'Carta de Desligamento do PCB-RR-RS' (M.A.R.)
Entre formulações de finanças, agitação e propaganda, vida interna, mudança de tática política e afins, percebi que meus problemas com o PCB (tanto formal como RR) são muito mais profundos do que alguns congressos, reuniões ou que qualquer instância possa resolver.
Por M.A.R. para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.
É isto mesmo camaradas, estou deixando nossas fileiras. Foram 4 anos e meio de lutas, aprendizagens, trocas teóricas, vivências e experiências que eu não trocaria por nada. Desde meu início da militância no meu grêmio estudantil, ocupação de escola, panfletagens, atos, formações de núcleo, campanha e gestão de DCE, até congressos nacionais da UJC, UBES e UNE, construindo entidades gerais estudantis, ou dirigindo a Juventude e a Reconstrução Revolucionária estadualmente, me formei uma comunista e uma pessoa que antes eu não era. Aprendi a comemorar vitórias, chorar em derrotas, lutar até o fim por um mundo melhor e, principalmente, nunca deixar de lado a organização da classe trabalhadora em uma visão de mundo socialista e justo. É por essa convicção na luta real e organização de nossa classe, que me desligo. Há muito tempo enfrento divergências na construção do partido nos mais diversos espaços mas é apenas agora que tenho a maturidade política para entender de onde eles vem e como lidar.
Esclareço a situação a partir de uma coisa que aprendi com o PCB (RR) e a UJC: a crítica. Foi escrevendo uma tribuna chamada "Construir o Partido Comunista nas Favelas" que percebi todas as contradições em eu estar nestas fileiras. Entre formulações de finanças, agitação e propaganda, vida interna, mudança de tática política e afins, percebi que meus problemas com o PCB (tanto formal como RR) são muito mais profundos do que alguns congressos, reuniões ou que qualquer instância possa resolver. Percebendo que minhas divergências são minoria no estado, nas instâncias dirigentes e afins, resolvi me aprofundar (na medida do possível) na história do nosso Partido e da teoria marxista-leninista para poder de fato desenvolver minhas posições para fazer o PCB-RR avançar. Se antes eu não possuia uma capacidade crítica e teórica para formular sobre a nossa luta, hoje em dia eu a desenvolvi por conta própria já que nosso Partido e Juventude não conseguem ter estrutura para abarcar as necessidades dos militantes marginalizados e projetá-los enquanto quadros. Nossa estrutura organizativa, (in)disciplina revolucionária, falta de inserção nas periferias e crescimento nos setores universitários e/ou de classe-média tem motivo: temos uma linha política que nos leva a isso e uma tática que não irá garantir a revolução brasileira. Sem disciplina, sem pautar a saúde dos jovens trabalhadores, sem tratar da luta como algo intrínseco a todas as áreas da nossa vida e construir uma mediação do nosso programa máximo para nos inserirmos nas lutas imediatas e nos comunicar com as massas, não chegaremos a lugar algum. E digo aqui uma coisa que é dita por MUITOS camaradas mas que 99% das vezes é dita de maneira vazia que é: antes de militante do PCB, PCB-RR ou UJC, sou comunista.
Admiro muito a história do PCB, pois é dele que se originam quase todos os partidos de esquerda no Brasil. O PCB foi central na fundação da UNE, UBES, ANPG, sindicatos, na criação de um movimento comunista essencialmente brasileiro, em campanhas históricas de luta como o "Petróleo é Nosso", lançando o primeiro candidato a presidência negro do país, colocando pessoas trans na atualidade dentre seus quadros de projeção pública, entre outras menções que são fruto da nossa organização, agitação e luta social como ter sido o primeiro partido de esquerda nacionalizado do Brasil. Acontece que há muitos anos (talvez décadas), o PCB tem uma tática e estrutura que não abarcam a classe trabalhadora. Quando iniciamos o processo de racha eu possuia esperança de que isso mudasse, ou que houvesse abertura para que esta mudança fosse criada. Não passou de uma ilusão. Após presenciar os mesmos erros dirigistas, elitistas e machistas na direção estadual da RR, nossa imobilização diante das lutas emergenciais da classe na UFRGS e em toda Porto Alegre, percebi que por melhor que fosse a intenção da RR ela não será capaz de construir um partido que mude a vida do povo trabalhador antes que ele seja dizimado pelo capitalismo tardio.
Comecei a perceber as contradições do Partido muito cedo pois sou uma travesti que viveu a vida toda nas periferias, constrói o movimento do hip-hop na cidade, estudante trabalhadora, sem rede de apoio familiar e inúmeras vezes denunciei isso nos espaços que construí. A falta de formação que se conecte com a realidade e formulada para se adaptar à realidade dos militantes em seu espaço de atuação foi algo que prejudicou absurdamente nossos rumos no estado. Não temos um programa básico de formação sobre teoria marxista-leninista, a história de formação do brasil e conjuntura atual, fazendo com que fique a cargo dos próprios militantes tirarem do nada e experimentarem formações que não englobam o básico, não ensinam como atuar na prática e ficam numa teoria abstrata que muitos tem dificuldade de compreender pela falta do inicial. Eu mesma sofri e sofro com isso tendo vivido meu ensino médio na pandemia, adquirido problemas de atenção e tendo que conciliar estudos com trabalho nunca tive uma formação que tratasse do que é o marxismo enquanto ciência revolucionária, o que é o método materialista histórico e dialético, o que é o Poder Popular, para que serve o Partido e suas instâncias, como organizar um grêmio ou atividade na minha escola, entre outras questões básicas para um militante de base. Não há conexão entre nossas formações e nossa atuação, além das formações serem feitas de forma que quase nunca permitem trabalhadores de participarem ativamente. Não temos coesão de linha política nos espaços de atuação e somos conhecidos na UFRGS como a juventude onde cada um defende uma coisa diferente em seu curso/instituto. Sem teoria revolucionária não há prática, mas sem a prática a teoria revolucionária também se torna inútil e uma simples idealização do que é a sociedade de classes.
Há muito tempo o imobilismo e a covardia se enraizam nas nossas fileiras. Quando nos propusemos a construir um DCE radicalmente democrático, com gestão aberta, que colocasse os estudantes ativamente no debate, que não fugisse da luta e que colocasse os povos originários como verdadeiros protagonistas da luta de juventude, falhamos miseravelmente. Após uma ocupação de prédio, atos na reitoria, uma extensa campanha e construção de programa coletivo e aberto na UFRGS e chegando a vitória enquanto gestão da mais influente entidade estudantil do estado, perdemos nossos rumos por não termos organização, estudo e disciplina. Muito pouco estudamos sobre como funcionam os departamentos da universidade, o que é o tripé universitário (ensino, pesquisa e extensão), como dirigir movimentos de massas, o que são os conselhos universitários, sobre a paridade, a história de lutas da UFRGS e afins. Também decaímos cada vez mais na nossa presença na universidade ao nos abstermos de passar em salas pras nossas atividades e mobilizações, ao não tratar lutas como a destituição, o fim das matrículas precárias, a fundação de uma associação de estagiários e bolsistas, entre outras coisas que tratamos em nosso programa de gestão. Falhamos pois não sabemos organizar a tática de um movimento de massas e não tratamos as tarefas urgentes enquanto um dever coletivo, ao deixar camaradas secretários da gestão sozinhos em seus afazeres. Criamos secretarias que nunca funcionaram e GTs que nasceram e morreram na inércia pois nem sequer sabiamos dirigir uma entidade como um DCE e nossos camaradas experientes abandonaram o núcleo após a vitória para assumir outras tarefas e não dialogarem com as bases inexperientes.
Isso se repetiu quando deixamos a célula de Alvorada, que contava com um exemplar trabalho comunitário, morrer e atualmente contar com 1 militante ativa, ao nos abstermos da luta da Okupa Jiboia, ao sermos incapazes de dialogar entre capital e interior sem criar uma rivalidade desnecessária, ao deixarmos um importante coletivo de pessoas pretas (CNMO) não aderirem a nossa luta da RR por falta de diálogo, ao burocratizar e abandonar nosso vínculo com os povos indígenas da UFRGS e da Retomada Multiétnica Gah-Ré Kaingang, ao não fortalecer a fundação da União dos Estudantes de Novo Hamburgo (UENH Popular) iniciada pelos secundaristas e deixar que a UJS realizasse esta tarefa com sua linha conciliatória e despolitizante e sem construção com o amplo dos estudantes da cidade, ao não confrontar as direções que justificam nossa ausência em todas as lutas, ao não sofrer com cada afastamento/desligamento de camaradas que não conseguem militar por problemas materiais, entre outros. Levantamos bandeiras importantes neste racha mas que estão nos levando a um rumo exatamente igual ao do velho PCB: a irrelevância na vida do povo trabalhador na atualidade e uma radicalidade puramente estética que não se concretiza. Nosso núcleo contava com um contingente de mais de 60 militantes em 2022 e se encaminhava para ser o maior núcleo da UJC no país inteiro, mas perdemos isso ao não ter a disciplina revolucionária de identificar os erros e tentar consertá-los, caindo na crítica pela crítica e na apatia por ter falhado. Toda organização erra mas é triste ver que a UJC-RS e o PCB-RR acham normal que abandonemos as lutas que apresentam problemas. Digo que a covardia se enraíza na organização pois mesmo fragilizados deveriamos olhar pros problemas, nos dedicar a solucioná-los e mesmo assim ter orgulho de construir um partido centenário presente na vida do jovem brasileiro, mas ao invés disso não conseguimos sequer organizar os militantes para construirmos o ato pela paridade e orientamos o núcleo a não construir a mobilização da destituição dos interventores Bulhões e Pranke. Justificamos nossa ausência na sociedade ao dizer que "precisamos nos organizar pra luta" e no fim estamos em reorganização do núcleo desde que entrei na UFRGS em junho de 2022. Partidos muito menores que nós comparecem nas lutas nem que seja com um único militante caracterizado e fazem questão de dialogar com aqueles que estão nas suas voltas. Eu vi blocos do PCB terem 20 militantes, evoluirem para centenas (talvez na casa até dos milhares) na pandemia e morrerem novamente para o contingente inicial dos 20 militantes. Avançamos sem teoria e organização, mas quando a luta exige preparo nós cedemos e perdemos o que construímos.
Temos também um grandissíssimo problema com as finanças. Falamos que outros partidos crescem por terem cargos parlamentares, por dinheiro de entidades, etc e isso é verdade. Mas também precisamos lembrar que nunca houve esforço na venda do Jornal o Poder Popular antes do racha, que nunca estruturamos um sistema de serigrefia ou impressões de materiais para venda, que abandonamos as banquinhas da UJC na UFRGS, nunca sequer compramos uma máquina de bottons (a que tinhamos em 2019 era do pai de uma ex-camarada)... Em 2023, com 101 anos de Partido, estamos liberando pela primeira vez uma camarada com dinheiro próprio para militar e atuar enquanto dirigente e figura pública. Até hoje não temos uma circulação financeira partidária que nos permita sequer imprimir panfletos coloridos... Nunca formulamos finanças e quando elaboramos propostas as fizemos com visão pequeno-burguesa e empresarial. Se há 4 anos atrás eu via o Partido sem condição de auxiliar camaradas pauperizados, hoje vejo a mesma coisa. As finanças do PCB nunca foram voltadas para a atuação prática e sempre deixadas para serem feitas as pressas antes de alguma tarefa importante como uma eleição. A indisciplina e falta de camaradagem faz com que camaradas com melhores condições de vida não entendam ou deem a devida importância para um fundo de solidariedade aos nossos camaradas, campanhas de assistência social ou a agitação nos espaços da periferia onde as pessoas que sofrem com as mazelas do capital se concentram.
Sobre nossa estrutura organizativa ainda somos amadores e tentamos de maneira falha elaborar uma dinâmica que incluam pessoas que trabalhem 40h, ou estudem e trabalhem, ou que trabalhem na rotina 6x1, ou pessoas em empregos informais. Eu mesma me vejo em um Partido onde eu não consigo sequer girar para uma célula que permita minha atuação e em um núcleo que não pensa nos camaradas trabalhadores na hora de marcar suas atividades internas. Com dirigentes compondo múltiplas instâncias, reuniões que pouco avançam concretamente na vida orgânica partidária, formações e seminários que duram múltiplos dias ou semanas, sem liberação financeira e formação teórica, é impossível que uma pessoa periférica atue na nossa organização sem adoecer profundamente. Somos uma máquina de moer militantes com tarefas que não intervém na sociedade e os camaradas acabam se vendo, como eu, na mesma lógica produtivista do capital. O racha em muito trata do academicismo, elitismo, estética do partido e afins, enquanto destrói sua base aprofundando ainda mais as contradições pequeno-burguesas do PCB-TSE, pois não consegue ver o que acontece na sua volta. Por muito tempo dediquei todo meu tempo livre à nossa organização e vi camaradas de classe-média se absterem de tarefas com justificativas como "tenho um date", "compromisso pessoal" e afins. Não é problema que tenhamos tempo para a vida pessoal, isto é essencial para não adoecer, mas os camaradas não comparecem às reuniões e sempre aparecem para festas, culturais e outros eventos se abstendo de qualquer responsabilidade com o debate ou estruturação dos espaços de vivência.
É triste tecer essas críticas mas eu as faço a muito tempo assim como muites que se afastaram ou desligaram por quebra. Quando apontei estes problemas no partido fui confrontada por camaradas que militam há ANOS nas nossas fileiras, tem condições de vida bastante boas em comparação a minha e muito mais tempo para formulação, com textos extensos e manobras políticas bastante feias (como uma carta publicada no BID sobre as críticas do meu desligamento do CR que já estava escrita antes mesmo de eu saber que minha carta iria ser exposta a publico). Os mesmos camaradas que divergem de mim em textos extensos e que são das camadas da classe média, foram aqueles que me respondiam com uma desonestidade absurda com frases como "sei que tu não teve formação coletiva, nenhum de nós teve", enquanto passam horas e horas do seus dias lendo 150 mil livros de teoria e nunca se preocupando em debatê-la e levá-la aos seus camaradas. Também tenho uma história conturbada em nossas fileiras onde construi as direções da UJC antes do IX Congresso e fui manipulada a perseguir politicamente camaradas como Theo Dalla, Juh Guerra, Bruno Luan, Leonardo Silvestrin e outros com a infame circular 36/2021 que tratava de um suposto fracionismo. Fui manipulada inclusive por camaradas que até hoje estão no PCB-RR denunciando as perseguições do Comitê Central, como a Elisa de Santa Maria, o André Martins da célula ESF e outros, que eram dirigências experientes do partido enquanto eu estava sem suporte algum descobrindo o nível da sujeira das nossas disputas internas. Tive que ouvir de camaradas da CRUJC e CRPCB coisas como "não precisa ter medo, vamos te proteger caso resolvam brigar contigo, tu está fazendo o certo". Imaginem os impactos que isso teve em uma militante que estava saindo de casa por transfobia sendo menor de idade e o tempo todo era feita de bode expiatório nas disputas de grupos do PCB? Me jogaram em uma disputa que já era a disputa que gerou este racha, sem nenhuma compreensão real do que estava acontecendo, me forçando a acreditar nos absurdos cometidos pelos perseguidores políticos e até hoje eu fui a ÚNICA cobrada de qualquer posicionamento, mas me dizem que não sou feita de otária no cotidiano do partido... Porquê a mina trans pauperizada é cobrada de tudo, assim como outras camaradas mulheres, pessoas pretas e afins, enquanto pessoas brancas, cisgeneras e de classe média não precisam se pronunciar de nada? Nossa cultura política é disputista, não leva a lugar nenhuma e se baseia em fulanos e ciclanos se proclamando dirigentes querendo espaços de referência enquanto se abstém da banquinha de venda, da panfletagem, do confronto nas ocupações contra reintegrações, etc.
CARTA DE DESLIGAMENTO DO PCB-RR/RS
Por M.A.R.
Não é atoa que frequentemente o PCB é criticado interna e externamente por guinar à direita, nossa prática cotidiana leva a isso e nossa linha política é anos luz à frente do que somos capazes de construir. Infelizmente o PCB e sua Reconstrução não me brilham mais aos olhos ou me dão qualquer esperança de construir o socialismo. Se os camaradas que ficam nestas fileiras querem de fato tornar este partido uma ferramenta de lutas da classe trabalhadora e um protagonista da revolução socialista, sugiro que lutem pelo fim da nossa cultura adoecedora e façam o que podem para trazer nossa linha pra perto do povo brasileiro através da atuação em suas células.
É triste me despedir de uma organização que tanto me ensinou e me deu laços que levarei para a vida toda, mas é o que temos no momento. Desde que retornei as nossas fileiras após um desligamento por ter ficado sem onde morar e me vi evadindo da universidade para trabalhar, enfrentei não um processo formativo mas sim um processo intenso de quebra. Tentei, na medida do possível fazer alguma mudança mas a cada debate perdi a esperança neste partido. Estudando intensivamente e conciliando estes estudos políticos com uma rotina de trabalho muito exaustiva, percebi que o PCB não é feito para pessoas como eu e nem pretende ser. Discordo das nossas práticas, acredito que não há como mudá-las a tempo de reverter problemas estruturais do capitalismo como a crise climática e outros na construção da revolução. Me vi desde que entrei no PCB perdendo minha mãe, saindo de casa por conta de transfobia, perdendo a oportunidade de estar na universidade, tendo que trabalhar cada vez mais para ter uma vida digna e não consigo ter um pingo de perspectiva de que um dia conseguiremos mudar a vida de pessoas como eu. Hoje me encontro fora da universidade, sem vida pessoal, em um emprego onde eu trabalho de 10 a 15 horas por dia sem contar o tempo de transporte e tenho a plena certeza de que este partido é incapaz de construir uma luta que tire pessoas como eu desta situação. Nem trato aqui da falta de debate sobre saúde psicológica e física após ter enfrentado o alcoolismo e tentativas de suicídio sem preocupação de nenhum camarada além do meu ex-namorado (atual na época). Só atuamos no movimento universitário, nos empolgamos com iniciativas populares e comunitárias para logo após abandoná-las, nossos militantes em muito pouco conhecem a realidade da vida do trabalhador e ficam esperando um momento ideal inexistente para enfrentar o capital na luta cotidiana. Não temos um programa de Brasil a apresentar enquanto alternativa, falhamos em construí-lo e terminamos em debates "teóricos" e de "vida interna" que não tratam da realidade do nosso povo trabalhador caindo sempre no abstrato.
Agradeço por tudo que aprendi, pois sem a UJC eu nunca teria conseguido formular algo como a presente carta. Sem a UJC eu ainda viveria na perspectiva individualista do capital sem me preocupar com lutar pelo meu povo e pelo meu país. Acontece que estes princípios me levam a um novo lugar que não esse. Não consigo formular além disso pois realmente a dor é muito grande mas estou aberta ao diálogo por meios individuais caso alguém queira conversar e espero que este desligamento não seja o fim das amizades que construi aqui.
Saudações comunistas aos que sempre chamarei de camaradas!
M.A.R.
:(