplicidade das burguesias israelenses, estadunidenses e internacionais no genocídio em Gaza. Imagens dos Houthis detendo navios e interrompendo o comércio marítimo reafirmam a força do internacionalismo, reacendendo a justeza da causa palestina nas lutas dos povos árabes.
Na noite desta terça-feira (9), a resistência iemenita disparou mísseis balísticos e navais contra um navio dos EUA que estava fornecendo apoio a Israel. O ataque foi o décimo sexto a embarcações americanas de apoio ao sionismo, e o maior até o momento. Há uma semana, os EUA, o Reino Unido e outros 10 países – incluindo Alemanha, Itália, Austrália, Bahrein e Japão – emitiram um alerta numa declaração conjunta que foi amplamente interpretada como uma ameaça de ação militar contra alvos houthi no Iêmen, e afirmaram que os ataques representam “uma ameaça direta à liberdade de navegação que serve de base ao comércio global numa das vias navegáveis mais críticas do mundo”.
O recente bombardeio no Iêmen, inicialmente uma resposta militar ao ataque da terça-feira, revela-se também como uma clara retaliação aos laços de solidariedade do Iêmen com o povo palestino. Os países agressores justificam seus ataques com alegações infundadas de ameaças à liberdade de navegação, utilizando uma das rotas mais movimentadas do mundo.
A lógica impiedosa da burguesia imperialista persiste. Ao negar suas derrotas militares em Gaza, no sul do Líbano e no Mar Vermelho, eles atacam covardemente as populações locais que, longe de se dobrarem, mantêm-se firmes na construção de uma solidariedade efetiva ao povo palestino. O bombardeio indiscriminado da infraestrutura civil do Iêmen é uma tentativa vã de minar a resistência, porém, terá como consequência apenas o fortalecimento da determinação para a luta e o fervor da solidariedade em um povo que tem na sua essência a solidariedade ao povo palestino.
Diante desse cenário, os comunistas brasileiros não têm outra posição senão expressar sua máxima solidariedade ao povo e à resistência iemenita, que ensinaram ao mundo o poder do internacionalismo e da solidariedade internacionalista. Enquanto esses países imperialistas internacionalizam a barbárie, cabe a nós internacionalizar a resistência!
Solidariedade à resistência iemenita!
Pelo imediato fim das incursões militares e bombardeios estadunidenses e britânicos no Iêmen e no Mar Vermelho!
Por uma solidariedade internacionalista à luta do Povo Palestino por Libertação!