Carta aberta da 1ª Plenária Nacional Pelo Fim da Escala 6x1 e Pela Redução da Jornada de Trabalho!

O dia 16 de fevereiro será o 3º Dia Nacional pelo Fim da Escala 6x1 e pela Redução da Jornada, com atos, panfletagens, e mobilizações em todo o país, e chamamos o VAT a construir conjuntamente.

Carta aberta da 1ª Plenária Nacional Pelo Fim da Escala 6x1 e Pela Redução da Jornada de Trabalho!

A crise da sociedade capitalista se aprofunda a cada ano, recaindo nas costas da classe trabalhadora, com a degradação das condições de vida e trabalho. A superexploração atinge níveis desumanos e os governos dos patrões aplicam ajustes fiscais e econômicos. O final do ano de 2024 foi marcado por diversos ataques à classe trabalhadora em nível nacional e internacional. No Brasil, a extrema direita defende todo tipo de ataque aos trabalhadores, com projetos privatistas e a flexibilização total dos direitos trabalhistas, mascarando a exploração pelo falso discurso do empreendedorismo. Além disso, o Arcabouço Fiscal, que é um Novo Teto de Gastos do governo Lula-Alckmin impôs mais ajuste fiscal e arrocho contra os trabalhadores, reduzindo mais e mais o orçamento para os serviços públicos, como saúde e educação, e estrangulando os modelos de reajuste do salário mínimo. Não bastasse, o atual governo se nega a revogar as contrarreformas trabalhista e previdenciária de Temer e Bolsonaro.

A luta central para os trabalhadores contra a superexploração do trabalho representada pela escala 6 x 1 voltou à tona com força e apelo popular, como demonstrou a última pesquisa realizada em que mais de 64% da população é contra essa escala. A mobilização popular se fez sentir na greve da Pepsico em 24/11 último, que durou uma semana, e em outros atos, manifestações, passeatas e mobilizações no dia 15 de novembro, em que uma camada expressiva dos trabalhadores foi às ruas pelo fim da escala 6x1 e pela redução da jornada de trabalho. Também no dia 20 de dezembro, vários setores foram às ruas novamente, fazendo manifestações em supermercados e shoppings.

O governo Lula-Alckmin trabalha a favor da manutenção dessa escala de trabalho, inclusive com a infame declaração do Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, de que essa conquista só poderia ser negociada com a patronal de cada categoria. A paralisia da maioria das centrais sindicais é um obstáculo  à luta dos trabalhadores desde a base, pois faz coro a essa postura: joga os trabalhadores em negociações por empresa, dividindo a nossa luta em vez de impulsionarem uma luta política unificada pela redução da jornada de trabalho, usando de métodos judiciais para criminalizar e acabar com o movimento, como no caso do SINDEC, de Porto Alegre.

Nós defendemos uma postura totalmente diversa nessa luta: temos um compromisso incondicional com o fim da escala 6x1 e todas as outras escalas que superexploram os trabalhadores, defendendo a redução da jornada de trabalho sem redução salarial. Defendemos o salário mínimo do DIEESE, o fim da terceirização com efetivação dos atuais terceirizados sem concurso público e a revogação das Reformas Trabalhista e Previdenciária e o fim do Novo Arcabouço Fiscal do governo.

A tarefa de todos os trabalhadores comprometidos com essa luta agora é, principalmente, do trabalho junto às bases de trabalhadores, nos locais de trabalho, constituindo comitês de organização e mobilização nas localidades, que unifique todos os trabalhadores, considerando as especificidades de cada região, incorporando as campanhas salariais como parte dessa luta.

Além disso, devemos todos nos incorporar e construir um calendário nacional de mobilização pelo fim da escala 6x1, exigindo que todas as entidades sindicais e estudantis, movimentos sociais se incorporem e construam um grande plano de lutas. O dia 16 de fevereiro será o 3º Dia Nacional pelo Fim da Escala 6x1 e pela Redução da Jornada, com atos, panfletagens, e mobilizações em todo o país, e chamamos o VAT a construir conjuntamente. Também devemos incorporar esse movimento à mobilização para o 8 de março e o 1º de maio, datas históricas de luta da classe trabalhadora. Além disso, devemos promover plenárias regionais que construam Encontros Estaduais no fim do mês de março, convocadas a partir das organizações, entidades, oposições e independentes de cada região, bem como dos comitês locais.

TODOS ÀS RUAS NO DIA 16 DE FEVEREIRO: DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO PELO FIM DA ESCALA 6X1 E PELA REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO!