Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 816
A decisão da ocupação de barrar organizações humanitárias na Palestina é política e tem como objetivo apertar o cerco, impedir a chegada de ajuda médica e transformar Gaza e Cisjordânia em áreas inabitáveis.
FPLP: Ocupação desautoriza organizações humanitárias internacionais
A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) considera que a ação da ocupação sionista de notificar mais de dez organizações humanitárias internacionais sobre a retirada de suas autorizações de trabalho na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada constitui um crime de guerra e um novo capítulo da guerra de genocídio, além de uma escalada perigosa da política de fome, exaustão e desgaste que o inimigo pratica contra o nosso povo.
Essa decisão é eminentemente política e tem como objetivo apertar o cerco, impedir a chegada do mínimo de ajuda médica e humanitária e transformar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia em áreas inabitáveis, por meio da expulsão das testemunhas internacionais de seus crimes.
O ataque sistemático contra as organizações internacionais, em paralelo às decisões agressivas contra a agência da UNRWA, insere-se em um plano de liquidação da causa palestina e de encerramento dos compromissos internacionais com os direitos do nosso povo, à luz da parceria direta dos Estados Unidos e da ausência de responsabilização internacional e de um verdadeiro fator de dissuasão diante dessa agressão sionista desenfreada.
A exigência da ocupação de entrega de listas com os nomes dos funcionários para a realização do chamado “controle de segurança” é uma tentativa explícita e barata de chantagear essas organizações e de transformar o trabalho humanitário em uma ferramenta de segurança, com o objetivo de minar os esforços humanitários e demitir centenas de funcionários palestinos.
A continuidade do silêncio internacional diante da expulsão das organizações humanitárias que prestam cuidados médicos e assistência a milhões de pessoas sitiadas constitui um sinal verde para que a ocupação continue cometendo seus crimes.
Hoje, o mundo é chamado a assumir suas responsabilidades para deter essa decisão, cuja implementação efetiva começará no início de 2026; a continuidade do trabalho dessas organizações internacionais, diante da realidade catastrófica vivida por nosso povo em Gaza e na Cisjordânia, representa um dever moral e legal frente à ocupação mais brutal que a história moderna já conheceu.
Comunicado do Ministério da Saúde em Gaza
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Nas últimas 48 horas, chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza 3 mártires, sendo 1 novo e 2 recuperados (retirados dos escombros), além de 16 feridos.
Ainda há várias vítimas sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e da defesa civil continuam impossibilitadas de chegar até elas até o momento.
Desde o cessar-fogo (11 de outubro):
- Total de mártires: 410
- Total de feridos: 1.134
- Total de corpos recuperados: 654
O número total de vítimas da agressão israelense aumentou para 70.945 mártires e 171.211 feridos desde 7 de outubro de 2023.